Compete à familia a educação dos seus...
Este vistoso e imponente cagalhão pode ser apreciado em todo o seu esplendor numa rua cá da cidade. A obra de arte terá sido produzida por um membro de uma família local - ou das que nos visitam, quem sabe - e está ali, à vista de todos e à mercê de um transeunte mais distraído.
Com elevada dose de probabilidade será um dos muitos animais de estimação que não estão registados e que não pagam a respetiva licença à junta da freguesia onde o seu agregado familiar tem residência. Os “pais”, provavelmente, serão daqueles que se lamentam da falta de limpeza das ruas, do pouco empenho dos funcionários que tratam de limpar o que os outros sujam e, quiçá, lamentarão igualmente que ande por aí malta - muitas vezes gente que apenas quer trabalhar e que o estado não se aproprie de parte significativa do resultado da sua labuta - a eximir-se ao pagamento de impostos.
Por mim - quem me segue sabe isso - sou contra a apropriação pelo Estado da riqueza produzida pelo esforço do trabalho. Em contrapartida, defendo uma mão fiscal pesada sobre o luxo, o supérfluo ou o fútil. Se, segundo alguns dados disponíveis, existem em Portugal seis milhões e setecentos mil animais de estimação, é só fazer a conta... mas claro que ninguém faz. O IRS sustenta tudo e quem diz o contrário é facho.