O processo de esquerdização em curso prossegue a bom ritmo. Os sinais estão aí para quem os quiser, ou souber, interpretar. O 25 de Novembro, por exemplo. Passaram, ontem, quarenta e quatro anos sobre a data que garantiu a liberdade aos portugueses. Ninguém, pelo que me apercebi, se lembrou. Entidades oficiais, principais noticiários e jornalismo em geral optaram pelo silêncio. Não tarda, por este andar, ainda os vamos ouvir classificar esta data como o dia em que se fecharam as portas que Abril abriu, em que os cravos murcharam ou os sonhos abriláceos se esvaneceram.
Sem que ninguém - uma alminha, sequer – os cofronte, as forças políticas de esquerda estão a apoderar-se de todas as causas. Desde a tourada à violência contra as mulheres. Como se estupidez tivesse alguma coisa a ver com opções ideológicas. A idiotice chega ao ponto de associar o crescimento da extrema-direita ao aumento dos casos de agressões tendo como alvo as mulheres. Isto enquanto deixa de fora o aumento da imigração, nomeadamente muçulmana, na interpretação do fenómeno. É por estas – e por outras – que não consigo levar estes “movimentos” a sério.
Também os cantores de intervenção há muito enviados para o caixote do lixo da história estão a ser reabilitados pela rádio pública. Não se aguenta. Para além de “jornalistas” a destilar ódio a tudo o que se desvia da opinião politicamente correcta, temos igualmente de aturar os berros dos cantantes. É, tudo isto, o preço de temos de pagar por, naquele final de Novembro, uns quantos não terem deixado Jaime Neves terminar o seu trabalho.