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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

A idade do pombo

Kruzes Kanhoto, 18.05.15

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Duas noticias das últimas horas deixaram-me particularmente inquieto. Ambas envolvem idosos e retratam duas situações de penúria.

Uma refere-se às dificuldades de um velhote inglês que, coitado, teve de recorrer ao trafico de bebidas alcoólicas - que alegadamente revendia aos outros utentes do lar de idosos onde estava instalado – para conseguir suportar os encargos com as prostitutas que, amiúde, contratava. Para ele e para os amigos. Generosidade que a direcção do lar não apreciou e que o levou a ser expulso da instituição.

Outra elucida-nos acerca do montante que auferirá de reforma um conhecido maestro português. Duzentos e oitenta e oito euros mensais. Uma vergonha. De tal forma que o senhor terá de sair para “caçar” se quiser sobreviver nesta “badalhoquice” de país. Não se faz, de facto, uma coisa destas a tão grande vulto da cultura nacional.

No primeiro caso é de elogiar o dinamismo revelado pelo velhote. Precisava de algo que não conseguia pagar mas, não desistiu, foi à luta e obteve aquilo que pretendia. Um exemplo que as gerações mais novas deviam seguir. Ainda que, evidentemente, dando melhor uso aos proveitos obtidos.

O segundo é mais um exemplo da lusitana lamechice. As reformas são proporcionais ao que se desconta e para receber uma quantia tão irrisória é porque também não descontou grande coisa. Prática muito comum entre os chicos-espertos. Um bom exemplo, também, daquilo que não se deve fazer. E depois o “badalhoco” é o país...

 

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