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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

De Espanha nem bom vento...

Kruzes Kanhoto, 06.05.25

Diz que, desde o apagão, o país deixou de importar energia produzida em Espanha. Agora, parece, estamos a consumir eletricidade quatro vezes mais cara. Que um dia destes, obviamente, acabaremos por pagar. É, reconheço, uma boa medida. É mais cara, mas é nossa. Da boa. Que isto, toda a gente sabe, nada do que vem de Espanha presta para alguma coisa. Enquanto a eletricidade portuguesa carrega a bateria de um automóvel elétrico, a espanhola, por exemplo, mal dá para fazer uma torrada. E o mesmo acontece com tudo o resto. A gasolina é outro caso. A malta enche o depósito no “Carrefour” de Badajoz e quando chega a Elvas já a luz da reserva está acessa. Ainda não há muito tempo comprei, na dita superfície comercial, uma tablete de chocolate, daquelas de quase meio metro, e ao passar a fronteira já a tinha acabado. Também o gás espanhol - de que tanto se fala pela barateza por comparação com o nosso - é bastante mais barato, mas uma botija mal dá para aquecer um gaspacho. Pior ainda são os preservativos. Não vale a pena comprar do lado de lá. Ainda que mais em conta, são significativamente mais pequenos que os que se compram por cá. Vá lá saber-se porquê.

Depois de todos estes exemplos nem vale a pena referir que, por maioria de razão, o nosso Sol e o nosso vento também são muito melhores. Não é por acaso que a sabedoria popular garante que de Espanha não vem bom vento. O Sol espanhol nem sequer provoca um escaldão – quanto mais aquecer um painel – e se o vento nem desmancha um penteado, muito menos faz mexer as pás de uma eólica.

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