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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Ainda alguém se lembra das gorduras do Estado?

Kruzes Kanhoto, 17.09.21

Muito se falou e escreveu, noutros tempos, acerca das gorduras do Estado. Hoje, pelo contrário, o que está em permanência na ordem do dia é a excessiva magreza do dito. Até parece que foram removidas todas as adiposidades e, fruto de um qualquer zeloso nutricionista, o Estado ficou apenas com a pele e o osso. Só que não. Por mais que a propaganda oficial da esquerda comunista, bloquista, estado-dependente e outros malucos diversos nos queiram fazer acreditar, o Estado português fica a cada dia mais gordo.

Uma dessas gorduras, por sinal daquelas perigosas, é aquela coisa a que deram o sugestivo nome de “comissão para a igualdade contra a discriminação racial”. O tal comité que resolveu implicar com um cartaz de um partido político por, na sua opinião, conter uma mensagem discriminatória relativamente aos cidadãos chineses. Só porque usava a expressão em “Mao Maria” e lamentava o facto de os habitantes do concelho andarem à quarenta e cinco anos a “comer arroz”. Um piadola eleitoral, evidentemente, que desagradou aos comissários.

Lamentavelmente os ditos comissários não serão apenas uns macambúzios com pouco apreço por graçolas que envolvam regimes políticos apreciados pela esquerda. Numa breve vista de olhos pelo seu site, na parte onde publicam as decisões, aparentam ser um pouco mais do que isso. Assim quase uma espécie de grandes educadores do povo, no âmbito da linguagem. Para além de diversas coimas aplicadas a expressões usadas por espectadores de jogos de futebol – curiosamente, ou talvez não, nenhuma dirigida aos árbitros – também alguém foi devidamente punido por numa “situação de atendimento ocorrida num supermercado, em que o funcionário referiu a palavra “sapo” na comunicação com uma cliente, expressão suscetível de ofender pessoas pertencentes à comunidade cigana, consubstanciando uma prática discriminatória em razão da origem étnica na forma de assédio”. Da próxima vez que me perguntarem o endereço do blogue ou pedirem o e-mail, vou ter de olhar ao redor não vá alguém ouvir e ficar ofendido e queixar-se a essa gordura do Estado. Gordura vegetal, vá. Só para evitar discriminações, ofensas e assédios.

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