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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Os outros que salvem o planeta...

Kruzes Kanhoto, 11.06.19

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Alguns meses e umas centenas de milhares de euros depois, a recuperação das “Portas dos Currais” está mais ou menos concluída. O monumento estava em avançado estado de degradação e, também por isso, cada cêntimo aplicado valeu a pena. De lamentar – eu, pelo menos, lamento – é que os carros continuem a passar por ali. Serei, se calhar, o único a achar que apenas peões e veículos sem motor o deviam fazer. Logo eu. Um gajo que não liga nada a essa cena do ambiente e nem aprecio aquele desporto tão popular que consiste em caminhar sem destino, que nem um tresloucado, só porque, dizem, faz bem à saúde e a mais não sei quantas coisas. Mas ainda bem que sou só eu a ter estas ideias. Felizmente os meus conterrâneos - e em particular os que moram deste lado da cidade – cá estão para lutar pelo planeta e, nomeadamente, por uma cidade sem poluição. De preferência ao volante dos seus popós.

Se isto não é populismo...

Kruzes Kanhoto, 10.06.19

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Oportunismo puro e duro, este do PSD quando propõe o agravamento das penas por matar um bicho. Vão bardamerda. Parece que estão num leilão. Cada um a pretender ser mais animalista que o outro, mais amiguinho dos animais que o adversário e a querer penalizar mais do que todos quem se atrever a dar um chuto num cão, gato ou ratazana. Devem pensar que dá votos.

Começo a acreditar que, afinal, os únicos com juízo ainda são os comunistas. Têm ideias detestáveis para a governação do país, mas não querem saber se eu como um bife ou uma alface nem mostram especial apetência por estes populismos relativamente à bicharada.

Não foi de propósito mas, enquanto escrevia o post, esta mosca – a Bernardina – que já andava cá por casa fazia tempo, logo doméstica e de estimação, não parou de me chatear. Tive de a liquidar. Queixem-se. Ela já não pode. Coitadinha.

Salteadores indignados

Kruzes Kanhoto, 09.06.19

Muita indignação têm suscitado as últimas movimentações do fisco. Operações stop, visitas a casamentos ou filmar contribuintes não parecem, assim à priori, maneiras muito adequadas da administração se relacionar com os cidadãos. O pior é que são legais. E, igualmente mau, as dividas existem. Mas há, também, um lado ridículo nesta coisa. A indignação. Uns porque fizeram a lei que permite todos esses desvarios e os outros porque - se estes poderes da máquina fiscal os incomodam assim tanto - já a podiam ter revogado. Mas não tiveram tempo, coitados. Tiveram de acudir a causas muito mais importantes. Animais, paneleiros, fufas, sindicatos e eleições são cenas muito mais importantes.

Alentejo? São só oito deputados...

Kruzes Kanhoto, 08.06.19

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Está em apreciação na Assembleia da República uma petição, apresentada pela “Plataforma Alentejo”, em que é apresentado um conjunto de prioridades para o desenvolvimento sustentável da região. Constitui um trabalho sério, com propostas razoáveis e que – não duvido – não fosse todo o imenso Alentejo contribuir apenas com oito deputados, reuniria o consenso de todos os partidos e mereceria a aprovação por unanimidade e aclamação.

Nisto da petição, subscrita por umas quantas dezenas de personalidades alentejanas, há dois aspectos que me surpreendem. Apesar de poucochinho, reconheço. Um deles é a proposta de ligação da A6, em Estremoz, à A23, no nó de Niza. Algo que face aos interesses instalados e ao desinteresse dos autarcas locais – a sugestão da variante a nascente da cidade é risível e para lá de parva – julgava esquecido. E o segundo é a ausência, entre os peticionários, de personalidades estremocenses. Das duas uma. Ou não li com suficiente atenção ou por cá não existem personalidades. Vou pela segunda.

Serve para tudo, a Constituição

Kruzes Kanhoto, 07.06.19

Um pacato cidadão foi condenado em tribunal por ter cometido o crime hediondo de pontapear um cão que o estaria a incomodar. Diz que isso agora constitui, aos olhos da lei, uma atitude suscetível de ser considerada como criminosa e, vai daí, o meritíssimo encarregue do caso tratou de condenar a criatura. Bem feita. Ele que, para a próxima, deixe o cachorro morder à vontade ou fazer o que for que lhe dê na realíssima gana. Pois. Que esta coisa de arrefinfar pontapés só é permitida em bófias, funcionários públicos e assim.

Na mesma sentença, que mereceu a concordância da Relação, parece que a páginas tantas o douto tribunal considera a dignidade da pessoa humana, prevista na Constituição, extensível aos animais. Se são os gajos que estudaram não sei quantos anos que o dizem não serei eu, um pobre diabo quase iletrado, que os vou contrariar. Até porque, como garantia a minha sábia avó, há certas pessoas que, em caso algum, devem ser contrariadas. Limito-me, apenas, a lamentar o dinheiro e o sacrifício que certos pais fazem para dar um curso aos filhos.

Vão "mazé" a pé!

Kruzes Kanhoto, 05.06.19

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Há quem se preocupe com as alimárias que puxam carroças – charretes, que é mais fino – repletas de turistas. Gordos, como alguns de forma pejorativa e visando reforçar o sofrimento dos quadrúpedes, gostam de salientar. Já houve, até, diversas tentativas para acabar com esse negócio. Sem sucesso. Pelo menos por enquanto que, com o jeito que isto leva, mais dia menos dia acabarão por conseguir.

O que ainda não dei conta foi da existência de gente empenhada em acabar com os riquexós. Nem, que tenha dado por isso, ninguém se preocupe com o padecimento a que estão sujeitas as criaturas que os conduzem. Mesmo que, coitados, transportem turistas igualmente gordos. A esses não há PAN nem PANeleiros que lhes valham. Pelo contrário, toda a gente acha muita piada. Um destes dias alguém se vai lembrar de transportar turistas – daqueles gordos, inclusivamente - em liteiras e poucos irão achar isso uma coisa esquisita, degradante e reprovável. A menos que seja transportada por animais, claro.

Beatas

Kruzes Kanhoto, 03.06.19

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Diz que estará em preparação uma lei qualquer que visa proibir aquele desporto tão popular que consiste em atirar beatas ao chão. Uma porcaria, de facto, isso de atirar as pontas de cigarro para o passeio. Onde passam pessoas e coiso. Capaz, até, de alguém tropeçar e partir uma perna. Ou, sabe-se lá, causar estragos de maior monta.

Se há coisa que me horroriza são as beatas. Atente-se nesta fotografia. Provoca repulsa. Nojo, mesmo. Entre erva que brota fresca e viçosa das pedras da calçada, um vistoso cagalhão expelido por anjinho de quatro patas e várias mijadelas de outros tantos patudinhos lindos - de onde graciosamente saltarão pulgas muito fofinhas – jaz aquele resíduo asqueroso deixado ali por um energúmeno qualquer. Uma beata. Há gente mesmo porca, pá!

Que se f*** o PAN e quem o apoiar!

Kruzes Kanhoto, 02.06.19

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Por mais respeito que tenha – e tenho muito – pela vontade expressa nas urnas de voto, não consigo ter apreço absolutamente nenhum por quem votou no PAN. São, não lamento nada dizê-lo, uns tontos. Aquilo não é uma ideologia, não constitui uma opção política válida para gerir um país e, pior do que tudo isso, trata-se de uma organização extremista, populista e de cariz totalitário.

Atente-se nalgumas propostas que representantes da agremiação apresentaram, seja no parlamento ou nas assembleias municipais onde lamentavelmente tem assento, e rapidamente se perceberá o que pretende aquela gente. Já nem falo da águia “Vitória”, que pretendiam não voltasse a voar gloriosamente na catedral. Nem da inqualificável ideia de proibir o uso de aves de rapina para fins de controlo de segurança no aeroporto. Fico-me, por hoje, na intenção de impedir os sem abrigo de ter um cão. Deve ser suficiente para que se perceba o que nos espera se um conjunto alargado de idiotas conseguir dar representatividade bastante aquela coisa a que chamam partido e, com esse acto tresloucado, colocá-los na orbita do poder.

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