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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Empatia, muita empatia...até chateia tanta empatia.

Kruzes Kanhoto, 31.08.23

1 – Um conhecido figurão, em entrevista divulgada numa revista de publicação semanal, assegura que fica doente quando fala de dinheiro. Já somos dois. Acontece-me sempre o mesmo quando me lembro o que gente como esta tem custado à metade dos portugueses que pagam impostos.

2 – Garantem alguns especialistas em comportamentos empáticos que os portugueses não sentem empatia pelos mais vulneráveis. Pode ser que assim seja, mas convém não generalizar. Desconfio que a esmagadora maioria dos portugueses que trabalham, quando olham para o recibo de vencimento ou para a Declaração anual de IRS, até ficam espantados com tanta empatia.

3 – Em Janeiro do próximo ano entrarão em vigor mais umas quantas taxinhas. Garantida já está aquela sobre as embalagens de alumínio do take away. Em estudo estará também a introdução de outras sobre as mais diversas embalagens. Talvez seja desta vez que, aproveitando esta onda dos impostos verdes e fofinhos que ninguém se chateia por pagar, comecem a taxar os preservativos. A receita podia servir para financiar políticas de apoio à natalidade, ou isso.

Deve ser sido o estagiário...

Kruzes Kanhoto, 30.08.23

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Admito que os meus dotes como pintor não são grande coisa. Se evidenciasse aptidões para essa arte seria um profissional da pintura ou, pelo menos, um curioso que uma vez por outra ganharia uns cobres a fazer daqueles biscates em que a malta não desconta IRS nem se relaciona com o fisco a nenhum outro nível. Mas não, a minha queda para a pintura em geral e recuperação de paredes degradados em particular, é muito limitada. Daí que trate apenas das pinturas cá de casa. Como sou o dono da obra e simultaneamente o gajo que pinta, não tenho como reclamar da qualidade - ou falta dela – do trabalho efectuado. O que nunca fiz, jamais faria e, confesso, nunca tinha visto é um trabalho como este, que uma equipa de alegados pintores fez neste muro. Está ali um lindo serviço, sim senhor. Uma bela merda, por assim dizer.

Coincidências que não o são

Kruzes Kanhoto, 29.08.23

1 - O congelamento das rendas é uma das medidas mais frequentemente exigidas pela esquerda como forma de travar a chamada especulação e combater a alegada crise da habitação. Salazar também pensava assim e o resultado desse congelamento é por demais conhecido. Mas, segundo aqueles que entendem ser esse o caminho, desta vez é que vai resultar. Esta “solução” comum entre a esquerda e o salazarismo é tudo menos coincidência. É mais história, pelo que nem surpreende muito. Explica, isso sim, a razão por que a figura de Salazar ainda é tão admirada por tanta gente.

2 – O beijo que envolveu o presidente da Federação e a capitã da selecção espanhola de futebol continua a dar que falar. Mais do que a conquista do título mundial, as negociatas para a formação do governo ou a incapacidade de uma ministra e líder do Sumar em entender – já nem digo responder - uma pergunta básica formulada em inglês. Curiosamente a língua só se lhe soltou para dissertar sobre a desigualdade salarial entre mulheres e homens no futebol. Mas, assegurou, a ACT lá do sítio irá intervir no sentido de corrigir essa situação. Resta saber se ela quer que as mulheres ganhem tanto como os futebolistas do Real Madrid ou do Celta de Vigo. E, dentre estes, os craques da equipa ou os que normalmente ficam de fora da convocatória.

3 – Começa a ser demasiado extensa a quantidade de assuntos que não podem ser noticiados. Em nome não se sabe ao certo do quê, mas de certeza que será para o nosso bem. Esquecem-se, no entanto, estes novos censores que o mundo mudou e hoje tudo se sabe. Mesmo que o acontecimento que nunca aconteceu tenha acontecido do outro lado do mundo.

A cama está feita...

Kruzes Kanhoto, 28.08.23

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Ao fotografar esta cena ocorreram-me várias ideias. A primeira é que a cidade é habitada por inúmeras bestas a quem falta a mais elementar noção quanto à maneira como devemos tratar o muito lixo que produzimos. Depois lembrei-me que podia constituir, também, uma alegoria à alegada crise da habitação e tratar-se de alguém que, coitado, na falta de um tecto teve de optar por dormir ao relento. Por fim, entre outras menos relevantes, ocorreu-me um dos muitos sábios conselhos da minha avó. Dizia-me com frequência: “Deitar-te-às na cama que fizeres”. Pois. Acaba por acontecer a todos. Já outros se deitaram em camas parecidas, feitas por aqueles que, se calhar, se vão deitar nestas...

Agricultura da crise

Kruzes Kanhoto, 27.08.23

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Devido às condições climatéricas, às pragas ou seja lá ao que for esta não tem sido uma temporada particularmente profícua no âmbito da agricultura da crise. A “joia da coroa” serão mesmo os pimentos. Ao contrário, curiosamente, do que tem acontecido em anos anteriores em que esta espécie hortícola se recusava a medrar lá pelo quintal. Hoje foi dia de mais uma colheita e, salvo alguma ocorrência indesejável, outras se seguirão. Estes e outros que foram colhidos ao longo da semana, já passaram pelas brasas. Sorte a deles. Nem todos se podem gabar de passar pelas brasas desta vida...

Arquitontices

Kruzes Kanhoto, 26.08.23

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Qualquer especialista especializado na especialidade encontrará muitos e bons motivos para justificar o inusitado estilo aquitetónico do centro comercial de Évora. Nomeadamente para a ideia peregrina da cobertura da zona da restauração ser uma espécie de tenda árabe. Deve ser uma tentativa de homenagem aos invasores que há uns tempos ocuparam estas paragens. Aquilo, mal comparado e para se perceber a aberração que constitui, é como se fosse um terraço cercado por quatro paredes com uma lona por cima para proteger do sol e da chuva. Isto na zona mais quente do país e, também, onde no Inverno as temperaturas mais descem. Que um qualquer qualquer arquitonto tenha tido a ideia, ou lhe tenham pago para a ter, ainda percebo. Que o dono da obra, por ser árabe ou apreciar o formato, pretendesse fazer um edifício naquele estilo, até compreendo. O que me é difícil entender é como é que o município e demais entidades envolvidas na apreciação do projecto aprovam e licenciam uma coisas daquelas. A insustentabilidade energética deve ser algo para lá do inimaginável, tal será o consumo de energia necessário para manter frequentável o espaço destinado à restauração. De Inverno nem os inúmeros aquecedores a gás, espalhados por todo o lado, conseguem proporcionar um ambiente minimamente confortável e no Verão nem se dá pela existência de ar condicionado. Refeiçoar ali é um martírio. Daí que pouca gente o faça e, ao contrário da generalidade dos espaços desta natureza, a disponibilidade de mesas mesmo nos horários mais procurados seja sempre muito elevada. Vejo, no entanto, uma ou outra vantagem. De Inverno não é preciso esperar que a sopa arrefeça. O percurso entre o balcão e a mesa é mais do que suficiente para arrefecer uma sopa quase a ferver. No Verão, para quem aguentar a temperatura ambiente, pode-se degustar tranquilamente uma refeição que, por mais tempo que se demore, a comida nunca fica esfria. O pior são os gelados, mas também não se pode ter tudo.

Esquemas manhosos. Ou socialistas, dá igual.

Kruzes Kanhoto, 24.08.23

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Há muito que Espanha se transformou num manicómio em auto-gestão. E só tende a piorar. Depois de imitar o que por cá se fez em termos de coligações pós-eleitorais, o PSOE vai ainda mais longe. Empresta deputados seus a outro partido, para que este receba mais dinheiro do Estado, em troca do apoio ao governo que pretende formar. Sem ganhar as eleições, recorde-se. Ou seja, não se limita a não respeitar as escolhas dos espanhóis como, pior ainda, desrespeita os seus próprios eleitores. Lá para 2025, se não for antes, talvez o Costa ou outro qualquer que mande naquilo em que se transformou o PS, faça o mesmo para se manter no poleiro. Tudo para evitar que esses patifes da extrema-direita cheguem perto do poder, certamente irão usar como justificação de tão manhosa actuação. Mal por mal e apesar de achar que entre essa malta venha o diabo e escolha, ainda prefiro o javardo que antes das eleições diz logo ao que vai.

Chega de discriminaçãozinha do bem.

Kruzes Kanhoto, 23.08.23

Diz que o Chega está novamente a contas com os juízes do Tribunal Constitucional. Parece que aquilo, segundo o douto entendimento daqueles especialistas na especialidade, padece de múltiplas e variadas ilegalidades. De tal maneira que poderá estar, até, em causa a participação daquela força politica nas eleições regionais da Madeira.Também, segundo consta, haverá mais um recurso, petição ou lá que for no sentido de solicitar à justiça a ilegalização daquele partido politico. Só más noticias para o Partido Socialista, portanto.

Num vídeo que circula na Internet, provavelmente resultado de algum programa de rádio ou televisão, alguns “artistas” do regime, adeptos confessos das causas LGTBTurbo, questionam-se entre si sobre a forma como reagiriam se um filho seu lhes dissesse que iria votar no Chega. A resposta das ditas figurinhas é óbvia e compreensível. É mais ou menos a mesma que a de qualquer pai ou mãe teria se um filho lhe dissesse que anda a arrecadar a costeleta. Mas aí já seria homofobia. Assim, vindo destes patetas, é apenas discriminaçãozinha do bem.

Opções, prioridades e outras endrominações

Kruzes Kanhoto, 22.08.23

Contrariando a sabedoria popular, o governo garante--nos que todos podemos morar na praça. Eles estão lá para nos assegurar esse direito. E quando, como é óbvio, a realidade se encarregar de mostrar aos crédulos que tal é impossível, porque a vida é mesmo assim e sempre assim será, a culpa vai ser de todos menos dos pantomineiros que andam a endrominar os mais fracos de sentido que ainda acreditam nas patranhas propaladas por aquela gente. Embora isso não faça diferença nenhuma. O pagode continuará a votar neles, pois está convencido que apenas aquela maralha foi ungida para governar.

Com veto presidencial ou sem veto presidencial, com ou sem alterações ao projecto vetado, o “Mais Habitação” pouco mudará ao panorama actual. Podem pintar aquilo das cores que quiserem, mas fazer uma reforma do sector habitacional hostilizando uma parte dos intervenientes – que, por sinal, até são a maioria – para além de nada resolver, não augura nada de bom. Como o passado já demonstrou e o futuro se encarregará de confirmar.

O envolvimento dos municípios na resolução - previsto e bem, na lei – do problema da habitação devia ser o centro de toda a discussão. Por mais que alguns sustentem o contrário há capacidade na administração local para contribuir de forma decisiva para, pelo menos, minorar o problema. É tudo uma questão de opções, de prioridades e, principalmente, mudar o foco das festas e dos subsídios para algo útil e que melhore a vida dos respectivos munícipes.

 

A idade da estupidez

Kruzes Kanhoto, 21.08.23

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Parece estar em curso, à escala global, uma espécie de concurso de disparates destinado a premiar quem consiga ter a ideia mais parva. A cada dia os concorrentes dando aso à sua idiotice e, com inusitada frequência, chego a admitir que está encontrado o vencedor. Mas não. Logo de seguida surge outro maluco com uma ideia ainda mais maluca do que todas as outras ideias, já suficientemente malucas, que tinham sido dadas a conhecer. A sorte é que, passadas umas horas, já ninguém se lembra destes desgraçados nem das suas infelizes ideias.

Desta vez foi um “perito em sexualidade” que veio defender que os pais devem pedir permissão aos filhos antes de lhes mudar a fralda. Nem desconfio de que tipo de peritagens trata uma criatura - ou criaturo, criature ou lá o que seja com que o vivente se identifique – especialista nesta especialidade, mas se for alguma coisa que envolva crianças já devia estar atrás das grades.Declarações deste teor podem, num primeiro momento, ter piada. Perdem-na toda ao segundo olhar. Isto é gente perigosa que, por motivos de segurança, devia usar açaimo.

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