(Foto: Municipio de Estremoz - página oficial no Facebook)
Ainda não passou assim tanto tempo um grupo de pessoas, detentoras de múltiplas qualidades, manifestou a mais profunda inquietação por o executivo autárquico cá da terrinha ter resolvido vender a antiga casa do alcaide-mor. Um monte de ruínas, ao abandono há décadas, para sermos mais precisos. Que a venda era um crime contra o património, que o património histórico não tinha nada que ir parar à mão de privados, que aquilo devia era ser um espaço cultural e mais um infindável rol de patetices, quase todas envolvendo a palavra património, constituíram os argumentos que, então, se leram e ouviram.
Como sou gajo que gosto de mandar o meu bitaite sugeri, na altura, que das ruínas se erguesse um centro interpretativo. Que é um conceito muito modernaço e que, infelizmente, Estremoz ainda não possui. No caso um centro interpretativo da merda de cão. Vertente que, no âmbito dos centros interpretativos, por enquanto ainda não está devidamente explorada. E já devia, parece-me.
Como seria de esperar ninguém ligou à minha sugestão. E ainda bem. Diz que o comprador tem outras ideias para aquele espaço e, também, todo o quarteirão onde o imóvel está integrado. Um projecto turístico todo janota que dará finalmente um aspecto digno aquela zona. Para grande indignação, presumo, de alguns lunáticos.