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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Camionistas e outros grevistas

Kruzes Kanhoto, 11.08.19

Acerca da greve dos camionistas penso o mesmo do que relativamente a todas as greves em que o alvo – ou a vitima, se quisermos – não seja única e exclusivamente a entidade patronal. Seja qual for o sector de actividade que resolva ficar inactivo. Não respeito os grevistas e penso deles o pior possível. Não aceito que numa greve – por exemplo dos transportes, na saúde ou na educação – sejam os utentes, os doentes ou os alunos a sofrerem as consequências. Sem, obviamente, terem patavina de culpa. Enquanto o patrão Estado fica apenas com o “encargo político”. Seja lá isso o que for e valha o que valer. E valerá muito pouco se, como actualmente, a máquina de propaganda souber tornear a coisa.

Nisto dos camiões tenho apenas, no plano teórico, uma inquietação que não pára de me moer. O que estaria a acontecer se o governo ainda fosse o do Passos Coelho? Nem consigo imaginar. Tão pouco quero. Devíamos estar à beira da guerra civil ou de algo ainda pior, na certa. Quanto ao resto estou-me nas tintas. Espanha é já ali.

Tá bonito...mas e a ecologia, camaradas vizinhos?

Kruzes Kanhoto, 09.08.19

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Pronto. Concedo. Está ali uma coisa catita. Jeitosa, até. Tipo é pá e tal, sim senhor. Mesmo que a tinta do tecto já esteja a cair. Mas, ainda assim, continuo na minha. Não deviam passar ali automóveis. Ou, quando muito, apenas a certas horas. Eu e o restante pagode que mora aqui para este lado da cidade, que tratássemos mas é de andar a pé. Alguns - e algumas, que eu não sou de discriminações - bem precisam, diga-se.

Se calhar foram os nazis que plantaram o cartaz...

Kruzes Kanhoto, 07.08.19

Celebrar a baixa natalidade”, como propõe um bando de javardos num cartaz qualquer, é coisa para me deixar com vontade de dar com um gato morto pelas trombas, até ele gritar viva o Benfica, aos mentores da ideia e a todos os que com ela simpatizam. Vão todos para a puta que vos pariu. Ou suicidem-se e aliviem o mundo do vosso peso. Isso sim, é que constituía motivo para celebrar à séria.

Desconheço quem é esta “gente”. Presumo que entre eles – ou entre os apoiantes da ideia, tanto faz – não falte quem defenda pensões de reforma mais elevadas, melhores apoios sociais e serviços públicos de qualidade. Convinha que nos dissessem, mais que não seja por uma questão de decência, como pensam eles conseguir tudo isso – ou mesmo apenas um bocadinho, vá – se, pelo contrário àquilo que se propõem celebrar, não se verificar uma muito maior natalidade e um acentuado rejuvenescimento da população.

Para mim, que moro numa região desertificada que nos últimos cinquenta anos perdeu metade da população e, a continuar assim, daqui a outros cinquenta estará totalmente desabitada, alguém ousar sequer pensar numa barbaridade dessas constitui uma ofensa. Mais. Expressar uma opinião dessas devia ser considerado crime contra a humanidade.

Numa altura em que anda para aí meio mundo preocupado com os nazis que vêm para aí passear, não percebo a falta de indignação perante cartazes desta natureza. No fundo parece-me que ambos celebram a mesma coisa...

O fim da picada...

Kruzes Kanhoto, 04.08.19

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Na opinião de um activista – que é como a gora se chamam os malucos – francês, daqueles amiguinhos dos animais, devemos encarar as picadas dos insectos como uma doação de sangue. Estamos, argumenta a criatura, a contribuir para uma mãe alimentar os seus filhos. Logo, continua, esborracha-los é coisa que jamais devemos fazer. A menos, conclui, que estejamos em África. Aí podemos matá-los. Já na Europa, reitera, é deixá-los picar à vontadinha.

Ora esta ideia, para além de manifestamente parva, enferma aqui de graves preconceitos. De carácter machista, racista e xenófobo, nomeadamente. Merecedora, até, da apresentação de várias queixas na parafernália de organizações, comités, institutos e outras cenas onde se empregam os boys que não têm ponta de habilidade para fazer algo de útil. Capaz, diria, de suscitar a ira de feministas e de levar activistas – lá está – contra a alegada desigualdade de que padecem os africanos, como o conhecido democrata português Mamadou Bosta, a apelar ao recurso ao tabefe.

Para o tal activista franciú alimentar os filhos continua a ser tarefa da mãe, matar africanos parece-lhe aceitável e apenas aceita ser picado por europeus. Ainda que no âmbito dos insectos é discriminação a mais. Há que fazer-lhe a folha.

E que tal os amigos dos animais organizarem-se para recolher estas cenas?

Kruzes Kanhoto, 02.08.19

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E é isto com que me deparo todos os dias. Coisa que apenas me aborrece a mim e a poucos mais, mas que em nada preocupa os amiguinhos dos animais, o IRA ou essa malta que, de repente, se começou a preocupar com o ambiente.

Será, obviamente, muito natural um cão cagar. Mal seria se não o fizesse, coitado. O desgraçado terá de arrear o calhau quando a natureza assim ditar. O que não é normal é a cidade – esta e as outras – estar cheia de cães. Nem, menos ainda, que não se faça  nada para limitar o seu número e, simultaneamente, punir os javardos dos donos. Se deitar uma beata para o chão não constitui um direito, levar o cão a cagar à rua e deixar lá o presente também não se inclui no rol dos direitos e liberdades de cada qual. Digo eu, embora, com a inversão de valores que por aí vai, já nem tenha certezas absolutas quanto a isso.

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