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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Reconquista da Europa e outras ameaças

Kruzes Kanhoto, 30.03.18

Quando os gajos a quem pagamos para tratar da nossa segurança acham que a maior ameaça que nos pode afectar são os grupos que se propõem lutar pela reconquista da Europa pelos europeus, está tudo dito. Vá lá, ao menos isso, reconhecem que a Europa já foi conquistada. Coisa que, parece, não constitui qualquer problema. A chatice é os europeus que não simpatizam com a ideia. É realmente uma parvoíce, que nos coloca a todos em perigo, essa mania de achar que devemos reconquistar o que nos foi roubado. Ou que a intelectualidade pretensamente bem pensante e apaneleirada entregou de mão beijada, melhor dizendo.

Por falar em gente parva. Consta que os deputados vão aprovar uma aberração legislativa a que chamam “lei da identidade de género”, ou lá o que é. Diz que se um matulão qualquer insistir em ser tratado por Miquelina, mesmo que toda a gente saiba que é o Bonifácio, quem o contrariar está lixado.

E pronto, continuem lá a culpar o FaceCoiso pela eleição do Trump, admirem-se que o Putin ganhe com maiorias esmagadoras e horrorizem-se por a extrema-direita crescer a cada eleição em quase todos os países da Europa. O pior cego todos sabemos quem é…

Coisas do Demo

Kruzes Kanhoto, 28.03.18

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Segundo a Deco será a despesa com os lares da terceira idade uma das causas que estará a contribuir para o crescente endividamento das famílias. Foi, julgo, mais ou menos isso que ouvi hoje pela matina quando, ainda meio estremunhado, o gajo da rádio se pôs a dar as noticias. Ora esta coisa das dividas sempre a crescer, seja lá qual for a causa, afigura-se-me como tendo mão do Diabo. O tal que, segundo um fulano qualquer, estaria para chegar mas que, na opinião de outros igualmente idiotas, já teria sido escorraçado e não mais voltaria a estas paragens.

Hesito quanto a isso do Mafarrico não andar por aí. Acho, até, que ele está no meio de nós. Para ficar. É que se as famílias, no presente, têm de se endividar para manterem os idosos nos lares, por as reformas não chegarem para a mensalidade, sempre quero ver como vai ser no futuro. Naquele em que as pensões dos futuros reformados forem metade, ou menos, daquilo que são hoje as dos pensionistas actuais e os vencimentos dos seus descendentes mais baixos do que os daqueles que hoje se endividam para manter os progenitores nos ditos lares.

Assisto, com uma imensa revolta, a gente a ir para a reforma com pensões na casa dos trezentos e quatrocentos euros. Depois de uma vida inteira a pagar as reformas daqueles que se aposentaram dez ou quinze anos mais novos com a pensão igual ao último vencimento e aos quais, agora, tudo é revertido. Ainda por cima, com aumento. A esses – e a mim, já agora – convençam-nos lá que o Diabo não anda por aí à solta montado numa geringonça.

 

Chaçoimobil

Kruzes Kanhoto, 26.03.18

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Como ali foi parar não se sabe. Como vai sair também não. Pela própria roda não será, certamente. O que se sabe é que ciclicamente vão aparecendo mostrengos destes nos locais mais inusitados. Depois ficam lá tanto, mas tanto tempo que começam a fazer parte da paisagem. E, aí, já é uma pena removê-los.

Cuidado com a lingua!

Kruzes Kanhoto, 25.03.18

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Presumo que por esta altura a Entidade Reguladora e mais umas quantas policias do politicamente correcto já tenham manifestado a mais veemente indignação contra a atitude desta estação de televisão. E é muito bem feito. Onde é que já se viu chamar bandidos a, portanto, bandidos?! Quando muito alegados assaltantes. Ou jovens, vá. No limite do razoável, indivíduos. Agora bandidos?! Eh pá, não. Isso não se faz. Deve ser coisa para consubstanciar não sei quantos preconceitos estigmatizantes para com os incautos cidadãos que se viram envolvidos na ocorrência.

E as crianças nómadas? São menos que as outras?

Kruzes Kanhoto, 24.03.18

Um silêncio ensurdecedor este que se ouve acerca da série de reportagens "mães interrompidas", emitidas pela TVI, onde se aborda a retirada de crianças às mães. Ninguém se pronuncia, as redes sociais não se incendeiam e até o Presidente da República continua calado.

Desta temática sei apenas, felizmente, o que ouço dizer. E o que se ouve – antes, ainda, da TVI dedicar algum tempo ao assunto – não é nada abonatório. Pelo contrário. Mas, admito, pode até estar a ser cometida uma enorme injustiça relativamente aos que trabalham na área. Porque, convenhamos, é absolutamente normal que qualquer técnica recomende o uso de roupas e calçado adequado, critique as mães que não sabem fazer uma sopa, defenda que uma criança deve ter um quarto só para si – de preferência com televisão - e que deve viver numa casa com todas as condições.

Mas acho, também, que todas as crianças são iguais. Parece-me, portanto, inadmissível que apenas a algumas seja concedido o privilégio de ingressar numa instituição. Enquanto existirem, no Alentejo por exemplo, crianças nómadas, sem nenhuma das condições de habitação que consideramos minimamente aceitáveis, não se pode considerar que as pessoas ligadas a esta área de intervenção social estão a fazer bem o seu trabalho. É que estas crianças, lá por pertencerem a uma minoria, não têm menos direito à institucionalização do que as outras.

A morte tem sempre uma desculpa...

Kruzes Kanhoto, 23.03.18

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De repente levantaram-se vozes de consternação por o Facebook, ao ceder dados dos utilizadores, ter contribuído decisivamente para a eleição do Trump. Não percebo o problema desta gente. Esta inquietação toda deriva do facto de só terem descoberto agora o que acontece com os seus dados? Ou é por terem sido usados para eleger o outro maluco? Se, como se calhar até já sucedeu, servisse para eleger um esquerdalho qualquer não fazia mal nem dava lugar a nenhuma espécie de consternação?!

Estará, portanto, encontrada a explicação que faltava para justificar a eleição de Donald Trump como presidente dos EUA. Pelo menos aquela que alguns querem ouvir. Por mim podem continuar a acreditar nela. No Pai Natal e no Coelho da Pascoa também, se quiserem. Cada um acredita no que quer. Enquanto isso os eleitores colocarão outros Trump’s no poder. É que, por muito que custe às elites iluminadas, há vida para lá do Facebook e das redes sociais. E dessa sabe o povo.

O homem do saco

Kruzes Kanhoto, 22.03.18

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Ainda bem que quando era puto não havia essa modernice das CPCJ’s. Nem isso nem outros alegados esquemas manhosos de que agora tanto se ouve falar. Devia ser por, na altura, haver gaiatos em abundância. Ao contrário de hoje, que faltam pirralhos e sobram velhos. Talvez por isso, ao que consta, casos haverá em que, ainda nas maternidades, mal são paridos já estarão a ser subtraídos às mães. Há poucos catraios, depois dá nisso. Já quanto aos velhos, como há muitos, é ao contrário. Ninguém os quer. É a vida. Ou o mercado, não sei bem. Só sei que no meu tempo de criança, para prevenir um eventual mau comportamento da rapaziada, os pais ou outros familiares sugeriam que seriamos levados de casa pelo “homem do saco”. Uma figura mítica que nunca ninguém viu mas que, quando mencionada, tinha o condão de acalmar os ânimos ao mais irrequieto. Hoje, se calhar, para obter o mesmo resultado deve bastar ameaçar com uma chamada para a CPCJ mais próxima...

Vizinho chato

Kruzes Kanhoto, 21.03.18

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A convivência entre vizinhos nem sempre é pacifica. Tal como pouco pacifico deve ter sido o relacionamento do destinatário desta missiva com os restantes moradores. Para além de - ao que indicia o remetente - se ter esquecido de pagar qualquer coisa num qualquer lado, não terá deixado saudades entre a vizinhança. Há vizinhos assim. E todos conhecemos um. Ou mais.

 

Dissertações

Kruzes Kanhoto, 20.03.18

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Anda para aí meio mundo indignado por Passos Coelho ter sido convidado para professor numa universidade. Não se me afigura que exista motivo para tanto. Nomeadamente num país onde, a julgar pela ausência de igual nível de irritabilidade, toda a gente parece achar normal que o líder da claque do futebol clube do Porto seja orador em palestras acerca da ética no desporto. Ou que, para além de mim, poucos mais achem um disparate que José Sócrates vá dissertar sobre economia na universidade de Coimbra.

Admito não estar a ver bem a coisa. Se calhar, no caso do macaco e do ex-detido de Évora, a intenção será demonstrar aos participantes nas respectivas iniciativas aquilo que nunca devem fazer. Assim tipo, “estão a ouvir estes senhores? Façam o contrário do que eles dizem e vão ver que o mundo será um lugar melhor”.

Quanto ao Passos Coelho… coube-lhe aquela chatice de tirar o país da terceira bancarrota originada por governos socialistas. Fez, à conta disso, um rol imenso de disparates. Menos, ainda assim, que qualquer dos outros dissertantes acima mencionados. Mas, como forma de expiação, devia era ir dar aulas para uma universidade sénior...

Contagiar é um direito...

Kruzes Kanhoto, 18.03.18

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Esta cena do sarampo faz-me uma confusão do caraças. Nomeadamente quando, inevitavelmente, a converseta descamba para a vacinação. Ah e tal, não se pode obrigar ninguém a vacinar-se. Não?! A sério? E contagiar os outros, isso já pode? Bardamerda para essas teorias da treta, mais para essa cambada toda para quem apenas importa o seu umbigo e que enchem a boca de “sociedade” mas que, no fundo, se estão nas tintas para outros. São contra as vacinas, não vacinam os filhos, mas, quase aposto, o cão tem todas as vacinas em dia. Essa gente só merece levar com um gato morto pelas trombas. Até ele miar, como sempre acrescentava a minha avó.

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