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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Valores europeus...tá bem, tá!

Kruzes Kanhoto, 27.06.21

Acho graça a essa histeria toda que por aí anda em relação à Hungria. Bom, por aí anda é como quem diz. O comum dos mortais está-se borrifando para futilidades dessas e, quando muito, terá ouvido falar da azia provocada a alguma malta da política, da comunicação social ou dos grupelhos minoritários que dominam a opinião publicada por o governo húngaro ter colocado algumas restrições à divulgação de cenas relacionadas com a homossexualidade. Os políticos é que resolveram fazer disso uma questão de Estado. O que não admira. Enquanto o barulho andar à volta de questiúnculas sem importância nenhuma, eles vão passando entre os pingos da chuva.

Por cá, o Costa primeiro-ministro ficou tão chateado que – provavelmente só para aborrecer, pois não consta que o gajo abafe a palhinha – até terá colocado o emblema daquela rapaziada na lapela. De caminho falou também de valores europeus, na necessidade de todos os respeitarem e, pasme-se, até sugeriu que quem não os respeite que saia da União Europeia. O homem tem razão. Embora não se me conste que levar no cú seja um valor europeu, parece-me que respeitar quem arrecada a costeleta já o será. Há, no entanto, duas coisinhas que me deixam desconfiado quanto à honestidade intelectual da criatura e com sérias reservas quanto a integridade das suas convicções relativamente a essa coisa dos valores europeus. O cada vez maior desrespeito dos valores judaico-cristãos da Europa parece nada o incomodar e nem a aversão de BE e PCP aos tais valores europeus o coibiu de com eles fazer um pacto de governo. Devemos levar a sério um figurão destes? A piada faz-se sozinha quando se fala deste gajo...

Ai o desrespeitador sou eu?!

Kruzes Kanhoto, 20.06.21

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Os censores sempre foram estúpidos. Eram-no no tempo do Estado novo e continuam a sê-lo agora. Se calhar sempre o serão. Seja o censura feita por um organismo público ou por uma entidade privada subserviente ao poder politico. Sim, que isso embora a ninguém incomode muito também foi objecto de privatização. As redes sociais, por exemplo, pagam a uns rapazolas para monitorizar o que por lá se publica. Estes pobres coitados, provavelmente a troco de um ordenado miserável e um empregozito precário, vão censurando o que lhes parece ou, tal como os de antigamente, o que não percebem. Pelo sim, pelo não.

Os utilizadores do Facebook sabem a que me refiro. Tudo o que não seja futilidade ou o elogio dos “valores” politicamente correctos viola os “padrões da comunidade”. Uns padrõezinhos muito elevados, pelos vistos. Tanto que nem os próprios censores os entendem. Ou, então, são ainda mais burros do que aquilo que já se adivinha num censor. Deu-lhes, imagine-se, para me mandarem uma advertência. Dizem, os alarves, que este meu “comentário” viola os tais padrões. Fica o link no final do texto para quem tiver paciência aferir da gravidade da violação e tirar as suas conclusões. Eu tirei as minhas. Houve quem se revisse na publicação e fez queixinha. Cada um sabe onde lhe dói…   

https://kruzeskanhoto.blogs.sapo.pt/chapeus-ha-muitos-1520428

Parvoíce profunda

Kruzes Kanhoto, 17.06.21

Pior do que um lisboeta armado ao pingarelho, a achar que Portugal é Lisboa e o resto é paisagem, só um alentejano armado em lisboeta armado ao pingarelho a comungar da opinião do citado alfacinha. O que não falta é gente dessa. Daquela a quem basta atravessar o Tejo para desatar a depreciar tudo o que deixou para trás. Enfurece-me, isso. Um dia destes, por um acaso daqueles que apenas o zapping proporciona, deparei-me com um apresentador de televisão alentejano  a situar a sua aldeia no Alentejo profundo. Outro conceito que, para além de não perceber, me deixa para lá de possesso. O homem, sem ofensa, é parvo. A localidade em causa, Vila Boim, fica colada à EN4, um dos principais acessos à fronteira, tem a A6 quase à porta, fica a uma dúzia de quilómetros de Elvas e a cerca de vinte de Badajoz. Uma cidade com mais de cento e cinquenta mil habitantes, o que a tornaria uma das principais cidades do país se ficasse deste lado da raia. Mas isso tudo saberá a criatura. Daí que chamar “Alentejo profundo” à região onde cresceu só pode ser parvoíce ou estupidez. Ou, o mais certo, ambas. E daquelas bem profundas.

Terá sido a curiosidade que matou o gato?

Kruzes Kanhoto, 16.06.21

 

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Desconheço as circunstâncias em que o infeliz bichano terá ido parar ao contentor do lixo. Por iniciativa própria não foi, certamente. Mas, seja lá o que for que tenha provocado o seu falecimento, o lugar do cadáver não é ali. Poderá argumentar-se que, por cá, ainda não existe uma funerária para animais e, por consequência, não é possível realizar as cerimónias fúnebres mais adequadas. Tão-pouco há um cemitério para animais de companhia, onde os seus restos mortais possam descansar em paz e possibilite aos donos prestar-lhes uma última homenagem. Uma lacuna imperdoável, como é óbvio. Mais uma, entre as muitas de que nos podemos queixar. É o que dá, por um lado, a falta de empreendedores dinâmicos que explorem um nicho de mercado cada vez mais rentável e, por outro, a ausência de representatividade autárquica do PAN ou de outros amiguinhos da bicharada. Há que captar investimentos também para isto, pá!

Gente a precisar de tutela

Kruzes Kanhoto, 15.06.21

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Aborrece-me, esta gente dos cães. Nem todos, convém ser justo, mas uma imensa maioria não tem respeito nenhum pelos demais e é estúpida na quinta casa. Como o dono do canito que largou esta monumental cagadela à minha porta. Que o bicho tenha de arrear o calhau onde lhe dê a real vontade, até percebo. Coitado, não há-de estar para ali a aguentar a torcida que isso ainda é coisa para lhe fazer mal. A besta do tutor – agora diz-se tutor, vejam bem a idiotice – é que o tutela muito mal. A bem dizer, ele é que precisa de ser tutelado. Com duas lamparinas pelas trombas, para começo de conversa. Umas taxinhas sobre a canzoada também era uma cena que, digo eu, era capaz de não ir nada mal...mas isso já é pedir demasiado. A malta que tutela os tutores só quer é que não os aborreçam. Afinal não são eleitos para ter chatices.

A bazuca, os estilhaços e os atiradores do costume...

Kruzes Kanhoto, 14.06.21

Diz que essa cena da bazuca, como o Costa insiste em chamar à ajuda europeia para amenizar os efeitos da crise provocada pela Covid, está mais ou menos orientada lá para Bruxelas. Serão, ao que parece, catorze mil milhões de euros. Gente a afiar o faqueiro, ou seja a colocar-se a jeito para pôr as mãos na massa, é coisa que não falta. Tanta que até já sentiram a necessidade de criar uma comissão de acompanhamento, ou lá o que é, para ver se aquilo, como habitualmente acontece nestas circunstâncias, não descamba. Mas não adianta. Quem já está habituado a afiambrar-se a estes dinheiros vai continuar a fazê-lo. Portanto, assim como assim, mais valia distribuir o guito pelos dez milhões de residentes no país. Dava mil e quatrocentos euros a cada um. Mais euro, menos euro. Desconheço em absoluto qual seria o impacto na economia desta distribuição de dinheiro. Mas, desconfio, pior não seria. Olhando para os antecedentes, não me parece que os sessenta por cento que cabem ao Estado ou os quarenta que vão para a iniciativa privada sejam melhor empregues. O único senão é que, como diria a minha avó, para ficarmos todos mal mais vale ficarem só uns bem. Os do costume, no caso.

Mentiras novas, precisam-se...

Kruzes Kanhoto, 12.06.21

Gosto de ler os programas eleitorais dos diversos partidos, movimentos e forças políticas diversas que se candidatam ao Município e Freguesia da minha residência. Não é que aquilo tenha grande piada. A imaginação não abunda e é, quase sempre, uma cópia manhosa de coisas que já se fazem noutras terras. O que até nem admira. Se olharmos para as propostas que os cidadãos deixam nas caixas de comentários das redes sociais onde estas cenas se discutem as ideias não são melhores e tresandam a déjà vu.  Mesmo as mais arrojadas, como aquela extravagância - chamemos-lhe assim - do investimento chinês, têm o fim que se conhece. Mas que, curiosamente, toda a gente já esqueceu.

Leio, também, com especial atenção as listas de candidatos aos diversos cargos autárquicos. Não que me importe muito com quem vai dirigir os destinos daquilo. Que isto sabem todos o mesmo. É mais para saber quem é que vão ser os novos funcionários.

Dados? Ou então não...

Kruzes Kanhoto, 10.06.21

A entrega dos dados pessoais dos manifestantes anti-Putin à Rússia não terá sido um lapso. Lapso teria sido enganarem-se no código postal, ou isso. Aquilo foi outra coisa. Inquietante, por sinal. Mas muito mais inquietante do que dar, à respectiva embaixada, o nome e a morada de uns fulanos que não nutrem grande apreço por um ditador que costuma mandar limpar o sebo aos opositores – até porque deve ser facílimo os serviços secretos obterem esses dados – é a tolerância evidenciada por muitíssima gente perante este acto delatório, alegadamente, dos comissários políticos do PS. Isto partindo do principio que um presidente de câmara escolhe os membros do seu gabinete de entre a vassalagem partidária.

É intrigante, pelo menos para mim que não percebo nada disto, que havendo tanta e tanta gente preocupada com o “avanço da extrema-direita” e com as ameaças à democracia daí decorrentes, manifeste uma estranha benevolência para com o ditador russo. Um gajo que estará ligado a diversos movimentos extremistas europeus, a ditadores e a gente muito pouco recomendável da ala mais à direita da política europeia. Por que raio essa malta, que se indigna tanto com o Ventura – um mero aprendiz de feiticeiro, afinal – tolera indivíduos como o Putin? Há aqui uma cena qualquer que me está a escapar...

São indignos, sim.

Kruzes Kanhoto, 06.06.21

Não sou grande admirador do actual sumo pontífice. Gosto, no entanto, da sua faceta de desbocado. Como agora que, sem grandes rodeios, não esteve com mais aquelas e disse o que qualquer pessoa normal pensa mas tem medo de o afirmar em voz alta não vá ser considerada racista ou lhe seja feita outra qualquer acusação da moda. De facto quem não trabalha não é digno. E não vale a pena, como já li nuns quantos comentários a estas declarações, vir falar de reformados, doentes e afins. O homem referiu-se aos que têm como projecto de vida viver sem trabalhar e, por consequência, subsistir à custa dos que trabalham. Que isto, como muito bem diz o Bloco de Esquerda num cartaz que por aí circula, o dinheiro não cai do céu.

Por cá há muito disso. Gente que não é digna. Ou, então, existem demasiados padeiros. Trabalham de noite e têm o dia todo para estar na esplanada, com o rego do cú à mostra, a evidenciar indignidade.

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