Cuidado com a carteira!
Dado que o governo inscreveu no orçamento do Estado uma previsão de receita proveniente das multas de trânsito absolutamente astronómica, cabe agora às forças policiais fazer com que a cobrança atinja o objectivo orçamental traçado pela tutela. Vale tudo. Colocam os radares nos locais mais inusitados. Já não lhes chegam as auto-estradas, os itinerários principais ou complementares ou, vá, as estradas nacionais. O desespero para multar é de tal ordem que vão à caça para onde a presa menos espera. Nem as estradas municipais escapam à sanha destes bravos angariadores de receita. Briosos agentes de cobrança da Fazenda Pública, diria. Talvez consigam um louvor, que isto de arriscar a vida a colocar radares atrás de um qualquer sinal limitador de velocidade, não é para qualquer um.
Para quem não conhece, o radar referido na imagem acima foi colocado numa estrada com pouco trânsito onde, apesar do bom piso, a velocidade máxima permitida em toda a sua extensão é, no máximo, de 60Km/hora com troços em que o limite não vai além de 30 e 40Km/hora. Até parece de propósito...ou, então, é para facilitar o “trabalhinho”.