À politica o que é da politica...e à gastronomia o que é da gastrononia!
“Comer é um acto político”, proclamou o líder do PAN. Nunca tinha, confesso a minha ignorância e lastimável falta de perspicácia, visto a coisa nessa perspectiva. Cuidava eu que era mais um acto de sobrevivência e, dependendo das circunstâncias, com uma vertente social.
Mas sim, vendo bem o gajo tem razão. Morfes e política são unha com carne. Ou são como o tacho e a panela. Embora, quanto a estes utensílios de cozinha, a apreciação do ponto de vista político possa ser ainda mais abrangente.
Mas, voltando à vaca fria, o acto de comer é do mais político que há. Se não veja-se, por exemplo, a campanha eleitoral. Sucedem-se os jantares comício. Ou, a pretexto de tudo e de nada, os almoços e jantares de homenagem a este e àquele, as comezainas para comemorar isto ou aquilo, os comes e bebes sempre que se inaugura seja o que for ou as refeições que desbragadamente, por esse país fora, os autarcas pagam aos eleitores mais idosos.
Cada um terá a política gastronómica que muito bem entender. Mas, como sempre dizia a minha avó, quem não é para comer não é para trabalhar. Ora que trabalho se pode esperar de um fulano que só come verduras e merdas esquisitas?