A cultura é uma arma...
Cultura. Reconheço que não escrevo o suficiente acerca do tema. Penitencio-me por isso. Melhor do que penitenciar-me talvez seja, até, enveredar por uma carreira no sector. O pior é que não tenho jeito nenhum para as artes. Cantar, dançar ou representar não são actividades artísticas onde possa aspirar a ter o mínimo de sucesso. Ainda que, como sobejamente se vê por aí, não falte gente com o mesmo grau de inaptidão a ser “levado em ombros”.
Talvez escreva uma peça de teatro. Como o outro que escreveu aquilo da “Catarina ou a beleza de matar fascistas” e, em vez de ser processado por discurso de ódio, ainda lhe pagaram. Posso revelar em primeira mão e rigoroso exclusivo para os leitores do Kruzes que já tenho alguns títulos em mente. “Adolfo ou o encanto de exterminar judeus”, “António ou as maravilhas de torturar comunistas”, “Joseph ou a satisfação de chacinar democratas” e “André ou a espectacularidade de malhar nos ciganos” são apenas algumas ideias. Quanto à trama, logo se vê. Por enquanto mantenho aquela máxima. “Quando ouço falar em cultura só me apetece puxar da metralhadora”. Uma ou outra vez, confesso, no real sentido do termo.