Há piratas mais fofinhos que outros...
Se há coisa que me irrita é a discriminação. Tenho um elevado grau de intolerância relativamente a comportamentos discriminatórios. Tudo o que envolva discriminar deixa-me com os cabelos em pé. Trata-se, no que concerne a esta última parte, de uma metáfora, obviamente.
Até mesmo aquele conceito, muito modernaço, de discriminação positiva relativamente a determinados grupos de pessoas, seja qual for a causa fofinha em questão, aborrece-me profundamente. Discriminar é feio, injusto e, também, discriminatório.
É por não apreciar o tratamento desigual perante situações idênticas, que estou para aqui estupefacto com a ausência de manifestações de solidariedade e com a falta de reacções de desagrado em relação à captura do mais recente pirata informático. Aquele jovem que andou a roubar dados a empresas e instituições e a quem a Judiciária deitou mão. Lamento que as Anas Gomes desta vida, os indignados do Facebook e todos os idiotas que andaram a exigir a libertação do pirata Pinto não estejam já a teclar furiosamente em sua defesa.
Mesmo no âmbito da ladroagem, a discriminação, reitero, é uma cena condenável. Quem a pratica não merece o mínimo de respeito e, há que escrevê-lo com toda a frontalidade, é uma realíssima besta.