Agricultora da crise
Cavar este quintal fazia parte das penalizações que me eram aplicadas quando, alegadamente, o meu comportamento de adolescente ultrapassava as linhas vermelhas da tolerância paterna. Outros tempos que, provavelmente, motivaram a minha aversão ao uso da enxada. Hoje está como a “vista aérea” mostra. Não por obrigação, mas antes porque posso, quero, me apetece e, principalmente, graças à minha Maria. A verdadeira mentora desta cena da agricultura da crise. É ela que domina a técnica e que dá a táctica.
Graças a isso a época agrícola anterior foi um sucesso. Poderá ter sido, também, sorte de principiante, mas a menos que alguma praga indesejada - como todas as pragas - entre por ali, a expectativa é que a coisa se repita. Para já está tudo com bom aspecto. Assim as toupeiras, os gatos e outros chegadiços não aborreçam em demasia.