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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

A culpa é minha?!

Kruzes Kanhoto, 31.10.20

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Por volta dos sete anos de idade, acabadinho de entrar para a escola, a professora primária chegou-me a roupa ao pêlo por ter faltado a uma missa dominical para a qual a classe foi convocada. A ausência ao acto religioso não resultou, como então era óbvio, da minha vontade. Foram os meus pais, indignados com a mistura entre escola e religião, ainda para mais fora do tempo e do espaço escolar, que entenderam não me deixar ir. Coisa que, para a criatura, nada relevou. Cenas de outros tempos.

Desde então detesto tudo o que se relacione com religião. Todas. Daí que me causem uma especial repulsa os crimes cometidos em nome de um amigo imaginário. E ainda mais nojo me causam aqueles que defendem os criminosos ou procuram arranjar justificações para a sua prática criminosa. Para mim entre as organizações islamo-fascistas que nos querem impor o seu modo de vida, os gajos que os transportam dos seus países para a Europa, os que lhes abrem a porta e indivíduos como o papa ou o bispo do Porto as diferenças são poucas ou nenhumas. O sangue das vítimas salpica-os a todos.

O Alentejo e o Covid

Kruzes Kanhoto, 28.10.20

Sem Título.jpgDurante meses não tivémos por cá o vírus chinês. Agora anda por aí à solta e os casos da doença sucedem-se. Alguém trouxe para cá o bicho. Que ele, como muito acertadamente diz o Costa, não anda sozinho. Ninguém terá culpa de o transportar. Poucos, tirando um ou outro maluco, lhes dariam boleia.
Mas não surpreende. Resmas de gente a demandar a região, eventos despropositados e montes de criaturas em patéticas festarias para comemorar coisa nenhuma teriam inevitavelmente de dar nisto. A vida e o país não podem parar. Mas alguns podem. Pelo menos podem parar de ser parvos.

PS - A imagem, da capa do jornal i, assinala os concelhos onde o nivel de contágio é mais elevado. Estremoz. Redondo, Borba e Vila Viçosa fazem parte do grupo.

Deixem lá a malta (o)pinar, pá!

Kruzes Kanhoto, 25.10.20

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Quanto a esta medidinha da limitação de deslocações entre concelhos, para combater o vírus chinês, não tenho grande opinião. Nem pequena, a bem dizer. Até porque os portugueses quando querem – e querem muitas vezes – são exímios a contornar as leis. Mas há quem se sinta incomodado com esta decisão. Por muitas razões, que isto cada um sabe de si. A deste cavalheiro parece-me pertinente. E atendível, também. Devia, na minha modesta opinião de opinador que gosta de opinar, enquadrar-se nas excepções legalmente previstas. Só quem passou por estas coisas é que sabe dar-lhe o devido valor. Ainda bem que quando eu catrapiscava a minha Maria não havia Covid.

O melhor é contar outra vez...

Kruzes Kanhoto, 24.10.20

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Os portugueses não têm grande propensão para os números. Dos que vão para jornalismo, então, nem se fala. Deve ser por isso que onde uns contam mil manifestantes, outros apenas vislumbram umas dezenas. Já se fosse uma manifestação da CGTP ou dessas causas da moda, seriam aos milhões. Cenas do rigor informativo que por aí se vai vendo. Ou, como diria a minha avó, por estas tirem outras. 

Não sei se usar máscara ajuda, ou não, alguma coisa no combate ao vírus chinês. Hoje ainda não tive ocasião de ler a posição da DGS acerca do assunto. Só sei que o PSD fez mais um frete ao PS e ao governo. E prepara-se, ao que parece, para fazer outro. Com aquilo da aplicação para telemóvel, ou lá o que é. Querem outra. Por mim não tenciono usar nenhuma. E nem é por causa dessa treta da privacidade. É só mesmo pela discriminação, naquela parte da obrigatoriedade, entre portadores de telemóveis. Já quanto à máscara, não vejo mal nenhum. Pelo contrário. Reconheço-lhe até muitas outras vantagens para além daquelas que andam para aí a apregoar.

A solidariedade é uma coisa muito linda...

Kruzes Kanhoto, 23.10.20

O deputado e simultaneamente secretário-geral do partido comunista, Jerónimo de Sousa, desceu hoje as escadarias da Assembleia da República e juntou-se aos trabalhadores das autarquias que ali se manifestavam. Nada de mais. André Ventura fez mesmo com outros manifestantes. E, tenho até uma vaga ideia, foi muito criticado por isso.

Como era de esperar, o líder do pcp solidarizou-se com a luta daqueles trabalhadores pois, afirmou cheio de pena, têm vencimentos baixíssimos. A esmagadora maioria ganha apenas o salário mínimo, acrescentou. Considerações que revelam toda a enorme desfaçatez tão própria de todos os que apreciam a causa comunista. É que nenhum daqueles manifestantes ganha, actualmente, o SMN. Isso acontecerá em Janeiro quando, então sim, os vencimentos mais baixos da função pública forem, outra vez, engolidos pelo salário mínimo. Na sequência, aliás, daquilo que a esquerda tem andado a promover desde que chegou ao poder. Que é colocar toda a gente a ganhar o mesmo. A nivelar por baixo. Ou seja, a multiplicar os pobres.

Em cada português há um especialista em politica americana

Kruzes Kanhoto, 22.10.20

O tema “Trump” aborrece-me particularmente. Admito, no entanto, que os meus compatriotas – gente muito mais informada e entendida na política dos States do que eu – apreciem a bastante o diluvio de noticias que a comunicação social trás diariamente até nós. A mim não me interessam. Mudo sistematicamente de canal assim que ouço o nome ou vejo as trombas da criatura. Sou gajo que gosta de ouvir umas piadolas e o figurão presta-se a isso. Mas, não sei se é só a mim que acontece, uma piada pode ou não ter graça dependendo de quem a conta e eu não me consigo rir das anedotas que os órgãos de informação fazem acerca do fulano. Daí já nem ter paciência para as ouvir.

Há, depois, o factor desilusão. A presidência do cavalheiro é uma decepção absoluta. Ainda me lembro de garantirem, na anterior campanha eleitoral americana, que a eleição do Trump constituía uma ameaça à paz no mundo. Iam ser guerras até mais não, juravam os entendidos. Quase toda a gente, afinal. Vai-se a ver e nada. É que nem uma escaramuça. Desta vez já me passou por baixo dos olhos uma parangona qualquer a afiançar que vai ser a democracia. Diz que acaba, se o Trump for reeleito. Muitos, inclusivamente por cá, são capazes de acreditar. Se calhar os mesmo que preferem o Xi Jinping.

Deixem-se de fitas, pá!

Kruzes Kanhoto, 21.10.20

Mais uma taxinha. Agora é sobre as plataformas de streaming. Trata-se, ao que parece, de taxar filmes e séries que toda a gente quer ver, para arranjar dinheiro que permita subsidiar os que entretêm a fazer cenas que ninguém está interessado em ver.

Não é que tenha pena das empresas a quem vai ser aplicado essa taxa. Pelo contrário. Tenho é pena - e muita - daqueles palermas que acreditam que essas ditas empresas não vão repercutir esse custo na conta que apresentam aos consumidores dos seus serviços. Ou seja, de uma ou de outra maneira - que isto anda tudo ligado - todos pagaremos mais esta taxinha.

Esta maneira mesquinha de fazer política e sempre a fazer dos outros parvos causa-me elevadíssimos níveis de irritabilidade. Se querem aumentar impostos digam-no sem rodeios. Sigam o exemplo de Vitor Gaspar, olhem os portugueses nos olhos e digam-nos: “Vamos fazer um enorme aumento de impostos”. Não têm, obviamente, tomates para isso. Não é o género desta gentinha asquerosa.

O virus chinês

Kruzes Kanhoto, 20.10.20

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Há anos que uso sistemas operativos Linux, em vez do tradicional Windows, nos computadores cá da maison. Por várias razões. A segurança, o facto de todas as aplicações serem gratuitas e a opção por não usar pirataria são apenas algumas. Embora, reconheço, a principal seja apenas porque sim. Das vantagens já aqui escrevi em várias ocasiões e, apesar de algumas lacunas, continuo a considerar que a escolha vale a pena.

O Linux fica apenas a perder – dentro do software de que faço uso, obviamente – para o “Office”. Aí não há volta a dar. A alternativa ao pacote de escritório da Microsoft, que vem por defeito com o sistema, deixa bastante a desejar. Daí a tentativa de encontrar outros programas melhorzinhos. Ou simplesmente menos maus, vá. A busca levou-me ao WPS. Apesar de chinês resolvi testar. Em má hora o fiz. Deu nisto. Aquilo não presta e, pior, criou uma pasta que não mostra o conteúdo nem se deixa apagar. Mas este, ao contrário do outro vírus dos gajos, tem solução. E rápida. Graças ao fantástico Linux.

Agricultura da crise

Kruzes Kanhoto, 18.10.20

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Com a plantação dos primeiros bróculos e alfaces está oficialmente aberta a época agrícola 2020/2021. Meia-dúzia de cada, para começar, que o espaço é pouco e, descontando a passarada de diversas marcas, as bocas a alimentar também. Ao lado estão semeados coentros, espinafres e meia dúzia de grãos de sementes de uma espécie não identificada. Agora é esperar que chova e que os gatos das redondezas se entretenham pelos quintais dos respectivos donos e deixem o meu em paz.

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Entretanto o compostor cumpriu o seu papel. Finalmente, quase um ano após a “inauguração”, o produto acabado está praticamente em condições de ser aplicado. Mais uma ou duas semanas de secagem e estará apto. Engoliu muitos quilos de restos de vegetais e devolve agora este composto que, garantem os especialistas da especialidade, é do melhor que há para hortas e quintais. Merecia um desconto na factura da água – naquela parte em que pagamos uma barbaridade de TGR, não sei se topam – mas isso é esperar demais dos que mandam nestas cenas. Se eles, sem que ninguém se importasse, até aumentaram esta taxa em 100%...

Não se arranja um "teachers lives matter" ou isso?

Kruzes Kanhoto, 17.10.20

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Um professor foi assassinado em Paris. Na Europa. Da qual fazemos parte, recorde-se. O crime não ocorreu do outro lado do mar, nem se tratava de um criminoso a resistir à policia. Era apenas um professor que ensinava a tolerância aos seus alunos e que teria cometido a blasfémia de mostrar caricaturas nas suas aulas. Foi decapitado por isso. Por um daqueles cavalheiros com ideais que, ao que nos garantem as cabecinhas bem pensantes, devem merecer a nossa tolerância. As mesmas que, perante mais este crime de ódio, nem piam. O que só confirma a minha tese que todos os que se indignam quando os mortos têm a pele mais escura, que se manifestam berrando “black lives matter” e outras parvoíces do género se estão perfeitamente nas tintas para as vitimas. Eles apenas aproveitam a ocasião para expressar o seu ódio aos agressores. Excepto quando o assassino não é branco, pertence a uma minoria ou se trata de um islamita. Nestas circunstâncias, invariavelmente, calam-se que nem ratos. Das duas uma. Ou estão do lado dos criminosos ou têm medo. Não sei o que é pior.

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