Preciso, logo deve ser grátis
Tampões e pensos higiénicos grátis. Será esta temática – não me devo enganar muito – o novo tema fraturante que os grupelhos que ditam a agenda mediática tratarão de levar à cena mal acabe esta coisa do vírus chinês. Por mim não é que ache mal. Nem bem. Antes pelo contrário. Ou, como costumo dizer nestas circunstâncias, estou inteiramente de acordo e simultaneamente de opinião contrária. É que esse argumento do “ah e tal nasci mulher não tenho culpa de precisar destes artigos” tem muito que se lhe diga. Também, por exemplo, ninguém escolhe estar doente – embora, reconheça-se, alguns se esforcem muito pouco por o evitar – e o tratamento, seja de que maleita for, não é à borla para toda a gente.
Depois este conceito do “gratuito” - pago pelo Estado, entenda-se – é algo que me deixa cheio de urticária. Como é que esta gente não entende que nada é gratuito?! Alguém o produz, alguém o paga. Parece fácil de entender. E se distribuir pensos e tampões às mulheres que deles necessitem até pode constituir uma causa simpática, desconfio que a maioria delas era capaz de ficar mais contente se lhes baixassem o IRS.