Agricultura da crise
Estamos em plena época de morangos. Estes não têm as dimensões gigantescas dos que se vendem nos supermercados e afins. Cá, na agricultura da crise, não se usam daqueles produtos esquisitos que fazem as coisas aumentar de volume. Nem de outras, a bem dizer. É que nem estrume, ou qualquer outra espécie de fertilizante, os desgraçados dos morangueiros apanham. Culpa do malvado compostor – oferta da empresa de gestão de resíduos da região – que parece ter uma fome absolutamente insaciável. Ando há seis meses a “alimentá-lo” e, para além de nunca mais ficar cheio, produzir um composto capaz de fertilizar o quintal afigura-se como uma realidade ainda distante. Por isso, para plantas que sobrevivem num solo de barro quase compacto, até estão muito bons.