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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Ralações

Kruzes Kanhoto, 29.11.19

Parece que os mais recentes números relativos à mortalidade em consequência da gravidez constituem um retrocesso para valores semelhantes aos dos anos oitenta do século passado. Culpa, de certeza, das políticas de direita praticadas por esse malvado do Passos. Ou do ministro da saúde daquele tempo. O Dr. Morte, ou lá o que era.

Por falar em mortandade. As facas, essas marotas, não param de atacar passeantes. Deviam ser proibidas. Passava-se a usar apenas as de plástico, que são muito mais pacificas. Ou então, não. As Gretas desta vida iam ficar aborrecidas e isso, como já foi sobejamente demonstrado, era capaz de ser uma cena demasiado perigosa. Um mustafá possuído por uma naifa talvez seja menos ameaçador.

Como se estas coisas não fossem já suficientemente raladoras, temos também essa coisa das alterações climáticas a moer-nos o juízo. Com meninos na rua a berrar contra o seu próprio modo de vida. Havia de ser bonito vê-los a viver de acordo com aquilo que reivindicam.

Um horror, essa coisa do capitalismo...

Kruzes Kanhoto, 26.11.19

O ministro do ambiente não gosta do black friday. Calhando nem gosta de descontos, de uma maneira geral. Também detesta o capitalismo, o gajo. Por acaso – não é que ele me tenha dito – mas já desconfiava relativamente á parte da aversão ao capitalismo. Não gosta ele nem gosta a restante trupe que tomou conta do actual PS. O Mário Soares é que deve estar às voltas na tumba. Andou o homem a dar o couro às balas para evitar que caíssemos numa ditadura comunista e agora estes badamecos fazem isto…

Até há pouco tempo era impensável ouvir uma bacorada destas a um ministro sem que daí resultassem consequências. Nomeadamente a demissão da criatura em causa. Agora não. É tudo normal. Até um membro de um governo supostamente democrático, de um país ocidental e onde existe liberdade económica manifestar publicamente o seu desagrado por o mercado funcionar. Faltará muito para vermos governantes, lacaios e toda a restante horda de lambe-cus vestidos de camisa vermelha?

 

Pobretanas (Pobres o tanas)

Kruzes Kanhoto, 25.11.19

Diz que ocorreu a um esperto qualquer elaborar um estudo onde relaciona o parque automóvel de cada um dos concelhos do país com o rendimento dos seus habitantes. Não estou, confesso a minha ignorância, a ver a relação. Nem, por consequência, justificação nenhuma para o espanto por o referido estudioso ter concluído – abismado com as suas próprias conclusões, ao que consta - que existe um inusitado número de automóveis de luxo em concelhos com rendimentos declarados ao fisco ao nível do miserável.

Não tardaram os maledicentes do costume a concluir que isto é coisa de quem foge aos impostos e, afinal, existirá por aí muita gente fiscalmente pobre mas, vai-se a ver, leva uma vida de luxo. Ainda bem que assim é. O dinheiro é de quem o ganha, não é do Estado. E se a todos compete contribuir para o bem comum na medida das suas possibilidades, já chegámos ao ponto em que essa medida foi em muito ultrapassada.

Mesmo não conhecendo os dados do tal estudo, acredito que cá pela terrinha não será muito diferente. Sei é que o número de automóveis está a aumentar quase ao mesmo ritmo que a população diminui. O que, desconfio, é capaz de ser um dado interessante para analisar. Haja quem o faça.

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IRS?! Ná...é melhor ficarmos pelas causas fracturantes!

Kruzes Kanhoto, 24.11.19

Deve estar alguma coisa a escapar-me nessa polémica entre esquerda e direita acerca o englobamento de rendimentos em sede de IRS. Nomeadamente as rendas. Assim de repente não estou a ver razão nenhuma para um contribuinte ver os seus rendimentos, tenham eles a proveniência que tiverem, taxados consoante as mais variadas tabelas. Estavam, a meu ver, certos nesta matéria os partidos de esquerda. Mas já não estão. Afinal parece que vão voltar atrás e deixar tudo na mesma. Às tantas descobriram que parte da sua clientela era capaz de não gostar. É que isto é muito mais fácil governar para as causas fracturantes...

Um cigano entra num bar...espera, é melhor não.

Kruzes Kanhoto, 19.11.19

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Na sequência de uma simples piadola que não ofendeu ninguém – nem sequer o visado – Bernardo Silva, aquele craque do “City” a quem um visionário do mundo da bola augurava uma promissora carreira de defesa-esquerdo, vai ter de frequentar umas sessões de educação. Onde, ficou desde logo avisado, terá de obter aproveitamento. Ou, como agora se diz, adquirir as necessárias competências.

Nada de novo debaixo do Sol. Ou das nuvens, no caso de hoje. É coisa própria de totalitarismos. Por cá tivemos muito disso. No Estado Novo e no Prec, há umas dezenas de anos. Depois pensou-se, durante algum tempo, que era um tipo de actuação que o passado tinha enterrado. Mas não. Estão aí e em força. Um dia destes, tal como o futebolista, teremos de nos sujeitar a ser educados por gente que nem os filhos sabe educar. Ou pior. Ter de recitar, de cor e salteado, livros deste género editados por um qualquer comité para a educação popular.

Em "portunhol" nos desentendemos...

Kruzes Kanhoto, 18.11.19

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O mercado semanal em Estremoz, aos sábados de manhã, constitui um ponto de visita para muitos espanhóis. Ou não estivéssemos nós a poucas dezenas de quilómetros da fronteira. Também, dada essa proximidade, é normal que não existam grandes dificuldades de entendimento a nível linguístico com os “nuestros hermanos”. Nem que para isso tenhamos de recorrer ao “portunhol”. Convém, digo eu, é não abusar. Não vão os visitantes pensar coisas menos sérias a nosso respeito.

Quem não percebeu do que estou a falar – escrever, vá – fique a saber que a palavra “follado” não existe em português. Trata-se de uma palavra espanhola. O significado? Pois...ide pesquisar num qualquer tradutor on-line, que eu não estou aqui para vos fazer a papinha toda!

Jerónimo e as offshores

Kruzes Kanhoto, 17.11.19

Jerónimo de Sousa, num inflamado discurso às massas que se reuniram para o ouvir, lamentou que não haja dinheiro para aumentar salários e pensões mas ao mesmo tempo milhões de euros são colocados em offshores. Tive de voltar atrás e ver a noticia de inicio para ter a certeza que tinha ouvido bem. E ouvi. O homem disse mesmo aquilo. A frase está igualmente transcrita, sem qualquer reparo ou desmentido, em diversos sites noticiosos.

Verdade que as massas que o ouvem são cada vez menos. Os votantes também. No entanto a mensagem chega a cada vez mais gente e, incrivelmente, é apreciada por uma multidão de idiotas. Que, provavelmente como o camarada Jerónimo, fazem uma estranha associação entre offshores e a falta de dinheiro do Estado. Ignorância que, convenhamos, é preocupante. Ou, então, das duas uma. Ou o homem está a denunciar a transferência de dinheiro público pelo Estado português para essas tais offshores ou, então, está a pensar propor o confisco do dinheiro privado que é utilizado da maneira que quem o tem muito bem entende. Que isto, qualquer um sabe, é o dinheiro do Estado que paga pensões. O dos portugueses, esteja no banco ou lá onde fôr, ainda é deles. Por enquanto.

Os politicos sofrem de hiperactividade casuística

Kruzes Kanhoto, 15.11.19

Apraz-me o empenho demonstrado por certos responsáveis, seja lá pelo que fôr, em resolver determinados assuntos. Fazem o que se revelar necessário. Ou mais, até. Incluindo o que não devem, não podem ou não é da sua conta. Noutros casos, mesmo da sua responsabilidade, não querem saber. Nem bolem uma palha. Depende se, do seu ponto de vista, a coisa dá votos, prestigio ou aquilo com que se compram os melões. Ou a azeitona, que é a fruta da época.

Ocorre-me, por exemplo, aquilo da gaiata muçulmana que foi impedida de participar num jogo de basquetebol por não ser portadora da indumentária adequada. Um assunto menor, parece-me. Coisa para ser resolvida entre o clube, a associação onde este está filiado e, eventualmente, os pais da miúda. Mas não. Já há deputados e vereadores metidos na questão. Das duas uma. Ou não têm nada de relevante com que se entreter ou só querem é aparecer. Ou ambas.

Agricultura da crise

Kruzes Kanhoto, 14.11.19

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A agricultura da crise recebeu um reforço de peso. Sim, que aquilo ainda pesa para aí uns dez quilos. Um belo de um compostor feito em material reciclado, como convém, fornecido pela Gesamb. A empresa que na região trata de recolher os resíduos recicláveis e de receber o restante lixo recolhido pelos municípios.

Um projecto interessante, este. Permite reduzir de forma significativa o volume de lixo orgânico e, com isso, todos ficamos a ganhar. A começar pelas respectivas autarquias que – desconfio que poucos saibam e os autarcas também não se dão ao trabalho de informar – pagam uma pipa de massa pela deposição do lixo indiferenciado. Embora isso, a julgar pelo ruido dos maluquinhos de serviço, não conste das preocupações dos defensores da causa ambiental. Mas isto sou eu que não alinho em histerismos ambientais e que relativamente a todas as Gretas desta vida tenho a mesma opinião que o treinador do Porto tem acerca dos gajos que o chateiam nas redes sociais.

Mas voltando ao compostor, a ideia é transformar os resíduos domésticos numa espécie de composto – um fertilizante, ou algo assim – para utilizar na produção agrícola, hortícola ou lá o que é, aqui do quintal. Se a coisa correr bem daqui por uns meses sairá dali uma cena qualquer. Depois mostro. Fica a ameaça.

O cão, o burro e o porco

Kruzes Kanhoto, 12.11.19

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Lamentavelmente o dom da oratória está ausente do rol de capacidades cognitivas dos canitos. A leitura, lamento ser eu a dar a noticia, também não constitui o ponto forte da canzoada.

O mesmo não se pode dizer dos burros. Esses falam. E muito. Estou farto de ouvir uns quantos garantir que o seu – deles – cão é tão, mas tão, inteligente que apenas lhe falta falar para poder evidenciar todo o intelecto de que é dotado.

Já o burro, ainda que saiba ler e falar, insiste em comportar-se como um porco.

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