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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

E o cão, pá?!

Kruzes Kanhoto, 30.04.23

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Nos últimos dias tem decorrido por cá mais uma edição da FIAPE. Um dos maiores eventos no âmbito das festividades relacionadas com a agricultura e actividades correlativas, no dizer do especialistas especializados na especialidade de dizer coisas. Não vou perorar acerca da manifesta qualidade dos espectáculos, que certamente será muita, nem da excelência dos produtos em exposição que, de certeza, não ficarão atrás dos melhores. Tão pouco me importam as vacas leiteiras e as tristes figuras das inúmeras bebedeiras. Faz tudo parte da festa. O que me intriga é a necessidade que algumas criaturas têm de levar os bebés para os espectaculos musicais. Parece-me que, se outras razões não existissem, o adiantado da hora e o nível de decibéis já seriam motivos mais do que suficientes para desaconselhar qualquer pai, no seu perfeito juízo, a fazê-lo. Só faltou levarem o cão. Confesso que tive esperança que o fizessem.

Bandidagem

Kruzes Kanhoto, 27.04.23

1 – Ainda sou do tempo em que, a propósito de tudo e de nada, os comunistas exigiam a demissão do governo dia sim, dia não. Desde dois mil e quinze que essa mania lhes passou. Das duas uma. Ou estão contentes e felizes com as políticas praticadas desde então ou estão com medo de ir a eleições. As greves e os protestos que patrocinam são cada vez mais aquela coisa do “agarrem-me senão vou-me a eles”.

2 – O primeiro-ministro confessou uma certa inveja por não falar português com sotaque brasileiro. Conversa de parvo e de quem não tem nada de interessante para dizer aos seus concidadãos. Por mim, que tenho orgulho no meu sotaque alentejano, pouco me importam as preferências dos outros. Nomeadamente do dito senhor. Ele que vá bardamerda, mas é.

3 – As ocupações de habitações são muito comuns em Espanha. Desalojar os ocupantes revela-se, graças à protecção que lhes é concedida pela legislação espanhola, promovida por socialistas e podemitas, uma missão quase impossível. Daí que tenham surgido muitas empresas que prestam serviços de desocupação de propriedades invadidas. Um negócio que, também por cá, pode prosperar. Dentro da legalidade, obviamente, que proibir alguém de entrar naquilo que não é seu não parece ter nada de ilegal. Pode é haver pouca vontade de contrariar a bandidagem.

Valores. Ou falta deles.

Kruzes Kanhoto, 25.04.23

hhhhhh

 

1 – Ando há quarenta e nove anos a tentar descobrir o que são os “valores de Abril” e, passado este tempo todo, ainda ninguém me esclareceu com clareza e honestidade intelectual acerca do que são esses tais valores. Deve ser, presumo, uma coisa mais ou menos equivalente à “ética republicana”. Todos falam deles, mas ninguém sabe ao certo o que são. Para alguns esses valores passam por matar, com requintes de malvadez, aqueles que ousam ter uma opinião diferente, como defendeu em tempos um “capitão de Abril” que já foi desta para a melhor. Outros vão ainda mais longe. Mesmo que gostem do 25A, se não festejarem é po-los a fazer o pino. Abril pode até ter valores. Esta gente, seguramente, não.

2 – Entretanto o ex-presidiário que preside ao Brasil, lá discursou na Assembleia da República. Tirando a má-criação de uns quantos deputados, tudo normal. O homem deve ter-se sentido em casa. De repente, da esquerda à direita, desataram todos a gostar dele. Estranho. Dantes, desta gente, dizia-se que era só a mãe quem gostava.

3 – Sem que se tenha dado muita atenção ao assunto e assim meio à socapa, o parlamento aprovou a autodeterminação de género na escola. Ou seja, o Manuel já pode ser Maria. Só não pode é comer um bolo.

Volta Passos, estás perdoado!

Kruzes Kanhoto, 23.04.23

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2011

2023

Passos Coelho, caso voltasse a liderar o PSD, ganharia facilmente as eleições e o seu partido obteria uma maioria estrondosa no parlamento. Elegeria para aí dois terços dos deputados. Ou, até mesmo, bastante mais. Isto porque os apoiantes das medidas que tomou enquanto primeiro-ministro são mais que muitos.
Veja-se, já que estamos em época dele, o IRS. Teve, durante a governação PSD/CDS, um aumento brutal. Já as descidas que ocorreram desde dois mil e quinze foram meramente residuais. No entanto, desde a gaja da caixa do supermercado até ao comunista polivalente João Ferreira, ninguém o quer ver reduzido. Paguem, que são ricos. Ou seja, gostaram tanto que só querem que assim continue.
Quando quase metade da população não paga IRS, é fácil perceber o discurso do camarada candidato a tudo. É, no caso, o populismo do bem. E no caso dos que não pagam, também não é difícil entender. É a natureza humana, da qual a inveja é parte integrante, no seu pior.
Como resulta das tabelas de retenção acima, quem em 2011 ganhava mil euros ou mil e quinhentos, tinha uma retenção de 9% e 14%, respectivamente. Hoje a retenção é 11,2% e de 17,1%. Como, apesar de pouco, qualquer um destes vencimentos terá tido aumentos ao longo destes doze anos, é só fazer a conta ao esbulho de que estes desgraçados – a metade dos que pagamos – são a ser vitimas. Coisa do agrado do PCP e de muitos portugueses, pelos vistos. Volta Passos Coelho, que esta malta gosta muito de ti!

 

Do lado certo ao lado errado em cinquenta anos...

Kruzes Kanhoto, 21.04.23

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1 – Lembrei-me desta fotografia a propósito dos cinquenta anos do Partido Socialista. Não sei - nunca entrei em nenhuma - se está pendurada nalguma parede de alguma sede daquela partido. Se não está, devia estar. Tal como o seu significado devia ser ensinado a todos os que se iniciam na militância socialista. Desconfio que entre os actuais dirigentes não são muitos os que a apreciam e que serão bastantes os que não nutrem por aquilo que ela representa um especial apreço. Tenho mesmo a certeza que, se aquela luta fosse travada hoje, o PS estaria do outro lado da barricada.

2 – Uma mulher foi atacada, ao sair de casa, por cinco cães de raça pitbull. O ataque não ocorreu no meio do mato, num descampado ou nas imediações de uma quinta. Foi em Lisboa. E é isso que me faz confusão. Que espécie de gentalha tem necessidade de, numa cidade, ter cinco bichos daqueles? O abate dos seis parece-me uma medida da mais elementar higiene.

3 – Por falar em bicharada. A defesa dos animais já chegou aos ratos com asas, também conhecidos como pombos. Diz que há por cá quem não queira – e até ameace com queixa na justiça – que se tomem medidas para controlar essa praga. Que os mantenham por perto, já que gostam tanto deles. As empresas de oxigénio medicinal, mais cedo do que tarde, vão-vos agradecer essa opção.

Meio país a sustentar a outra metade

Kruzes Kanhoto, 20.04.23

Quase metade dos portugueses não pagam IRS. Muitos deles, a maior parte provavelmente, começaram hoje a receber mais um dos múltiplos apoios que o Estado, na sua imensa generosidade, lhes concede. Muita dessa gente são verdadeiros profissionais no ramo dos benefícios sociais e convictos praticantes do levantamento do copo, lançamento da beata e raspagens diversas. Incluindo nestas últimas a popular “raspadinha”, a carteira dos velhotes mais alarves ou a conta bancária de algum cidadão menos prevenido. Isto enquanto usufruem gratuitamente de tudo o que é serviço público e desfrutam de todos os direitos que os outros, os que têm deveres, lhes pagam. No âmbito dos direitos, reconheça-se, têm um nível de informação invejável. Trata-se de uma pratica que cultivam durante toda a vida e que vão, sabiamente, transmitindo de geração em geração. Se numa terra escassamente habitada como a minha são às centenas, nem quero imaginar quantos serão no país. Mas, claro, o problema que urge resolver é o da meia-dúzia de nómadas digitais e de uns milhares de estrangeiros endinheirados a quem é concedida a isenção de IRS durante dez anos. Nós gostamos é de pobrezinhos. Especialmente daqueles que podemos manter na nossa dependência. Deve ser uma espécie de mania da superioridade.

É a "Comprativa", camaradas!

Kruzes Kanhoto, 19.04.23

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1 – Nem desconfio quem propõe idiotices destas, mas, presumo, será um fedelho ignorante. Nem nos anos do PREC o pessoal era tão burro que pretendesse meter o Estado no negócio das mercearias. Optou-se, então, pelas cooperativas de consumo. Deram no que deram. É falar com os mais velhos que eles explicam porque faliram ao fim de poucos anos. Hoje nem conseguiam aguentar um mês.

2 – Segundo estimativas do governo a pirataria, nomeadamente ao nível do audiovisual, será responsável pela perda de mais de duzentos milhões de euros em impostos. Não sei como chegaram a este número, mas acho piada que falem em “perda”. Por mim, se por acaso utilizasse esses esquemas manhosos para ver os jogos do Benfica, só o faria por ser à borla. Pagar SporTv, ou outros que tais, é coisa que nem equaciono. Portanto esqueçam lá a ideia de algum colocar a mão nesses tais duzentos milhões...

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3 – Nunca compreenderei o que leva alguém a co-habitar com um cão. Menos ainda a razão porque o leva à rua para cagar. Se o tratam como uma pessoa, se partilham com ele a cama e o que mais calhar parece esquisito que não possam partilhar igualmente a casa de banho.

Agricultura da crise

Kruzes Kanhoto, 18.04.23

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1 – Obviamente que ninguém – excepto o governo, eventualmente – estará à espera que a entrada em vigor do “Iva zero” faça baixar o preço seja do que for. Já lá para Novembro, quando esta suspensão acabar, poucos duvidarão que todos estes quarenta e seis produtos verão o seu preço crescer seis por cento. Na falta de melhor, chamar a isto especulação parece-me adequado.

2 – Por falar em especulação, especuladores e manigâncias diversas ocorreu-me o mercado de sábado cá da terra. Deve ser por tudo isso que, nos tempos que correm, as bancas de vendas de plantas hortícolas (daquelas para plantação) são as mais concorridas. Não é que não especulem, mas assim como assim não somos todos os sábados vitimas da inflação. Nem da ganância.

3 – É por estas e por outras que a agricultura da crise constitui uma actividade cada vez mais relevante. Pelo menos enquanto não aparecer uma qualquer Susana Peralta desta vida a exigir a aplicação do IVA ao auto consumo no âmbito horticultura. Ou a inventar um imposto patético que vise corrigir a “lotaria do quintal”...

O que hoje é mentira...amanhã continuará a ser.

Kruzes Kanhoto, 17.04.23

Uma mentira, por mais repetida que seja, não se torna verdade. Pode é levar os tótos a creditar na patranha. É o caso da divida pública. Há quem acredite e não perceba que a diminuição verificada foi apenas na sua relação com o PIB. Em montante – dinheiro, vá – não para de aumentar. Aos que acreditam na pantominice e na propaganda proponho que me emprestem cinquenta euros. Como para o mês que vem vou ser aumentado, a minha dívida, na perspetiva desses crentes, diminuirá. Lá mais para o Verão pago-lhes os quarenta e cinco euros.

Taxem mas é a mãezinha...

Kruzes Kanhoto, 14.04.23

1 – A função social da propriedade é um estranho conceito que, de repente, nos começou a entrar casa dentro. Confesso a minha ignorância, mas não sei ao certo o que significa. Suponho que será uma maneira colocar os remediados – que os ricos escapam sempre a estas coisas – a financiar, também ao nível da habitação, os mais pobres e os que não querem trabalhar. Ou seja, o equivalente ao que as empresas públicas fazem com os socialistas.

2 – Outra ideia que uns quantos inúteis de esquerda – passe o pleonasmo - tentam à viva força trazer para a discussão é a taxação das heranças. O principal argumento é a alegada necessidade de corrigir aquilo a que chamam “lotaria do berço”. Um cena assim do tipo, um gajo trabalha, poupa, investe e quando morre o proveito de tudo isso fica para os filhos dos que não pouparam nem fizeram a ponta de um corno. “Imposto invejoso” ou “taxa invejosa” parece-me um bom nome quando, mais cedo do que tarde, estes merdosos levarem a sua avante.

3 – Temos a maior carga fiscal de sempre e, ainda assim, há gente que todos os dias acorda a pensar em novas maneiras de nos tributar. Só falta sugerirem um imposto sobre a queca. Proceder à sua liquidação nem seria nada de especial. Muito mais difícil será controlar a absorção do IVA dos bens que passam à taxa zero e, no entanto, há quem pense ser capaz de o fazer.

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