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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

"Viver a expensas da vida alheia"?! Trate-se, doutora, trate-se.

Kruzes Kanhoto, 09.12.22

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Todos temos direito a expressar a nossa opinião. Por mais parva que seja. Era o que mais faltava não o podermos fazer. Não podemos é exigir que os demais, perante a estupidez da ideia defendida, manifestem algum respeito por ela.

É o que me acontece quando leio ou ouço – coisas que, diga-se, tento evitar – as opiniões da senhora dona Varela. Não tento paciência, nem respeito, por tanta petulância, arrogância e ideias que me causam a maior repulsa. A mulher, para além de se achar dona da verdade, deve viver num mundo à parte. O que nem teria mal nenhum, caso se limitasse a viver de acordo com as suas teorias e a aplicá-las no seu quintal.

A posição da doutora Varela acerca do problema da habitação é, convenhamos, sui generis. Ser senhorio é, para ela, uma actividade quase criminosa. Aqueles que herdaram casas dos seus familiares e com o rendimento obtido arredondam as parcas reformas ou os magros ordenados, são uma espécie de patifes. Quem, em resultado das suas poupanças, comprou uma casa para colocar no mercado de arrendamento e com esse rendimento conseguir uma vida melhor é para aquela opinadeira gente do piorio.

Não são os muitos estudos nem os títulos académicos que fazem alguém melhor. Nem, sequer, mais esperto ou mais inteligente. Muito menos dono da razão. Já dizia o outro que o que não faltam por aí são burros doutores. Não sei se é ou não o caso da sra doutora Varela. Mas lá que parece, parece.

Há que redefinir o conceito de agiotagem...

Kruzes Kanhoto, 08.12.22

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Por razões ideológicas há quem defenda – no caso da banca, mas noutros também – que todo o sector devia pertencer ou, no mínimo, estar sob o controlo do Estado. Outros defendem exactamente o contrário. Por mim tanto se me dá. Interessa-me é que funcione de maneira séria. Coisa, como a história recente nos mostrou e a realidade actual continua a evidenciar, não acontece. Sejam os privados ou o governo a mandar nos bancos.

Veja-se o caso da Caixa Geral de Depósitos. Não terá sido privatizada para o Estado ficar com o poder de influenciar o mercado. É, pelo menos, a justificação oficial para a sua manutenção na esfera estatal. Embora toda a gente saiba que o verdadeiro motivo terá mais a ver com as incontáveis “colocações”, de políticos e afins, que permite realizar.

Se fosse mesmo para regular o mercado, nomeadamente no que se refere às taxas de juros praticadas nas remunerações aos depositantes, certamente os valores em causa seriam outros bem diferentes. Ter o descaramento de pagar estas taxas por um depósito a prazo, quando nos empréstimos os juros já estarão dez ou quinze vezes superiores, constitui uma afronta. Ou especulação, até. Se é para ser igual aos privados, então, fico esclarecido quanto à razoabilidade das convicções de uns e outros.

Manigâncias imaginárias

Kruzes Kanhoto, 07.12.22

O autarca de uma câmara lá para o norte – estas coisas têm uma inusitada tendência para acontecer no norte – está a ser acusado de ter feito um contrato para a realização de uma obra que nunca terá ocorrido. Cerca de cento e cinquenta mil euros, revela hoje a imprensa. A empresa a quem terá sido adjudicada a, alegadamente, empreitada imaginária era – surpresa – da familia do vice-presidente. Embora isso não tenha grande importância. Provavelmente terá sido a empresa considerada mais capacitada para realizar obras imaginárias. O que, convenhamos, é sempre um aspecto a ter conta. Uma pessoa, se quer fazer uma obra em condições, não pode estar apenas a olhar para o preço. Tem, também, de ter em conta a qualidade final do produto imaginado.

Já li, a propósito disto, umas quantas considerações pouco abonatórias relativamente ao imaginativo autarca. Gente sem visão estratégica absolutamente nenhuma, lamento ter de os chamar assim. A criatura, em lugar de estar a ser sujeita à perseguição da justiça, devia era estar a ser elogiada pela sua actuação visionária. Senão vejamos. O dinheiro terá circulado, melhorado a vida de uns quantos e a obra, por inexistente, não terá no futuro qualquer tipo de custos ou encargos para as gerações futuras, ao contrário de outros mamarrachos que se vão vendo um pouco por todo o lado. Sabe-se lá com que contrapartidas para quem os manda fazer. Embora às vezes se desconfie.

Percebo, contudo, a indignação que o caso suscita. O pagode gosta é dos que “roubam, mas fazem”. Independentemente do valor do roubo. E do rombo, que normalmente essas coisas provocam nas contas públicas.

Mais uma espécie de negacionistas...

Kruzes Kanhoto, 04.12.22

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Há piadas que se fazem sozinhas. Como esta. Nem vale a pena acrescentar seja o que for. Fazê-lo implicaria o risco de estragar a piadola.

A imagem consta de um folheto criado por uma universidade brasileira que tem como finalidade alertar para a prevenção do cancro da próstata. Logo o conteúdo é manifestamente desajustado, chamemos-lhe assim. É tramado, mas por mais voltas que queiram dar a natureza é o que é. Quem não percebe é burro. Ou burra.

Como sempre digo, tenho o maior respeito por uma pequena franja da população afligida por esta terrível doença do foro psiquiátrico. O que me irrita é a tentativa de controlo da linguagem com intenção de a impor à realidade. Coisa que – bem como aqueles que se dedicam a essa prática – me merece o maior desprezo.

Inquietações deveras inquietantes

Kruzes Kanhoto, 03.12.22

 

E pronto, é com isto que por cá nos preocupamos. Casas de banho e bichos. E bichas, que essa coisa da inclusão deve ser sempre incluída na conversa quando se abordam estes assuntos, não vão as cadelas sentirem-se discriminadas.

Não conheço ninguém que se queixe destes problemas. Nem, sequer, fora do espaço mediático ouvi quem quer que fosse lamentar-se relativamente as estes temas. Também, tanto quanto sei, ninguém até agora deixou de arrear o calhau por as casas de banho serem como sempre foram. Mas, se calhar, anda para aí gente a padecer de obstipação por não cagar no sitio certo.

Por mim podem fazer os cagadouros e mictórios que quiserem, destinados ao público que muito bem entenderem. Numa hora de aflição, garanto, entro no primeiro que encontrar. Até porque, se estas ideias parvas forem aplicadas, quando identificar o que se me adequa pode já ser tarde demais.

Quanto a isso dos animais na Constituição é só mais uma idiotice. Se puseram lá que o objectivo era o caminho para o socialismo também podem declarar que todos os animais são iguais. Se assim for, podemos celebrar o triunfo dos porcos.

É um gosto vê-los comer...benza-os Deus!

Kruzes Kanhoto, 01.12.22

Fico ainda mais rabugento do que o habitual quando não bebo o meu cafezinho a meio da manhã. E impaciente, também. Nomeadamente quando, como hoje, o atendimento no estabelecimento escolhido para o efeito demora mais do que o razoável. Um casal daqueles mais desfavorecidos, acompanhado dos seus dois pirralhos extremamente mal educados, estava à minha frente na fila e não havia maneira de se dar por satisfeito. Queriam tudo e mais alguma coisa. Para ambos, para os pirralhos com falta de educação e “para levar”. Não vi a conta – a bem dizer já nem via nada à frente – mas calculo que daria para o meu cafezinho durante um mês inteiro e ainda sobrava.

Não tenho, tirando a impaciência da espera, nada a ver com o que gastam nem com a maneira como gastam. Não é, sequer, esse o ponto. O que me aborrece é aquela malta que enche a boca de “social”. Aqueles que insistem em distribuir o dinheiro que não lhes pertence por pessoas que não o sabem gerir. No fundo são iguais. Quer os que “dão” quer os que recebem, ninguém faz grande parcimónia com o dinheiro que não lhes custa a ganhar. Depois queixem-se dos populistas e não sei mais o quê...

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