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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Apoiar caloteiros? Não, obrigado!

Kruzes Kanhoto, 26.09.08

Não comungo da ideia, que se tenta fazer passar para a opinião pública, segundo a qual as taxas de juros praticadas pelos bancos na concessão de créditos estão extraordinariamente elevadas. Nomeadamente no que diz respeito ao crédito à habitação.

Para além de lidarem mal com os números e revelarem uma notória dificuldade em fazer contas, os portugueses denotam uma falta de memória confrangedora. As taxas de juro nos anos oitenta, mesmo para compra de casa e já deduzidas de todas as bonificações que então o Estado concedia, escreviam-se com dois dígitos. O que, para quem tenha fracas noções de aritmética, significa que eram sensivelmente o dobro daquilo que são hoje.

Possivelmente, muitos daqueles que têm dificuldades para cumprir com o pagamento das prestações adquiriram casas de dimensões e preços desajustados do seu rendimento. Não contentes com isso terão recorrido ao crédito para comprar uns quantos bens, de que provavelmente nem necessitariam, ou apenas para satisfazer caprichos e futilidades.

Nestas circunstâncias, desagrada-me que alguns exijam do governo medidas de apoio a estas pessoas. Parece-me pouco sensato, e é seguramente injusto, ser agora o Estado, ou seja todos nós que não temos culpa nenhuma, a suportar os desvarios, vaidades e manias de uns quantos caloteiros que andaram durante anos – e alguns ainda continuam – a armar ao pingarelho.

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