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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Em cinquenta anos não aprenderam nada...

Kruzes Kanhoto, 30.01.24

O pior inimigo de um pobre é outro pobre que se acha rico e que defende aqueles que o tornam pobre”. Vejo esta frase replicada vezes sem conta, nomeadamente em altura de eleições, em inúmeros perfis das redes sociais de gente ligada, de uma ou outra maneira, aos sectores mais à esquerda da sociedade. Por norma merece aplausos entusiásticos de pessoas que se identificam com ela, que tratam de a partilhar e, também, reproduzir em público. Até a mim, confesso, me apetece fazê-lo de tão brilhante e motivadora que a acho. É mais uma coisa – entre muitas outras – que estou de acordo com esse pessoal. A ideia expressa por um autor desconhecido – pelo menos para mim, que sou um ignorante nestas cenas das filosofices – não podia ser mais verdadeira. De facto o maior inimigo de um pobre é outro pobre que defende quem cria pobreza. Ou seja, quem aprecia o socialismo e demais políticas esquerdalhas. Que o digam, entre outros, os cubanos, norte-coreanos e todos os povos que tiveram o azar de nascer do lado de lá da antiga “cortina de ferro”.

"Herança social"?! Não há limites para a falta de vergonha...

Kruzes Kanhoto, 29.01.24

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Detesto ladrões e invejosos. São criaturas pouco recomendáveis das quais, sempre que posso, procuro manter uma salutar distância. Entre outras constituem também duas das principais razões para fugir, como Maomé do toucinho, dos partidos de esquerda.
Não digo – nem, sequer, insinuo - que o programa eleitoral do Livre foi escrito por ladrões. Seguramente que não. Mas algumas das propostas apresentadas configuram um verdadeiro assalto aos bens das pessoas, provavelmente em resultado de um sentimento de inveja mal disfarçado. Entre outras, a ideia de criar um imposto sobre as heranças para financiar a tal “herança social”, dificilmente poderá ser chamada de outra coisa que não roubo.
Acredito que PNS terá igual intenção. Só não quer – nem pode – dizer, para não assustar os velhinhos que, certamente, não iam gostar de saber que o resultado do seu trabalho e das suas poupanças vai servir para financiar a malandragem. E eu, que já não vou para novo, também não tenho interesse em financiar invejosos.

Livra!

Kruzes Kanhoto, 28.01.24

A esquerda sempre gostou de proibições. Adora proibir. Seja o que for. Não admira pois que à medida que se vão conhecendo os programas eleitorais dos partidos daquele espectro político o rol de cenas com que a esquerdalha se propõe acabar vá aumentando.

O Livre – curioso nome para um partido que gosta de proibir – inscreveu no seu programa eleitoral a proibição de abertura aos domingos das grandes superfícies comerciais porque, justificam, “a situação actual favorece os maiores espaços em relação ao comercio de bairro ou de proximidade, além de prejudicar dinâmicas familiares”. Provavelmente poucos se recordarão que, com os mesmos argumentos isto já foi posto em prática durante uns tempos. E, obviamente, não resultou. Nem para os tais comerciantes de bairro – que na altura já eram poucos e agora ainda são menos – nem para os trabalhadores do sector. Estes seriam mesmo os mais afectados. Quer pelo desemprego quer pela quebra de rendimentos. Situações que, como qualquer pessoa percebe, costumam contribuir para excelentes dinâmicas familiares. Mas disso pouco sabem os tipos do Livre. Na bolha onde habitam esses problemas não os afectam, logo não existem.

Mas sim, haverá de certo quem aprecie esta ideia. Os comerciantes das lojas dos chineses, nomeadamente.

Nem todos podem morar na praça...

Kruzes Kanhoto, 27.01.24

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Umas centenas de criaturas mal-apessoadas manifestaram-se mais uma vez pelo direito à habitação. Direito esse que, tanto quanto sei, ninguém colocou em causa. Todos continuam a tê-lo. Desde que, obviamente, o paguem. Fazem-me confusão estas reivindicações dos manifestantes. Nomeadamente quando se acham no direito a ocupar propriedade privada, quando consideram que os senhorios têm o dever de lhes arrendar uma casa pelo preço que eles entendem e quando acham que têm o direito de morar onde muito bem querem, nomeadamente no centro das cidades, sem pagar mais por isso.

Por mim, que estou a recuperar uma vivenda para eventualmente colocar no mercado de arrendamento, dificilmente a arrendaria a qualquer uma das pessoas que aparecem nas televisões a mandar bitaites. Nem eu nem ninguém com juízo. Com aquele aspecto e aquele discurso o melhor é tentarem na Palestina, já que gostam tanto que nem numa manifestação sobre a habitação em Portugal largam a bandeira daquele território. Esta gentinha não percebe que um imóvel é sempre o fruto do trabalho de alguém que poupou e que não esturrou os seus recursos em futilidades. Daí que seja normal que qualquer proprietário procure rentabilizar o investimento. Não conseguem pagar? Temos pena, mas tudo na vida tem uma alternativa. É procurá-la.

Beneficiar o infrator

Kruzes Kanhoto, 25.01.24

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Por que carga de água é que a posse – ou a tutoria, vá – de animais de estimação dá direito a benefícios fiscais?! Nomeadamente no IRS. Além de alimentação dos bichos, se adquirida através de associações protectoras da bicharada, beneficiar de isenção de iva. Deve ser para depois fazerem – os donos, que a canzoada não tem culpa – javardices destas à porta dos outros. Que, lamentavelmente, ficam sempre impunes. Numa altura em que – e bem - se quantificam as despesas que decorreriam do aumento das pensões, da redução dos impostos sobre o trabalho e de outras medidas destinadas às pessoas ignoram-se todos os custos derivados da alucinação colectiva pelos animais de estimação. O que é pena. Pois se alguém um dia fizer as contas aos “investimentos” das autarquias em parques caninos, taxas de registo e licenciamento não pagas, benefícios fiscais e custos ambientais associados à inusitada proliferação desta bicheza nos centros urbanos terá uma desagradável surpresa.

Se calhar sou só eu que reparo nestas coisas, mas é impressão minha ou são apenas os cidadãos “brancos” que são afectados por esta maluqueira da adoração pelos animais? É que nunca vi um negro ou um asiático a passear um cão…

Negócios com futuro

Kruzes Kanhoto, 23.01.24

Com a mais que provável vitória do PS nas próximas eleições e consequente formação de uma nova geringonça, assistiremos a uma vaga de nacionalizações. Eles já nos andam a preparar. Mas nem valia a pena. O pessoal - ao que leio e ouço mesmo a pessoas que eu julgava que tinham juízo – não só está preparado, como até parece ansioso para que isso aconteça.

Como todos sabemos o Estado faz sempre bons negócios e é um óptimo gestor. Veja-se o caso da TAP e da CP. Depois de anos e anos de prejuízos bastou o Estado intervir para darem lucro. Seguir-se-ão os jornais e as rádios. Parece até haver um clamor nesse sentido. Ainda que, atendendo às tiragens médias, se calhar nem cinco por cento da população tenha por hábito comprar o jornal. Mas isso não interessa nada. Trata-se de um sector estratégico para o poder e com a sabedoria que caracteriza a gestão pública aquilo depressa começa a ser, também, uma actividade lucrativa.

Vão ser tempos divertidos, os que se aproximam. Mais ainda do que os do PREC. Nesses, sei porque estive lá, a diversão foi mais que muita. Agora, com redes sociais e muito mais informação, a galhofa será bastante maior. Espero que não me desiludam e estejam ao nível, no mínimo, do companheiro Vasco. Fico ansiosamente a aguardar pelo controlo público dos sectores estratégicos para a economia do país e, também, de outros não tão estratégicos quanto isso. Se, então, garantiam que “nacionalizar até as tabernas”, não se esqueçam agora de nacionalizar aquela loja que vende CD’s e disquetes e que estará em risco de fechar porque o senhorio aumentou a renda…

E para coxos e marrecos, também é adequado?

Kruzes Kanhoto, 21.01.24

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Estes novos conceitos todos modernaços não param de me surpreender. Agora são parques de estacionamentos adequados para LGBT não sei que mais. Cuidava eu, na minha imensa ignorância, que um parque desta natureza se tratava de uma área especificamente destinada ao aparcamento de automóveis. Podendo, eventualmente, uns serem exclusivos para ligeiros e outros para pesados. Ou, quando muito, existir uma ou outra limitação em função de outras características mais especificas das viaturas. Assim de repente não estou a ver o que importam as opções técnico-tácticas dos condutores para o acto de estacionar.

A menos que se destine a automóveis que não se identificam com a marca que lhes foi atribuída pela fábrica. Com esta cena da inteligência artificial não me admiraria. O meu Dácia deve ser desses. A julgar pelas multas de excesso de velocidade que já me arranjou deve ter a mania que é um Porche, BMW ou isso. Ou, quiçá, este espaço se destine a estacionamento exclusivo de carros que só pegam de empurrão ou com problemas na centralina.

O brócolo da crise

Kruzes Kanhoto, 20.01.24

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Não se trata de exemplar único, mas dada a sua imponência sobressai dos demais. Dariam, se os colhesse a todos na mesma ocasião, para um molho de brócolos. Daqueles jeitosos. À séria, mesmo. Nada de comparações com outras molhadas metafóricas de legumes desta espécie que se veem por aí a toda a hora. Essas, por mais que se multipliquem, serão sempre miseráveis.

Um automóvel a cada português é que era...

Kruzes Kanhoto, 17.01.24

A coisa promete. A campanha eleitoral ainda nem começou e as promessas já são mais que muitas. As do Chega são as que têm dado mais conversa. Parece que são caras e a serem aprovadas levariam o país à ruína. Calculo que sim. O que me espanta é que de repente e ao contrário do que acontece com outras propostas igualmente alucinadas – e têm sido tantas só nos últimos anos – toda a gente sabe quanto custam e declara com veemência a sua impraticabilidade. A menos que me tenha escapado nunca vi, por exemplo, ninguém quantificar ou, sequer, chamar nomes ao Rui Tavares, do Livre, quando propôs a criação do Rendimento Básico Incondicional. Uma medida que para além de injusta, por dar dinheiro a toda a gente só porque sim, seria muitíssimo mais dispendiosa do que a do Chega sobre as pensões. Deve ser sina dos partidos de um homem só, como é o caso destes dois, apresentarem medidas completamente desfasadas da realidade, chamemos-lhe assim.

Ando a dizer há anos que Chega, PCP e BE não são muito diferentes uns dos outros. A diferença, quando muito, estará mais no que fumam ou no que bebem. O que justifica, se calhar, que aqui no Alentejo muitos votantes do PC e do BE escolham agora o partido da extrema-direita. Bem visto, bem visto, nem precisaram de mudar de ideias. Veja-se, por exemplo, a retórica sobre os “grandes grupos económicos”, o “grande capital” ou a banca que os extremistas de esquerda fazem diariamente e os impostos que o Ventura ameaça lançar para se perceber que aquilo é tudo igual.

Seja como fôr, nisto de deitar contas às promessas eleitorais - uma preocupação nova, como referi - os custos não deviam ser mensurados em milhares de milhões de euros. Isso é dinheiro que está para além da minha fraca compreensão. Se me explicarem, sei lá, em TAP's, CP's ou resgates bancários talvez perceba melhor.

 

O último a rir...

Kruzes Kanhoto, 16.01.24

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Muito se tem falado e escrito nos últimos dias acerca de migrações. De cá para lá e de lá para cá. Se bem que um e outro “lá” sejam sítios diferentes. Tão diferentes como as pessoas que saem são diferentes das que entram.

Há quem não se mostre especialmente preocupado com a fuga de jovens portugueses em direcção ao estrangeiro. É uma inevitabilidade, dizem. Será, mas muitos deles não tinham necessidade nenhuma de o fazer. Mesmo com salários mais altos e impostos mais baixos, acredito que nem todos ficarão a ganhar muito por demandar outras paragens. Se calhar, em muitas circunstâncias, é mais uma moda.

Não falta também quem delire e transborde de alegria ao assistir à invasão de estrangeiros pobres e pouco dispostos a adoptar o modo de vida da terra que os acolhe. Todos os que já cá estão – e muitos mais, provavelmente – serão necessários para que o país funcione. Mas parece ser do mais elementar bom senso exercer alguma selectividade na escolha de quem recebemos. E, já agora, penalizar alguns comportamentos. Deles e nossos.

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