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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Vão "mazé" a pé! (2)

Kruzes Kanhoto, 29.06.19

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O anúncio de novo encerramento ao trânsito das “portas dos currais” – apesar de apenas por dois dias e, mesmo assim, só durante meia dúzia de horas em cada dia – já provocou, mais uma vez, umas quantas reações de desagrado a algumas criaturas que têm as cruzar diariamente. Embora, como é óbvio, o possam continuar a fazer usando outros meios. A pé, nomeadamente. Uns chatos, estes gajos. E gajas, também. Que isto no âmbito do aborrecimento não quero cá discriminações.

Reitero o que escrevi noutras ocasiões e manifestei noutros areópagos. Não estou a ver qual é o drama. Muito menos a tragédia. Vão a pé. Por mim aquilo estava sempre encerrado a automóveis e apenas transitavam peões, ciclistas e, vá, gente a cavalo ou de burro. As centenas de milhares de euros que ali se gastaram, para além da conservação, também deviam servir para dar outra dignidade à edificação. Mas isso, se calhar, era pedir demais. Afinal estamos em Estremoz...

Já proibiam era as bichas...

Kruzes Kanhoto, 28.06.19

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Que vivemos numa ditadura tutelada por uma espécie de PIDE dos costumes e da linguagem, não será coisa para suscitar grandes dúvidas a ninguém. São proibições umas a seguir às outras, imposição de regras que apenas servem a meia-dúzia de criaturas que se arrogam no direito de impor a sua vontade aos demais e para quem todos os que ousam pensar de maneira diferente não passam de mentecaptos que urge abater.

Para esta gentinha colocar um sapo em local visível, de cerâmica ou seja qual for o material de que é feito, constitui um crime. Diz que a intenção é discriminar um determinado grupo de cidadãos que, alegadamente, terão um problema qualquer com os batráquios. Uma estupidez, obviamente. O objecto, coitado, inanimado como é, não faz mal a ninguém. Apenas alguém que “não junta o gado todo” pode ver ali uma ameaça. E, por outro lado, só um fascista imbecil da pior espécie – ou um queixinhas amaricado, vá – é que se queixa do bicharoco.

Se é para proibir, então que proíbam cobras, aranhas e outros animais em borracha daqueles que se podem adquirir em qualquer loja dos chineses. São muito mais assustadores. Ou, melhor ainda, proíbam as bichas de sair à rua. Há por aí cada uma tão repugnante que até mete medo ao susto.

Caça à multa

Kruzes Kanhoto, 26.06.19

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Por motivos que não vêm ao caso converti-me num condutor que cumpre escrupulosamente os limites de velocidade. Não estou para ser vitima de salteadores. Gente fardada – estarão apenas a cumprir ordens, admito – que se esconde atrás de arbustos e outros sítios manhosos para caçar incautos automobilistas. Mesmo que o local se situe no meio do Alentejo, o troço de estrada seja uma recta em bom piso, passe um carro a cada dois minutos, se trate de um domingo de manhã e onde não existe histórico de acidentes. Condimentos, convenhamos, capazes de originar dramas, tragédias e situações aflitivas de diversa índole que a GNR, com a sua dissimulada presença, se poderá gabar de ter evitado.

Mas esta minha opção tem-se revelado extremamente perigosa. Não tanto para mim mas, essencialmente, para os demais utilizadores da via. Nomeadamente por provocar elevados níveis de irritabilidade nos condutores que não estão imbuídos do mesmo espírito e desesperam com o meu zeloso comportamento. O que, amiúde, tem levado a ultrapassagens verdadeiramente alucinantes e, se correrem mal, capazes de arruinar as estatísticas da segurança rodoviária.

A circulação a velocidades ridiculamente baixas, como são as impostas pelo código da estrada, tem, ainda assim, uma enorme vantagem. Os noventa cavalos estão agora muito menos sequiosos. Andam mais devagar, logo bebem menos. O que faz com que a poupança em imposto, que é aquilo que maioritariamente se mete no depósito, apresente valores bastante significativos. Estimo que rondará os trinta por cento. Pelas partes baixas.

Politica de esquerda. Da refrescante, portanto.

Kruzes Kanhoto, 25.06.19

A culpa das bichas a perder de vista para tratar do cartão do cidadão é, como garante a secretária de Estado que supervisiona a coisa, das pessoas que vão para a porta dos locais onde se trata do dito documento antes da abertura da mesma. Tem toda a razão a senhora. Se a imensidão de gente apenas acorresse às lojas do cidadão e outras repartições quase à hora do fecho, nada disso acontecia. São uns chatos, estes tugas. Pontualidade britânica é para meninos. Tuga que é tuga chega duas horas antes.

Nem quero imaginar se esta confusão ocorresse no tempo do Passos. Ou, pior ainda, se algum governante dessa altura tivesse a distinta lata de proferir uma bacorada destas. As esganiçadas, o Jerónimo e outros idiotas de serviço teriam assunto para indignação durante meses. Assim, para essa gentinha, não passa nada. Nem uma grandolada se ouve.

Patriotismo lixado

Kruzes Kanhoto, 24.06.19

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Nunca fui muito dado a exaltações. Nomeadamente patrióticas. Ou patrioteiras, vá. Sempre achei aquela mania das bandeiras penduradas à janela - e noutros locais mais ou menos improváveis – quando a seleção do pontapé na bola participa numa competição, uma enorme estupidez. Tão grande como atirar o símbolo nacional para o lixo quando o espírito patriótico esmorece. Ou, quiçá, a necessidade de dar nas vistas acaba.

E ver se a galinha tem ovo, pode-se?

Kruzes Kanhoto, 23.06.19

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Agora são as corridas de cães. O PAN e o BE querem acabar com as ditas. Proibi-las, que é o que estas duas agremiações de malucos melhor sabem fazer. Presumo que a seguir proíbam as soltas de pombos, as corridas de cavalos ou os pássaros engaiolados. Isso e outras cenas de que aqueles imbecis se hão-de lembrar e que, obviamente, colherão a simpatia de uma horda de parvos em que gente aparentemente com juízo se transformou.

Sorte teve a minha avó, por não ter vivido num tempo em que a anormalidade se tornou norma. Na sua época enfiava o dedo no cu das galinhas para saber se tinham ou não ovo. Isso hoje, provavelmente, seria considerado crime de maus tratos a animais e coisa capaz de a fazer malhar com o coiro na choça. Ou então não. Se calhar ainda seria visto como uma orientação sexual muito respeitável. Dependeria do maluco de serviço na policia do politicamente correcto.

Os morangos da crise

Kruzes Kanhoto, 22.06.19

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Um gajo chega a casa depois de uns dias fora e é isto. Mas eu já andava desconfiado que eles não gostam de companhia. De ter alguém por perto, por assim dizer. Pelos vistos medram muito melhor se ficarem sozinhos. E ainda há por aí uns paspalhos a divagar acerca de quanto as plantas apreciam que falem com elas...Pois, pois. Deve ser, deve. Ainda bem que os meus morangueiros não são desses. Também onde é que já se viu falar com plantas?! Tss, Tss...

Deve ser obra do rácio, ou isso...

Kruzes Kanhoto, 14.06.19

Apesar das incontáveis referências que neste espaço já foram feitas às câmaras do norte, não tenho, confesso, nenhum tipo de informação privilegiada acerca de eventuais manigâncias que por lá possam ser praticadas. Embora, a julgar pela intensa actividade policial junto de vários municípios daquela região, as manigâncias talvez não se fiquem apenas pela eventualidade.

Mas, embora os exemplos por vezes possam ser associados a aspectos negativos da governação que se pratica a norte, nem tudo é mau. Há coisas positivas a salientar e que devem ser mencionadas. Hoje, por exemplo. Numa breve incursão a norte deparei-me com vários grupos de petizes, alunos dos jardins de infância públicos lá do sitio, em alegre passeata. Cada grupo, composto por vinte ou trinta pirralhos, devidamente acompanhado por sete ou oito pessoas adultas. Professoras e auxiliares, presumo. Ora isto é extremamente valorizável. Acautela-se a segurança dos putos, promove-se o emprego, satisfazem-se as clientelas e garantem-se mais uns votos. Tudo enquanto se faz caridade com o dinheiro do contribuintes. Pormenores que, lá para o norte, nunca são deixados ao acaso.

"Deslarguem" o meu bife!

Kruzes Kanhoto, 13.06.19

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Uns quantos jovencitos, convencidos da sua sapiência, garantem que temos de mudar de hábitos por causa do clima, do planeta e, até, da nossa sobrevivência enquanto espécie. Nomeadamente alterar os hábitos alimentares, alegam. Isto porque, dizem, a criação de gado constitui uma enorme fonte de poluição, ou lá o que é, pelo que, sugerem uns iluminados, o melhor é reduzir a coisa ao mínimo ou, assim que possível, extinguir a actividade. Embora, para já, a sugestão fique pelo aumento do preço. Que assim só os ricos é que a comem e os pobres vão-se desabituando.

O que também contribui – e muito – para o drama ambiental que alegadamente vivemos é o turismo. As viagens de avião baratas fazem com que mais gente viaje por esse mundo fora e isso está a causar um efeito devastador em inúmeros locais. Não falta quem, farto de tantos turistas, equacione impor restrições no acesso a monumentos e, até mesmo, a cidades ou regiões. Mas, assim que me lembre, não dei por a gaiatagem ter incluído nas suas reivindicações uma medida qualquer que limite estas passeatas.

É por estas e por outras que não consigo levar esta gente a sério. Acho-os desprezíveis, mesmo. Se a alimentação humana consome uma quantidade assinalável de recursos, a deslocação de pessoas – seja qual for o meio de transporte – não consome menos. Não podemos é exigir que se limite ou proíba apenas aquilo de que não gostamos, como fazem os alegados “activistas” do clima. Poder, podemos. Mas é parvoíce e não merece credibilidade.

Uma espécie de conto do vigário...

Kruzes Kanhoto, 12.06.19

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Não costumo dar para peditórios. O que pago em impostos já deve chegar para ser considerado um benfazejo. Mas aqui, por maioria de razão, é que não meto moeda. Desconfio que ia servir de pouco. Afinal uma alma, esteja ela no purgatório ou noutro sitio qualquer, precisa de bens materiais?!

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