Coisas da "covida"...
(Imagem escolhida aleatoriamente para ilustrar o texo e que nada tem a ver com o mesmo)
Com o confinamento o país descobriu o teledescanso. Nalguns sectores – públicos, está bem de ver – foi um fartote. Bom, fartote é uma maneira de dizer. Muitos daqueles – e daquelas que eu não sou de discriminações – que estiveram largas semanas de boa-vida não estarão especialmente fartos. Nem, se calhar, reconhecidos aos que tiverem de continuar a bulir para que, entre outras coisas, o vencimento lhes continuasse a cair na continha no final de cada mês.
O resultado da mandriice colectiva é o que hoje, numa passeata qualquer, podemos observar. Até os gajos que cortam ervas estiveram, alegadamente, a trabalhar à distancia. A partir de casa, provavelmente. Outros – há quem garanta, mas eu disso nada sei – terão estado a teledescansar “teletrabalhar” nas suas profissões, mas terão feito as “horinhas extra do costume”, num “trabalho” presencial fora da sua especialidade, para arredondar o ordenado. O mesmo ordenado que, apesar de não bulirem uma palha, nunca lhes foi cortado. Nem num cêntimo.