Altos, louros...e pobres!
Cresci a ouvir citar a Suécia como um exemplo. Nomeadamente no que toca às condições de vida que proporcionava aos seus cidadãos. Ainda hoje muitos garantem que assim continua a ser. Mas, se calhar, essa conclusão é capaz se revelar manifestamente exagerada. Ou, como diz a camaradagem sempre que a conversa não lhes agrada, isso não é bem assim. Tanto que alguns habitantes daquele país escandinavo demandam Portugal – e até o Alentejo, uma zona pobre e onde o emprego escasseia – para se instalarem e obterem aquilo que a sua pátria não lhe dá. Sim que, por norma, são essas as principais causas que levam alguém a procurar uma vida melhor, para si e para os seus, noutro país.
Por mim, estou cansado de me repetir, toda esta gente é bem-vinda. Somos poucos, velhos e, muitos de nós, com pouca vontade de trabalhar. Precisamos desesperadamente de sangue novo. De quem trabalhe, financie a segurança social e, em suma, garanta o futuro do nosso Estado-social. Daí que me pareça muito mal que os corramos a chumbo, como fez aquele fulano ali para a Póvoa de São Miguel. Um crime de ódio racial contra uns suecos, ao que dizem as noticias. Vão ver o gajo não gosta de ter ao pé da porta pessoas altas e louras, com muitos filhos e cheias de ganas para vergar a mola. Manias.