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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Isto só com um gato morto pelas trombas...e até ele miar!

Kruzes Kanhoto, 28.02.19

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Para alguns esta será uma imagem reveladora do incondicional amor pelos animais – gatos, no caso – que sentirá a criatura que providencia alimento para os bichanos. Mas não. É, tão só, elucidativa da falta de respeito pelas leis que nos regem e pela saúde de todos. Não fora o sapatinho novo, acabado de estrear, e este material teria levado um belo pontapé. Como faço sempre que a coisa se proporciona.

Deve ser graças a comportamentos destes que, por aqui, a população de gatos vadios aumentou exponencialmente nos últimos tempos. São mais que muitos. Nomeadamente junto aos contentores do lixo, onde uma – ou mais, sei lá – alma caridosa se encarrega de deixar comida no chão. Um lindo serviço, diga-se. Até por, ao fazer isto, obstar a que a natureza siga o seu curso. Ou seja, que os gatos procurem sustento. Nomeadamente caçando ratos, pássaros ou outra bicharada, contribuindo assim para controlar essas pragas. 

Cabras

Kruzes Kanhoto, 26.02.19

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Aquilo das cabras sapadoras é que foi uma grande ideia. Nem sei como ninguém se lembrou antes. Agora é vê-las por todo o lado. A sapar. E a fazer outras cenas, também. Mas isso – as cenas e as cabras que não sapam – não são, por enquanto, para aqui chamadas. Ficam para outro dia. Hoje o destaque é mesmo para estas sapadoras. Pena não terem uma escada. Se tivessem até a muralha ficava limpa.

Pinturas rupestres. Ou quase.

Kruzes Kanhoto, 25.02.19

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Nas obras públicas surgem sempre vestígios arqueológicos, pinturas ancestrais ou outro sinal qualquer de uma cultura passada que importa estudar. É inevitável. Se assim não fosse gente que tirou – ou a quem foi dado, sei lá – cursos inúteis, na maioria dos casos por ter um intelecto inversamente proporcional ao recheio da carteira dos pais, não teriam como angariar o seu sustento.

A obra de recuperação de uma das “portas” da cidade não podia fugir a este estigma. Também ali, durante os trabalhos, foram postos a descoberto vestígios de pinturas antigas. Embora, assim a olho nu, não se perceba qual o partido que fez a barrascada é, contudo, possível perceber que foi um daqueles que ostentam um símbolo debaixo do qual se abrigaram os maiores assassinos e criminosos diversos que a humanidade conheceu. Com sorte ninguém, nomeadamente os muitos saudosistas do PREC dados à cultura, dará por aquilo. Senão lá terá de ser preservada.

Não tenho memória daquela borrada. Mas devia ser uma coisa linda. Quase me apetece parabenizar os autores. Alguns, muito provavelmente, ainda andarão por aí...

Alfaces da crise

Kruzes Kanhoto, 24.02.19

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Ao que leio, parece que ainda há gente preocupada – este pagode preocupa-se com cada coisa - por causa daquelas avezinhas, coitadinhas, que sucumbiram em consequência da apanha mecânica da azeitona, pela calada da noite, nos olivais do Alentejo. Não vale a pena – isto anda tudo ligado - a preocupação. Ou as fezes, como diria a minha avó. Pássaros há muitos. Demasiados, até. As alfaces do meu quintal que o digam. E só não dizem porque não falam. Se falassem teriam muito para dizer sobre o sofrimento que os malvados dos passarões lhes provocam. Os patifes. Daí o recurso aos garrafões. Servem de estufa e de protecção contra ataques aéreos. Uma espécie de bunker de plástico. Não fosse isso e já cá não estavam.

Não são eles. Somos nós.

Kruzes Kanhoto, 23.02.19

Cada um tem o que merece. E se nós temos um presidente da república que considera Arnaldo Matos um “defensor ardente da liberdade” é porque o merecemos. Nada de mais. Se o homem dá entrevistas em cuecas, aparece nos sítios mais inusitados e tem absoluta necessidade de opinar acerca de tudo e mais um par de botas, não será de espantar que tenha aquela opinião sobre a criatura agora extinta.

Mas eleger pessoas exóticas, chamemos-lhes assim, para presidentes seja do que for, parece ser a nossa sina. Olhamos à volta e, sem grande esforço, constatamos que câmaras, clubes de futebol e associações de todo o tipo são dirigidas por gente pouco recomendável. Todos os dias temos exemplos disso. Daí que, como não me canso de escrever, o mal não está neles. Nós é que os elegemos. E, pior, não raras vezes até reelegemos.

Politicamente correcto - a nova mordaça

Kruzes Kanhoto, 22.02.19

Detesto a carneirada do politicamente correcto. São impossíveis de aturar. É por isso que não sou seguidor de muitos blogs e fujo o mais que posso a artigos de opinião de gente que exibe uma pretensa superioridade moral por, como geralmente alega, usar linguagem inclusiva ou lá o que chamam aos termos parvos com que se exprimem. Uns sonsos é o que eles são. E elas, vá, que é para ser inclusivo ou o cantano.

É por isso que, sendo dia de follow friday, me apetece destacar o portugalamordaçado. Não conheço o autor nem isso é importante para o caso. Importante é não ter medo de opinar sem receio das palavras.

Greve inclusiva. Inclusivamente ao consumo.

Kruzes Kanhoto, 20.02.19

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Greves, greves e mais greves. Por tudo e por nada, quase. Embora, reconheça-se, a greve constitua um direito pelo qual eu, que sou um grevista não praticante, tenho um enorme apreço e uma invulgar simpatia.

Por isso manifesto, desde já, o meu incondicional apoio à greve anunciada nestes mini-cartazes, folhetos, papéis ou lá o que se queira chamar. Concordo com todas as reivindicações. Mesmo que não saiba ao certo o que é essa coisa da “educação sexual inclusiva”, nem tencione deixar de consumir no dia marcado para a jornada de luta contra a “sociedade de consumo”.

Desconfio que isso da “educação sexual inclusiva” deve ter a ver com introduzir cenas nos orifícios errados. Assim, tipo, lápis nos ouvidos ou nas narinas. Mas também não me interessa muito, que isto cada um goza a seu modo. Como sempre garantia, convictamente, a minha avó quando a informavam dos gostos esquisitos de algum invertido. Já acerca daquilo da “sociedade de consumo” estou mais ou menos elucidado. É aquela “sociedade” onde gente como os promotores de iniciativas desta natureza, vive à conta dos pais até ter idade para viver à conta dos filhos. Ou à nossa. Vai dar ao mesmo.

A anormalidade do novo normal

Kruzes Kanhoto, 19.02.19

Vive-se um tempo em que todos fazem questão de ter a ideia mais parva ou o comportamento mais bizarro. A cada dia são traçadas novas fronteiras que um novo idiota, ainda mais idiota do que o já suficientemente idiota que teve a anterior ideia idiota, se encarregará de ultrapassar com nova ideia ainda mais idiota. E quem diz as ideias, diz os comportamentos. Até porque uma e outra coisa estão intimamente associadas. O pior é que já nos habituamos. Tendemos a achar tudo normal, natural ou que cada um, no uso da sua liberdade, fará o que muito bem entender. Isto não vá dar-se o caso de nos ser atribuída uma fobia qualquer. Ou uma doença. Como padecer de populismo ou extremismo de direita. Coisas que, agora, são do pior que nos podem acontecer. Menos grave, ainda assim, do que sermos considerados, nós, os idiotas por não vermos a luz que ilumina essa gentinha. Depois admiram-se quando alguém desliga o interruptor...

Agricultura da crise

Kruzes Kanhoto, 17.02.19

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Ora aí está uma grande ideia. Da maior utilidade para quem, como eu, tem uma aversão visceral a cavar. Aquela coisa de pegar numa sachola e revolver a terra. Assim, há que reconhecer, é muito mais fácil. Basta abrir uns buraquitos, já previamente picotados na embalagem, e está pronto para plantar. Sem calos nas mãos nem dores nas costas e quase sem canseiras. Hoje foram morangos, amanhã serão alfaces e no futuro tudo o que a imaginação providenciar. Mas por que raio ninguém me avisou antes da existência destas cenas?!

É cultura, estúpido!

Kruzes Kanhoto, 15.02.19

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Esta minha actividade de fotografo amador especializado em merda de cão, parece suscitar a reprovação de algumas criaturas. Vá lá saber-se porquê. Podia provocar risota, comiseração ou, sei lá, indiferença. Mas não. Desconfio que, a certos circunstantes, até dá vontade de me “untar as molas”. Nada que me incomode. É, como diz o outro, para o lado que durmo melhor.

Mas, é cá uma desconfiança minha, um dia destes a perspetiva com que este meu hábito é olhado, vai mudar. Quando já estiver reformado será visto como uma coisa muito salutar. Algo enquadrável naquilo do envelhecimento activo, ou o que é. Elevado, quiçá, a actividade académica no âmbito de uma academia sénior qualquer. Com direito a exposição e tudo.

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