Ceguetas reivindicativos
Tenho o maior respeito por quem reivindica melhores condições de vida. Seja a nível salarial, das condições de trabalho ou por melhores serviços públicos. Não consigo é ter respeito nenhum é por aqueles que apenas reivindicam conforme as circunstâncias. Que é como quem diz, a cor política que está no poder. Vejam-se, por exemplo, os professores. Ou as incontáveis comissões de utentes que, assim do nada, desataram a exigir maior eficiência ao SNS. Isto para não falar dos sindicatos que – só agora, mas mais vale tarde do que nunca – se queixam da aproximação do salário mínimo ao salário médio.
Foi preciso a geringonça acabar para toda esta malta, de repente, desatar a protestar e a reivindicar coisas. Durante os quatro ou cinco anos anteriores estiveram, certamente, a hibernar como o Nogueira aquele alegado professor. Provavelmente recuperaram agora da cegueira ideológica que não lhes permitiu ver o estado a que isto chegou. Ou então – o mais provável – seguem como cordeirinhos o guião das reivindicações que alguém ou alguma organização lhes fornece. E nestes casos, reitero, não merecem respeito nenhum. Só desprezo.