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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Só "glandes" ideias

Kruzes Kanhoto, 28.02.23

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1 – Há pessoas assim, coitadas. Só não sei porque não fazem a tão ansiada revolução lá em casa. Ou no quintal, se o tiverem. Com a inegável vantagem de, nessa circunstância, não aborrecerem os demais e ninguém se chatear com eles nem com as suas brincadeiras. Quanto às bombas, parece-me que o receio é manifestamente infundado. Da outra vez bastaram umas mocas de Rio Maior. Hoje umas fisgas chegariam. São tão poucos que quase seriam consideradas armas de destruição maciça.

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2 – As obras são a combinar, promete o proprietário deste imóvel no centro de uma localidade da região. Assim de repente, ajuizando apenas pelo exterior, parece-me que só a demolição será capaz de gerar consenso entre as partes. Ou então o governo toma conta naquilo, faz as obras e ao fim de cinco anos devolve ao legitimo dono...

3 – Foi criada a primeira pós-graduação em estudos interdisciplinares e globais do trabalho. Dado o entusiasmo que a noticia suscitou, presumo que seja uma cena de assinalável relevância. Ocorreu-me, a propósito, uma piada que um antigo colega repetia nas formações em que nos encontrávamos. Garantia ele que a licenciatura em entomologia estudava os insectos, o mestrado o mosquito, o doutoramento a pila do mosquito e a pós-graduação a glande do mosquito. Estes devem ir estudar a greve.

Liberalidades, refeições à pala e ovelhas...ou como isto anda tudo ligado.

Kruzes Kanhoto, 27.02.23

1 – Volta e meia regressa a conversa da falência, num futuro mais ou menos próximo, da Segurança Social. Até haverá motivo para isso, face à fraca natalidade e ao aumento da esperança média de vida. Contudo, perante a miríade de “apoios”, subsídios e liberalidades diversas distribuídas a criaturas, em idade activa, que não equacionam sequer a hipótese de trabalhar, não me parece que existam motivos para grandes preocupações acerca da saúde financeira da Segurança Social. Mas, se as profecias quanto à sua insolvência vierem no futuro a confirmar-se, então é porque estamos perante uma gestão criminosa no presente.

2 – Ouço, sem perceber as razões para o espanto com que a noticia é revelada, que uma senhora vogal de uma junta de freguesia se servirá da cantina escolar para refeiçoar. Ela e a família. Louvável esta forma de agir, a ser verdadeira. Graças a ela os pais, encarregados de educação e demais fregueses podem estar descansados quanto à qualidade da alimentação fornecida aos alunos.

3 – Também por cá o número de imigrantes não para de aumentar. Depois de ucranianos e brasileiros, agora são os asiáticos que chegam aos magotes. Dois deles interpelaram-me um dia destes no sentido de obter uma informação. O que se seguiu foi – dada a minha dificuldade com línguas estrangeiras - um dialogo para lá de surreal. Foi quase preciso fazerem um desenho para eu perceber que queriam saber onde podiam comprar uma ovelha. Nem me atrevi a perguntar para que queriam o bicho.

Tenham juizo, pá!

Kruzes Kanhoto, 26.02.23

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1 – É triste não ter recursos bastantes para as necessidades básicas do dia a dia. Nem há discussão possível acerca disso. Não menos triste é não ter juízo para administrar os parcos meios de que se dispõe. Pelo preço da refeição descrita na imagem acima por uma senhora muito comovida com a situação, compram-se no Continente duas embalagens de esparguete e um frango com mais de dois quilos. Deve chegar para os seis.

2 – Ainda esta coisa da alimentação. Está pela hora da morte, queixa-se o pagode. Com razão, diga-se, que a especulação neste sector não conhece limites e, sejam as grandes superfícies ou os pequenos vendedores, todos sabem a mesma música. Embora os consumidores tenham, igualmente, muita culpa. Os morangos são disso um bom exemplo. Reclamam do preço, mas c’um caraças, por que raio os compram? Aquilo tem mais químicos do que uma farmácia inteira e nem sequer é o tempo deles! Comam fruta da época, pá!

3 – Gosto de um país onde os cidadãos se podem manifestar, chamar nomes aos políticos e reivindicar coisas. Sejam elas quais forem. Mesmo que entre as reivindicações esteja a exigência que o governo congele os preços. O que me incomoda é que nos países onde os governos congelam preços, mais cedo ou mais tarde, os direitos acima enunciados costumam ser congelados.

Direitos?! A sério que querem mesmo falar disso?

Kruzes Kanhoto, 25.02.23

1 – Nunca, como agora, a Constituição foi tão citada. Nomeadamente aquela parte do “todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar”. Cambada de ignorantes, os portugueses. Se têm direito por que raio andam trinta ou quarenta anos a pagar uma casa? É o que dá não conhecer as leis, seus totós.

2 – Mas vamos por partes. O que é uma “habitação de dimensão adequada” para uma família comum? Daquelas com pai, mãe, filho, filha, cão e gato. Sem grande esforço parece-me licito concluir que terá de ser um alojamento com, pelo menos, três quartos e um pequeno logradouro para os patudinhos esticarem as suas patinhas peludas. Uma vivenda, portanto, pois também só assim se cumpriria aquela parte da privacidade e da intimidade. Sim, que não ouvir gaiatos aos berros, cães a ladrar e vizinhos a discutir afigura-se-me como um dos mais elementares direitos de qualquer um. No centro da cidade, que é isso que a malta reivindica, complementado por um serviço de limpeza prestado pelo Estado, de maneira a assegurar o direito às “condições de higiene”.

3 – Uma parte muito significativa dos proprietários de imóveis arrendados são reformados. Um número que, num futuro não muito distante, crescerá exponencialmente. Pessoas que fizeram sacrifícios para comprar as suas casas – ou as herdaram de quem também os fez – e que completam a pensão com o rendimento que obtém do arrendamento. Gente que não fez férias instagramáveis, que poucas sextas-feiras terá ido refeiçoar fora de casa e por quem os urbano-depressivos esquerdalhos, a quem a comunicação social dá voz, nutrem um profundo desprezo. Quase tão grande como aquele que o país real tem por eles.

Moluscos, burros e outros rafeiros

Kruzes Kanhoto, 24.02.23

1 – Leio que Lula da Silva irá discursar na Assembleia da República nas comemorações do 25 de Abril. Parece-me uma escolha adequada às circunstâncias. Não há, até ao momento, noticias que Pinto da Costa, Ricardo Salgado e José Sócrates tenham aceite o convite para, também eles, participarem na dita cerimónia.

2 – Um ano de guerra na Ucrânia. Este tempo todo depois e o PCP continua, coerentemente, a manter o seu discurso de “Miss Mundo” que mais não é do que um evidente apoio à Rússia. É bonito e fica-lhes bem. Citando Mário Soares – alguém que hoje quase não se pode citar sem correr o risco de ser associado à facharia – só os burros não mudam de ideias. Nem, pelos vistos, os comunistas. Passe o pleonasmo.

3 – “O Plano de Costa pode desencadear uma onda de ocupações” avisa-nos hoje a capa de um semanário. Não será tanto o plano do governo a ter a culpa, caso isso venha a suceder. Há é muita gente ligada a certos meios – urbanos, radicais, “artísticos” e “culturais” – mortinha para que isso aconteça. Pode ser que lhes façam a vontade. Especialmente nessa parte do “mortinha”.

Para sempre... se não for antes!

Kruzes Kanhoto, 23.02.23

1 – “Rendas antigas ficam congeladas para sempre e senhorios serão compensados”. Quem toma medidas destas está notoriamente descompensado. Só pode. Desde 1914 que toda a gente conhece as suas consequências. A novidade é o “para sempre”. E isso, para além de muito tempo, é muito caro.

2 – Depois do alojamento local, as auto caravanas. Diz que vão ter o imposto substancialmente agravado. Parece-me bem. O turismo está a dar muito dinheiro e a gerar emprego portanto há que colocar um travão nisso não vão as pessoas ficar menos dependentes do Estado. Ou do PS, não sei, que a diferença começa a ser pouca.

3 – Com a corrida aos certificados de aforro calculo que os cofres do Estado, desta vez, estejam mesmo cheios. Daí que se multipliquem as iniciativas do governo no sentido de os aliviar. Há, por enquanto, dinheiro para quase tudo e quase todos. Veremos é se chega para devolver todo o aforro, acrescido dos juros prometidos, investido nos tais certificados. Com a vontade de ir buscar dinheiro a quem o tem, já manifestada em tempos por uma mais que provável futura ministra, começo a desconfiar que, na altura da liquidação da coisa, o dinheiro tenha tido um destino mais solidário, chamemos-lhe assim. Leram primeiro aqui...

Papagaios

Kruzes Kanhoto, 22.02.23

1 – Desagradado com as criticas pouco abonatórias ao seu “trabalho”, um desses “artistas” das artes performativas – seja lá isso o que for – não esteve com mais aquelas e esfregou merda de cão na cara da especialista da especialidade que se atreveu a criticar o seu desempenho artístico. Um bom exemplo do que é a tolerância, o respeito pelo próximo e pela diversidade de opiniões que reina entre o pessoal das artes e que tanto gostam de papaguear.

2 – Uma casa vaga – expressão usada recorrentemente no discurso da rapariga - é uma casa potencialmente candidata a arrendamento coercivo, insiste a ministra Gonçalves. Inabitada, portanto. Ou seja, pode dar-se o caso de, mesmo não existindo contratos de água e luz, a casa ter ainda todo o recheio dos últimos habitantes. Estes podem ter falecido e os herdeiros, por qualquer razão e muito legitimamente, terem optado por manter os “tarecos” no prédio. Já estou a imaginar os argumentos fantásticos que justificarão a apropriação de um frigorífico sem uso.

3 – Com um toque de dramatismo e, até, um cheirinho a escândalo, foi um dia destes noticiado que o governo estará a injectar todos os anos não sei quantos milhões na Caixa Geral de Aposentações. Muitos, mais a cada ano que passa. Tratando de um sistema fechado, para onde não entram novos contribuintes desde dois mil e seis, não sei onde está a admiração. Longe não está o dia em que todos os beneficiários da CGA estarão reformados e, por consequência, nem um cêntimo de descontos lá vai entrar. Tudo, mas mesmo tudo, terá de ser pago pelo Orçamento do Estado. Habituem-se.

Burgueses execráveis e outros patifes

Kruzes Kanhoto, 20.02.23

1 - O cineasta Vasconcelos é dos principais activistas da causa que pretende manter a TAP como sorvedouro do dinheiro dos contribuintes. Não é o único, infelizmente. A ideia, aplicada á transportadora aérea e a inúmeras outras actividades, é apreciada por uma quantidade significativa de portugueses. Haverá alguma relação entre esse apreço e a elevada fuga ao fisco que existe em Portugal?

2 - A probabilidade da futura madre superiora do BE, Mariana Mortágua, vir a ocupar um lugar ministerial no governo que resultará das próximas legislativas, não parece constar das preocupações das generalidade dos portugueses. Cada um sabe de si e lá saberá as suas prioridades em matéria de inquietações. O que não deixa de ser estranho é que, em contrapartida,  afligem-se com o Ventura. Como se ambas as criaturas não fossem igualmente execráveis.  E nem vale a pena fazer comparações com a anterior geringonça. A próxima, liderada por Pedro Nuno Santos, vai ser pior. Muito pior. Os venezuelanos que o digam.

3 - Nos primeiros anos do "Poder local democrático" um presidente de uma câmara aqui da região - comunista como, então, eram quase todos -  terá declarado não estar interessado em que fábricas ou outras unidades fabris - o que hoje se chama investimento - se instalassem no seu concelho. O argumento era simples. Os municipes iriam ganhar melhor, aburguesavam-se e deixavam de votar no PCP. Um visionário, o homem. Como sempre digo, isto está tudo inventado. António Costa e o actual PS não inventaram nada, apenas seguem o mesmo principio. 

Uma tragédia nunca vem só...

Kruzes Kanhoto, 18.02.23

1 – Há histórias muito tristes. Daquelas que nos deixam comovidos e de lágrima no canto do olho. Muito piores do que a de qualquer idoso que deixou de comprar medicação para pagar a renda ou de um casal divorciado que é forçado a continuar a viver na mesma casa. Pior do que isso, muito pior, é a história daquele jovem professor de guitarra que não consegue arrendar uma casa no centro de Lisboa. Isso sim, é que é triste. Trágico, vá.

2 – Segundo a jovencita que nomearam ministra da habitação, qualquer “casa vazia em bom estado no Porto ou Lisboa pode ser arrendada coercivamente”. Num país em que setenta e cinco por cento da população é proprietária, não me parece que esta seja uma conversa particularmente inteligente para quem precisa do eleitorado para ter emprego. Mas, seja como for, sou gajo para apostar as minhas barbas em como a moçoila sai do governo antes que a primeira casa vazia seja coercivamente arrendada.

3 – A comunicação social está a fazer algum alarido por o Presidente da Republica ter condecorado um devedor de uma quantia avultada ao fisco. Não sei do que se admiram. Selfie’s à parte, a única coisa que me escandaliza é esta falta de respeito pela proteção de dados. Não tínhamos nada de saber que o senhor foi condecorado.

O Estado-Okupa

Kruzes Kanhoto, 17.02.23

Avenida1

Avenida2

 

1 – Nada do que vem do actual Partido Socialista constitui motivo para grandes surpresas. Daí que ouvir o primeiro-ministro colocar em causa o direito à propriedade privada não espante ninguém. Aquilo anda numa deriva revolucionária ao melhor estilo do PREC que, calculo, envergonha os milhares de socialistas que, no Verão quente de setenta e cinco, lutaram contra a implementação de uma ditadura comunista.

2 – Depreendo das palavras de António Costa, acerca do pacote da habitação, que o governo pretende, entre outras coisas, tornar-se num “okupa”. Dos bonzinhos, concedo. Toma posse de uma casa vazia, recupera-a se estiver em mau estado, coloca lá quem lhe apetecer e paga a renda ao legitimo proprietário. Não me parece mal de todo. Mas, para precaver inevitáveis desaguisados com os donos, pode começar por recuperar o património do Estado. Como, para não ir mais longe, estas casas que uma empresa cem por cento pública detém cá na terra.

3 – Aproveitar a hora de almoço para ir a qualquer um dos supermercados cá do burgo é uma experiência que não recomendo a ninguém. Estão, todos eles, cheios de reformados e de malta do rendimento mínimo a comprar cenas como se não houvesse inflação. Com toda a tranquilidade deste e do outro mundo. Não podem, obviamente, ir a outra hora. Antes ou depois aqueles espaços comerciais têm demasiada clientela. Nomeadamente reformados e malta do rendimento mínimo que não gostam de ir às compras à hora de almoço.

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