A grande dimensão das autárquicas
Isto das autárquicas promete. Todos os dias são conhecidos novos candidatos, candidatos a candidatos, candidatos a deixarem de o ser e candidatos que mais valia não serem candidatos. A mais relevante dos últimos dias foi a candidata anunciada pelo PS à Câmara de Lisboa. Uma candidata forte, há que reconhecer. Talvez, para além do líder, a pessoa com mais peso dentro do partido. Alguém com massa suficiente para fazer gravitar à sua volta toda a restante extrema-esquerda. Para já deixou os socialistas cheios de esperança numa vitória robusta. Ou, mesmo que não consiga esse desiderato, é criatura para engrossar a votação do seu partido. Os saudosistas da Geringonça, por seu lado, esperam que a candidatura sirva para encorpar uma espécie de frente revolucionária que lhes alargue as perspectivas de regresso ao governo. Até pode ser que sim quanto a isso da frente popular e revolucionária, mas não me parece que tão cedo voltem a pôr as mãos no pote. Por enquanto estamos em tempos de vacas gordas.