O que eu me rio com as anedotas e piadas de alentejanos. É que isto é uma coisa que me cai mesmo no goto. Principalmente por, na sua imensa maioria, não serem nada estigmatizantes. Nem, muito menos, revelarem qualquer tipo de preconceito ou, sequer, pretenderem achincalhar os naturais desta região.
Quem também deve apreciar este género de humor são as diversas comissões, comités, observatórios, institutos, grupos de trabalho e afins que visam a promoção da igualdade, não discriminação e outras modernices de que ouvimos falar todos os dias. Tanto assim é que nunca os ouvi pronunciar acerca desta corrente do anedotário nacional.
Por achar de um humor de fino recorte – inteligente, até - decidi partilhar com os meus leitores a anedota que a seguir transcrevo e que vi hoje no "Trombasbook", aquela rede social sempre muito preocupada com aquilo da discriminação. Melhor do que isso, já que há quem insista que estas anedotas constituem uma espécie de elogio aos alentejanos e que apenas os parvos não gostam delas, resolvi adaptá-la a outros grupos de cidadãos. Assim, só para tornar a coisa mais inclusiva, aqui ficam três versões da mesma anedota.
“Um alentejano está estendido debaixo de uma figueira de barriga para o ar e de boca aberta. Cai-lhe um figo na boca e ele fica na mesma posição.
- Por que é que não comes o figo? Pergunta-lhe o companheiro.
- Estou à espera que caia outro para me empurrar este para baixo.”
“Um negro está estendido debaixo de uma bananeira de barriga para o ar e de boca aberta. Cai-lhe uma banana na boca e ele fica na mesma posição.
- Por que é que não comes a banana? Pergunta-lhe o companheiro.
- Estou à espera que caia outra para me empurrar esta para baixo.”
“Um cigano está na barraca estendido na sua cama. Chega o cheque do RSI e ele fica na mesma posição.
- Por que é que não vais levantar o cheque? Pergunta-lhe o companheiro.
- Estou à espera que chegue o próximo para levantar os dois.”
Tem piada não tem? Como diria a minha avô, tem tanta graça como um cão a cagar numa "alfaça"...