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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

É cultura, estúpidos!

Kruzes Kanhoto, 30.05.21

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A noticia, contrariamente ao que qualquer pessoa normal possa pensar, não foi publicada na página criminal de nenhum jornal. Nem, sequer, naquela outra que os periódicos reservam para as excentricidades e piadolas diversas. Consta, sim, do suplemento cultural de um diário alegadamente de referência. Má, na minha irrelevante opinião, mas nem por isso menos referência. Trata-se da venda em leilão de uma escultura imaterial. Ou seja, que não existe. Noutros tempos estaríamos perante uma burla. Agora é arte. E da boa, a julgar pelo preço.

Não sei por que raio anda a GNR a visitar os velhotes que vivem isolados e a alerta-los constantemente para os cuidados a ter com os burlões que se fazem passar por isto e por aquilo. Tempo perdido, está bem de ver. Um dia destes ainda depara com um velhinho que entregou as poupanças de toda a vida a um artista que lhe vendeu um quadro imaterial. Uma obra prima da pintura burlesca, quiçá. Depois sempre quero ver, com um argumento cultural desta índole, quem é o desprezível inculto que se atreve a condenar a actividade de burlar em geral.

Extermine-se a extrema-direita!

Kruzes Kanhoto, 28.05.21

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A esquerda é boa, a direita é má e a extrema-direita do piorio. É o que garantem as pessoas inteligentes e quem se posiciona mais à canhota do espectro politico. Passe o pleonasmo. Mas até eu, que não sou nem uma coisa nem outra, concordo com a ideia. Basta-me olhar o recibo do vencimento para perceber quanto o lado esquerdo é bonzinho e a parte direita má. Nomeadamente a situada mais à extrema, que é péssima. Por mim era de exterminar esse lado, o direito. Rouba-nos aquilo que a esquerda se esforça por dar. E, patifes, quanto mais a canhota dá, mais a extrema-direita saca.

Tudo isto para dizer que sim senhor. O problema do país é mesmo a extrema-direita, como apenas os tolinhos não percebem. Mirem os vossos recibos e rapidamente vão entender quanta patifaria vai por ali. Pela direita. Do recibo.

Bestas ao quadrado

Kruzes Kanhoto, 25.05.21

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Não sei qual é a raça do animal que fez esta dupla javardice. Algum que anda com o lombo demasiado folgado, certamente. Se tivesse que dar aos cascos para ganhar a ração não teria tempo nem vontade para escoicear ou arrear o calhau na via pública, sujando e destruindo o que é de todos. Amanhã alguém vai limpar a merda e consertar os estragos, que é para isso que lhes pagamos terão alguns a lata de dizer. Enquanto isso a alimária que partiu o banco e cagou no chão continuará espojada por aí.

Já marchava...

Kruzes Kanhoto, 24.05.21

Por mais estranho que possa parecer a qualquer pessoa decente, o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda foram, pela mão do actual Partido Socialista, transformados em partidos de governo. Ou, pelo menos, de poder. Não surpreende, por isso, que a “indigitação” de Mariana Mortágua como futura ministra das finanças não tenha suscitado uma espécie de risota geral. Pelo contrário. Afigura-se a quase todos como uma inevitabilidade. Ou uma fatalidade, do meu ponto de vista. Mas isso, Já garantia a minha avó, cada um faz a cama onde se deita e, acrescento eu, cada qual escolhe a maneira que quiser para se suicidar e se os portugueses acham que ter a esquerda no poder é a melhor forma de o fazerem, então força nisso.

Neste contexto estava à espera que, tratando-se de um partido com responsabilidade na governação, o congresso do BE debatesse os principais problemas que nos afectam. Assim tipo, sei lá, a fraca produtividade e os baixos salários, a dívida que não pára de subir, as pensões de reformas que são contínua e sistematicamente cortadas às novas gerações ou a elevadíssima carga fiscal. Mas não. O discurso de Catarina Martins resumiu-se a “direita…direita…extrema-direita…direita…esquerda…direita…extrema-direita…esquerda…”.E é nisto que um pequeno número, ainda assim significativo, de portugueses acredita! Por mim vai de carrinho. Ou, como diz o outro, já marchava.

O direito a discordar

Kruzes Kanhoto, 22.05.21

Parece-me absolutamente normal, diria até salutar, que acerca do mesmo assunto existam pontos de vista diferentes. Não temos todos de pensar da mesma maneira e, acho eu, ninguém têm o direito de estereotipar os outros apenas por discordarem da sua opinião. Mas, infelizmente, é o que mais se vê. Parece mesmo que é proibido pensar diferente daquilo que é o pensamento politicamente correcto ou que nos é impingido pelos média.

Isto a propósito, desta vez, pelo estranho unanimismo que por aí vai relativamente ao conflito israelo-palestiniano ou à chamada crise dos migrantes. Por mim, ao contrário de quase toda a gente, na briga entre judeus e mouros estou do lado dos primeiros. Por muitas razões. Uma delas é que nem mesmo os que apoiam os palestinianos apreciariam ser governados pelo Hamas ou por qualquer outro governo de "mofamas". Embora alguns, se calhar, até merecessem passar por essa experiência.

Também naquilo a que chamam crise dos migrantes não tenho nenhuma dúvida em escolher um lado. Por mais que lamente as provações que levam essa gente a arriscar a pele para chegar à Europa, preocupam-me muito mais os que ficam sem emprego, sem os negócios e com as vidas viradas do avesso nas terras que são invadidas por essas hordas de migrantes. Como, por exemplo, acontece na Turquia e nas zonas costeiras do sul da Grécia, Espanha, França e Itália. Mas desses ninguém fala nem manifesta qualquer sinal de preocupação. E isso sim, é que é preocupante. Já dizia a minha avó que quem não é para os seus...

Branquinho é...se trolha o diz!

Kruzes Kanhoto, 21.05.21

Tenho para mim que os jornalistas são os principais responsáveis por esta deriva linguística que nos coloca a todos a falar de maneira esquisita. Daí que não lamente quando um deles – embora o coitado até possa não ter culpa nenhuma – é vítima desta ditadura do politicamente correcto que a classe ajudou a implementar. Como, se calhar, é o caso do profissional da Lusa que se atreveu a mencionar, numa nota para uso próprio que por acaso vazou para o público, a cor da pele de uma deputada. Para a próxima ele que faça como os trolhas de uma obra aqui perto. Apenas um deles é negro. Mas ninguém lhe chama preto. Levam o dia a chamá-lo por branquinho. “Ó branquinho olha a massa”, “ó branquinho chega aí uns tijolos” ou “branquinho pá, deixa lá as miúdas”. Vá, chamem-lhes parvos. Ou racistas, se puderem.

A culpa é das abelhas...

Kruzes Kanhoto, 20.05.21

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Ah, pronto, então é isso. Fico mais descansado. Eu para aqui a pensar em inúmeros outros motivos e, afinal, é por uma boa causa. Tão boa que, desconfio, nem a maior parte dos gajos que decidem sobre estas coisas pensou nela como desculpa para não cortar as ervas que invadem os espaços públicos. Mas ainda bem que as preocupações ambientais chegaram a este ponto. Ou idiotice, se preferirem. Está encontrada uma boa razão para os proprietários de terrenos não gastarem uma pequena fortuna a limpá-los. Sim, que as abelhas podem ser espertas, mas tenho sérias dúvidas que consigam distinguir ervas públicas de ervas privadas. Isso, desconfio, só estará ao alcance de um génio como o ministro da administração interna. Ou não se chamasse ele Cabrita…

Lugares estranhos

Kruzes Kanhoto, 18.05.21

Andam a acontecer umas cenas estranhas. Por todo o lado. No mundo, no país e, até, na minha cidade. Lá para o médio oriente israelitas e palestinianos andam, como quase sempre, às turras. Uma escaramuça esquisita, aquela. Desta vez – a primeira desde que aquela malta guerreia – a culpa não é dos americanos. Mesmo os prédios que são mandados abaixo já não explodem. Agora caem que nem um baralho de cartas, numa espécie de implosão perfeita que quase dá gosto ver.

No país, para além do Sporting ser campeão – coisa que já seria suficientemente estranha – o PS tirou o socialismo da gaveta, foi aprovada a reintrodução da censura sem que ninguém se importasse com isso, os gaiatos das escolas secundárias vestem saia em nome da igualdade, da inclusão ou de outra idiotice qualquer e titulares de cargos políticos – que tínhamos como pessoas relativamente normais – hasteiam bandeiras associadas a organizações e tendências manhosas que deviam ser mantidas longe da organização politica e social do Estado.

Na minha cidade - terra onde nunca se passa nada - vão dar casinhas de borla. Uma coisa nunca vista ou, sequer, possível até há pouco tempo atrás. Espantosa é também a tolerância a esta afronta a quem paga a casa ao banco e/ou suporta essa aberração chamada IMI. Mas no âmbito das esquisitices não ficamos por aqui. Nas próximas eleições teremos candidatos até mais não e, ando cá desconfiado, quando formos votar estaremos a escolher entre ainda mais do que aqueles que aparecem no boletim de voto.

Perante tudo isto um casal de maltrapilhos estacionar um Audi - modelo recente e daqueles mesmo bons - junto a um contentor e desatar a remexer o lixo, transferindo uns quantos itens para a bagageira do dito bólide, até me parece uma coisa absolutamente normal. E, se calhar, é.

Será que guarda o graveto no cofre da mamã?

Kruzes Kanhoto, 15.05.21

De acordo com a primeira página de um jornal publicado hoje, o actual primeiro ministro não terá conta bancária. Ora aí está um cidadão precavido. Não quer nada com essa malta da banca que nos leva couro e cabelo – no meu caso será mais couro – só por nos guardar o dinheiro. Se for pouco, pois caso seja muito guardam-no de borla. O que, parece-me, entra em rota de colisão com aquilo que nos estão sempre a impingir. Aquela lenga-lenga de que nos estão a prestar um serviço. Então, se assim é, devem ser as únicas empresas em que o preço do serviço é tanto maior quanto menor for a quantidade do serviço prestado. Sim, porque a mim ninguém me convence que dá muito mais trabalho guardar mil euros do que um milhão.

Mas voltando ao presidente do conselho – não sei se é assim que se chama, mas isto está cada vez mais parecido com o tempo em que assim se chamava – o homem lá terá os seus motivos para não ter conta bancária. Sejam eles quais forem, não me interessam. Só gostava de saber como faz para receber o ordenado, usar a via verde e outras cenas que fazem parte do dia a dia. Estou interessado em adoptar esse modo de vida. É que estou farto de contribuir para a solidez do banco onde sou cliente.

Inimputabilidades

Kruzes Kanhoto, 13.05.21

Enquanto adepto de futebol e fervoroso benfiquista percebo perfeitamente todas as emoções daqueles que se acabaram de sagrar campeões após quase duas décadas de jejum. Muitos nunca antes tinham visto o seu clube ganhar o campeonato. Outros já nem se lembravam e a esmagadora maioria, mesmo entre os de idade mais avançada, apenas ocasionalmente teve oportunidade de celebrar uma conquista desta grandeza.

É por isso que não os culpo pelos ajuntamentos. Nem, se as houver, pelas consequências. Há, apenas, uma ou outra coisinha que me está cá a irritar. Ainda que apenas ligeiramente e nem todas, diga-se, ao mesmo nível. A primeira é aquela lengalenga do “se fosse com outros era a mesma coisa”. Nunca saberemos. Mas, o ano passado, também houve quem festejasse a vitória no campeonato e não se viu nada disto. É verdade que é malta habituada a ganhar, mas mesmo assim... Depois aquela história de, como sempre, o Cabrita nunca ter culpa de nada. É inimputável, o homem. Culpa-se a policia e fica o assunto arrumado. A ele é que ninguém o arruma.

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