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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Não há machado que corte...

Kruzes Kanhoto, 31.10.23

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1 - “Plantar árvores é magnífico para o combate as alterações climáticas”, garantem os especialistas da especialidade. Mas nem era preciso. Isso até o meu gato imaginário – o Bigodes - sabe. Contudo é coisa que, cá pelo Alentejo, não levamos muito a sério. Aliás, neste âmbito, vivemos no pior dos dois mundos. Por um lado, nos campos, plantam-se árvores de forma intensiva – e abusiva, diria – e, por outro, nas localidades, o seu número é meramente residual. Sendo que, um número significativo são laranjeiras ou, as plantadas mais recentemente, oliveiras raquíticas. Nem vale a pena reclamar. É disto que os eleitores alentejanos gostam e quem manda faz-lhes a vontade. Coitados. Ambos.

2 – Sustento, desde há muito, que vivemos numa ditadura do politicamente correcto. De outra forma ninguém se sentiria obrigado a pedir desculpa por uma opinião. Ou por pensar diferente da minoria. Sim, porque colocados perante a hipotética possibilidade de casar com alguém do mesmo sexo, mesmo que se assuma do outro, poucos manifestariam essa vontade. Parvo, no entanto, é quem vai na conversa dos wokes da treta. É disso que os novos fascistas do pensamento único se alimentam. Por mim vão de carrinho. Daqueles que vão pagar muito IUC. Não passarão!

3 – Não é meu, mas tenho pena. “Houve um momento qualquer em que passámos a tolerar a intolerância. Dizem que é diversidade cultural. Agora estamos mais à frente. Passámos a promover a intolerância. Dizem que é a defesa dos direitos humanos”. É o que dá fazer caso de malucos.

A ovelha refugiada

Kruzes Kanhoto, 30.10.23

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Sempre me intrigou que os migrantes - refugiados, invasores ou lá o que se lhes queira chamar - que atravessam o Mediterrâneo cheguem à costa europeia apenas na posse do telemóvel. Perdem tudo no mar, nomeadamente os documentos de identificação, mas o precioso aparelho salva-se sempre. Há, como em tudo na vida, uma ou outra excepção. Um destes dias chegou a Lampedusa um desses cavalheiros que trazia consigo uma ovelha. Uma companhia tão inusitada que suscitou a admiração dos guardas fronteiriços e originou uma animada sessão fotográfica. Desconheço se a criatura esclareceu as razões para não ter deixado para trás a sua amiga de quatro patas. Nem, sequer, vou especular acerca das motivações do jovem. Serão, seguramente, as mais nobres. Sendo que entre elas não deverá estar a intenção de a comer.

Devem ser uma espécie de activistas...

Kruzes Kanhoto, 29.10.23

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Ouço com frequência gente a queixar-se que a cidade está suja, com demasiado lixo espalhado e que os serviços de limpeza limpam muito pouco. Pode ser que sim. Mas, lamentavelmente, os cidadãos também não colaboram nada. Ou melhor, até colaboram. A sujar e a praticar as mais variadas javardices. Algumas dessas práticas, no âmbito da falta de asseio, até são muito aplaudidas e incentivadas como constituído um elevado contributo para uma sociedade melhor. Este é um bom exemplo disso. Só um, porque há muitíssimos outros. Gente burra que tem este comportamento absolutamente reprovável e que depois ainda vem “cantar de galo”. Se gostam de verdade dos bichos – sentimento que só lhes fica bem – que os levem para casa. Dentro de casa podem ser porcos à vontade que ninguém os aborrece.

Agricultura da crise

Kruzes Kanhoto, 28.10.23

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Pouco há para acrescentar ao muito que aqui tenho escrito acerca da agricultura da crise. Foi apenas mais um sábado no quintal. Uma manhã, vá. Ou nem isso, porque antes ainda houve a sacramental volta pelo mercado cá da urbe.

A colheita de hoje está à vista. Dois morangos fora de época, uma abóbora que ficou esquecida, couve, chuchus e a primeira parcela de batata-doce. Pela rama prometia mais, mas afinal apenas deu aquilo. Confesso a minha decepção perante a fraca produtividade do tubérculo.

Entretanto a couve está a ser atacada pelas lagartas. Se alguém for conhecedor de uma forma de as afastar sem as magoar, não me diga nada. Prefiro esborrachá-las.

Aspene - Assessor de pelouro nenhum

Kruzes Kanhoto, 26.10.23

Vi hoje nas redes sociais – sim, que nas televisões estas coisas não são noticia, ou apenas são quando já é demasiado descaramento esconde-las – que a líder do Bloco de Esquerda arranjou um assessor para a apoiar nos relevantes serviços que presta aos munícipes do concelho de Almada. Onde, recorde-se, é vereadora sem pelouro. O que, calculo, constituirá uma actividade extraordinariamente desgastante para a qual terá de ser devidamente assessorada. Daí que, para o efeito, tenha recorrido ao talento de um jovem artista performativo – seja lá isso o que for – que exercerá ainda a actividade de activista. Que é uma cena que dá imensa experiência e habilita qualquer um a fazer, portanto, coisas e assim. Daquelas de relevante interesse autárquico, nomeadamente.

Os assessores, como sabe toda a gente que conhece o mercado, estão pela hora da morte. Mas este, ao contrário do que andou por aí a ser propagandeado, custa apenas uns miseráveis cinquenta e dois mil euros. Uma pechincha. A explicação para o baixo preço estará no facto de se tratar – ao que, alegadamente, constará do currículo da criatura – de um assessor “não-binário”. Condição que o torna logo muito mais económico. Para quem não sabe, o binário é a força rotacional que o motor gera para colocar um veículo em movimento. Ora não sendo binário não gera força nenhuma. Ou seja, só pega de empurrão. Ou de ladeira abaixo, vá.

Terroristas do teclado

Kruzes Kanhoto, 25.10.23

Isto da guerra entre Israel e os terroristas do Hamas tem causado um nível de crispação nas sociedades ocidentais como, assim que me lembre, ainda não se tinha visto. Nomeadamente acerca de assuntos que, directamente e no imediato, não nos dizem respeito. É pior, muito pior, do que a invasão russa da Ucrânia.

Diria que a esmagadora maioria - não digo todos só para não ser demasiado conclusivo – dos que tomam partido contra Israel estão-se nas tintas para os palestinianos. Fazem-no por constituir mais uma oportunidade para destilar ódio contra os EUA, a Nato, a UE e a democracia em geral. Ou a liberdade, que é um conceito que lhes enche a boca, mas de que na verdade não gostam nada. Nunca se manifestarão por iranianos livres, sírios a viver em paz, libaneses a recuperar o controlo do seu país ou afegãos a poderem viver sem medo dos talibans. Tal como nunca saíram à rua pelas incontáveis vítimas do terrorismo islâmico.

Por mim, neste e em todos os conflitos onde um dos contendores não permite que as mulheres usem mini-saia, sei de que lado estou.

Ide mas é pinar, ou isso.

Kruzes Kanhoto, 24.10.23

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Malucas. O meu bairro está cheio de malucas. Não sei que outro nome dê às gajas – sim, que esta maluqueira pelos animais afecta principalmente as gajas – que alimentam os gatos vadios que por aqui vão aparecendo. Não tenho nada contra que aquelas fulanas matem a fome ao bicho. Podiam – e deviam – era fazer isso no recôndito do seu lar. Aí não incomodavam ninguém nem eu lhes chamava nomes. Alimentá-los na rua leva a que os bichanos vagueiem pelas imediações e, como lhes fica mesmo à mão, vão tratar de aliviar a tripa ao meu quintal. O que é uma coisa que me aborrece. Não gosto, estou farto de recolher merda de gato e,  principalmente, não tenho de aturar as consequências dos comportamentos desviantes daquelas senhoras. Podiam, já que pelos vistos lhes sobra tempo, fazer outras cenas menos incomodativas. Ir dar pinotes para a academia sénior, ou isso.

A terceira mão...

Kruzes Kanhoto, 23.10.23

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Cuidavam que isto ficava apenas pelo IUC? Desenganem-se. Já devem ter notado que, de há tempos a esta parte, se tem procurado instalar no espaço mediático um discurso de ódio contra os proprietários. Não é, obviamente, por acaso. É uma estratégia consistente com aquilo que se faz quando se pretende atingir um determinado propósito e é preciso preparar o terreno. Que é como quem diz, a opinião pública.

Seguir-se-á, num futuro não muito distante, o aumento do IMI. Já há no governo quem se lamente do VPT, valor patrimonial tributário, estar completamente desfasado do valor comercial dos imóveis. Preparem as carteiras. É assim que estas coisas começam. Uma medida desta natureza, se um dia se concretizar, terá naturais reflexos em todo o sector da habitação. Nomeadamente a puxar os preços do arrendamento ainda mais para cima. Mas isso pouco importa aos que se querem manter a todo o custo no poder. Necessitam do dinheiro dos outros para poderem continuar a garantir o seu.

Apanhados do clima

Kruzes Kanhoto, 22.10.23

“Faz parte”, tem sido a lacónica reacção dos ministros alvejados com a tinta arremessada pelos arruaceiros da Climáximo. Não, não faz. Não faz parte da função de quem governa normalizar atitudes ou organizações que defendem e praticam acções contrárias ao Estado de direito. Percebo que, enquanto a coisa não for a pior, vá dando jeito ao governo que os seus membros reajam com benevolência. Por um lado garantem o apoio do eleitorado, que tende a colocar-se do lado da vitima e, por outro, uma reacção mais musculada da segurança deixaria a comunicação social horrorizada, o que seria trágico para António Costa e “sus muchachos”.

Para os desordeiros em questão, ao que parece patrocinados pelo Bloco de Esquerda, o ambiente é o que menos lhes importa. A agenda é outra. Destabilizar, apenas e só. Se o foco fosse o clima já teriam, no mínimo, atacado as embaixadas da China ou dos Estados Unidos. Mas não. Limitam-se a prejudicar quem trabalha e a partir coisas. Os papás pagam o prejuízo, se alguma vez chegarem a ser condenados.

Uma das propostas destes indigentes mentais é aplicação de uma taxa de IRS de noventa e nove por cento a rendimentos superiores. Uma ideia que num país de baixos salários, elevado nível de inveja pela vida do vizinho e com um eleitorado que vota maioritariamente à esquerda possa suscitar alguma simpatia. Cálculo, assim por alto, que uma taxa dessa grandeza iria proporcionar ao Estado uma receita adicional de, aproximadamente, zero euros. Ou menos, que isto ninguém está disposto a dar pão a malucos.

PPP - Principio do pagador poluidor

Kruzes Kanhoto, 20.10.23

Sabia-se que qualquer baixa no IRS, por pequena que fosse, teria como contrapartida o aumento noutros impostos quaisquer. O Estado socialista não prescinde de receita fiscal, pois essa é a forma mais eficaz de manter satisfeitas as clientelas que os perpetuam no poder. Estranho é a opção ter recaído, com particular incidência, sobre o IUC. Este imposto é receita municipal e, a menos que exista alguma tramóia ainda por revelar, serão as autarquias a beneficiar deste esbulho alternativo.

Quanto aos argumentos em desfavor da opção do governo, nomeadamente que afectará em especial as pessoas de menores rendimentos, parecem-me uma visão desfasada da realidade. Olhando para os automóveis dos funcionários da organização onde trabalho, apesar de dois terços auferirem o SMN, bem poucos serão vítimas deste saque.

Já os defensores da medida evocam a necessidade de renovar o parque automóvel e de proteger o ambiente. Que é uma boa causa e serve para justificar quase tudo. Por mim acredito que é mais uma vez a vontade do governo ajudar os bancos, dado que para trocar de carro a esmagadora maioria das pessoas precisará de recorrer ao crédito. Quanto a isso da protecção do ambiente, na parte que me toca, como pagarei mais imposto vou passar a usar com mais regularidade a viatura alvo desta ideia escabrosa. Por um lado corro menos risco de ser multado por excesso de velocidade e, por outro, já que pago sinto-me no direito de poluir.

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