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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

A sério que estão preocupados com o galo?!

Kruzes Kanhoto, 30.08.17

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Os políticos de Lisboa estão-se nas tintas para o interior do país. O mesmo sucede, de uma maneira geral, com os habitantes dos grandes centros urbanos. Dois terços do território estão votados ao abandono pelo Estado central e quem cá mora entregue à sua sorte, sem que alguém se importe minimamente com isso. Ninguém quer saber. Daquilo a que chamam província apenas o tratamento dado aos animais suscita preocupação a essa gente. Um gato chamuscado, um touro lidado numa praça ou uma cabra atirada do cimo de um campanário é que causam inquietação aos urbano-depressivos, aos políticos e aos indignados militantes das redes sociais. O resto não lhes importa. Só os bichos. Não me surpreende muito, até porque é costume dizer-se que cada um preocupa-se com os seus.

O drama, desta vez, é um galo. Que, diz, vai ser morto à paulada na festarola de uma aldeia qualquer. O PAN – qual Sporting – até já fez umas quantas queixinhas, visando acabar com a prática. Os doentinhos do Facecoiso, claro, indignaram-se e sugeriram que, no lugar do galináceo, a vitima das pauladas fosse uma pessoa. Por mim esta sugestão parece-me extremamente válida. Nem sei porque não se voluntariaram para substituir o bicho. As vantagens, convenhamos, seriam inegáveis. Mas isso, desconfio, só acontecerá quando descobrirem uma terra onde a tradição não seja matar um animal, mas ir-lhe ao cú.

Já ninguém come passarinhos fritos?

Kruzes Kanhoto, 29.08.17

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Que é feito da velhinha “flóber” - uma pequena espingarda de pressão de ar - que no meu tempo de adolescente todos tinham?! Menos eu, diga-se, que o meu pai nunca gostou dessas coisas. Parece que agora é proibido o seu uso. Mas, mesmo que não fosse, também não servia de muito. Diz que não se podem matar passarinhos. Nem passarinhas. Seja com fisga, “lousa”, rede ou outra armadilha qualquer. Mas, mesmo que acabar com o piar a essa praga alada fosse permitido, desconfio que poucos o fariam. Isto é tudo uma cambada de mariquinhas. Depois venham para cá aborrecer que gasto muita água a lavar o carro e isso...

O meliante, o transeunte e a consciência

Kruzes Kanhoto, 28.08.17

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Nas cidades, perante um assalto, uma agressão ou outra ocorrência do género – daquele mesmo isso, não do outro - poucos são os que resolvem intervir em socorro da vitima. Ninguém está para ter chatices. Nas aldeias não é bem assim. Existe solidariedade e, não raras vezes, o patife leva que contar.

Como, calculo, terá acontecido um destes dias a um “jovem” - forasteiro, segundo os circundantes – provavelmente desconhecedor desta regra. Por razões desconhecidas o malandrim resolveu invadir uma propriedade privada, ameaçando e ofendendo os residentes. Teve sorte, num primeiro momento, pois os proprietários, atarantados, não reagiram optando por se refugiar dentro de casa. Mas isso só durou até passar o primeiro transeunte que, escandalizado com a gritaria do moço, desabafou que se fosse com ele a coisa piava mais fino. O que deixou ainda mais exaltado o invasor, que tratou de elevar o nível das ameaças agora dirigidas ao tal transeunte. Pelo menos durante os quinze segundos seguintes. Que foram os que se conseguiu manter em pé. Um tabefe bem aplicado, daqueles de fazer inveja aos gajos que este fim de semana ganharam larguíssimos milhões só por andarem à porrada, tratou de o mandar abaixo. O segundo, já menos artístico, ainda assim foi suficiente para o recolocar na posição horizontal, já que o “jovem” insistia em tornar à posição inicial e prosseguir com a berraria.

O comovente da coisa, mais do que o gesto de intervir para ajudar pessoas em perigo, foram as palavras que o transeunte solidário dirigiu ao meliante: “Olha, nem sabes quanto isto me rói a consciência, mas tu estavas mesmo a pedi-las”. É esse o espírito!

Nem sei para que é preciso WC...uma esquina servia!

Kruzes Kanhoto, 26.08.17

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Esta sinalética, o que ela representa, as instalações que sinaliza e o conceito do espaço são manifestamente discriminatórios, degradantes e atentatórios da dignidade de qualquer ser humano que se preze. Por mim, se as tivesse de utilizar, sentir-me-ia profundamente discriminado, humilhado e capaz de cometer, mesmo ali, um acto de vandalismo qualquer. Mas que raio de sociedade é esta que equipara - para efeitos mictórios, cagatórios ou outros - um homem a um cão? Será que em vez de um urinol se mija para uma árvore ou um poste? E no lugar da sanita está um espaço com areia? Não tarda, em lugar de nos cumprimentarmos com um aperto de mão ou um beijo, ainda vão querer que cheiremos o cú uns aos outros.

Quando é que começamos a derrubar estátuas?

Kruzes Kanhoto, 25.08.17

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A imaginação delirante destes malucos não dá mostras de moderar a velocidade a que lhes surgem as ideias parvas. Agora são as estátuas. Coitadas. Para ali estão sossegadas, a fazer figura daquilo que são, e aparecem uns indigentes mentais a quererem mandá-las a baixo. Por cá ainda não chegámos a isso. Ainda, sublinho. Mas, mais cedo do que tarde, vamos chegar. Um dos primeiros a ser apeado deve ser o D. Afonso Henriques. Um islamofobico do piorio, o gajo. Do qual, obviamente, nos devemos envergonhar e que urge expurgar da nossa sociedade que se quer livre, multicultural e tolerante. Até porque os refugiados que acolhemos, nas curtas horas que passam entre nós antes de se pisgarem para sítios onde o ordenado de refugiado é mais simpático, podem sentir-se ofendidos com a presença de algo que lhes recorda a carga de porrada que os seus antepassados levaram quando foram expulsos da nossa terra. Belos tempos, esses.

Vestimentofobia

Kruzes Kanhoto, 24.08.17

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Muito há ainda a fazer no âmbito do combate à discriminação. Ó se há. Verdade que, por estes dias, já se conseguiu um avanço civilizacional sem precedentes. O de acabar com essa coisa dos livros para meninas e dos livros para meninos. Mas, convenhamos, é manifestamente insuficiente. Há que ir mais longe e, nisto como no resto, o ideal é começar pela criançada. Ensinar-lhes que é tudo igual e não há cá coisas para gaiatos e coisas para gaiatas. As roupas, por exemplo. Não têm nada que estar separadas nas lojas conforme o sexo. Ou género, penitencio-me pelo lapso. Que isto de vestidos ou cuecas com rendinhas qualquer um veste. E o melhor é ir experimentando logo de pequenino. 

É o que dá terem esgotado as causas fracturantes...

Kruzes Kanhoto, 23.08.17

Há duas espécies de opinião. A pública e a publicada. A segunda parece um hospício. Daqueles do piorio. Estão lá reunidos os mais malucos de entre os destrambelhados. São uma minoria a quem, fora do circulo restrito das redes sociais e do governo, ninguém liga. Mas, infelizmente para todos, são esses loucos que ditam a agenda política, que têm o poder de ir alterando a legislação, de impôr novos costumes, determinando novas regras e, em suma, ir destruindo o modo de vida que nos trouxe até aqui.

Quanto à primeira, a opinião pública, por enquanto vai-se rindo e gozando com a segunda. Tem-se, até agora, limitado a chamar nomes – cada um melhor do que o outro, diga-se – aos doentes mentais que estão a escavacar as bases da nossa sociedade. Sou adepto do escárnio e da zombaria aplicada a essa malta e tenho por eles um profundo desprezo. Sentimento que, não duvido, é comum à imensa maioria dos portugueses, dos europeus e dos ocidentais. Mas, receio, já não chega. Eles não se importam de serem gozados. Há que, em relação a essa gente, passar a outro patamar. Seja ele qual for.

A ironia da coisa é que isto a médio prazo resolve-se. Umas, poucas, dezenas de anos. Quando muito. O processo de islamização tratará de acalmar todas essas minorias modernaças que por aí andam e de lhes explicar, entre muitas outras coisas, as diferenças entre meninos e meninas. E a história recente diz-nos que não será com bons modos.

 

E o que temos nós a ver com isso?!

Kruzes Kanhoto, 22.08.17

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Que os meios de comunicação social nacionais são reles instrumentos de manipulação de massas ao serviço do esquerdume e das novas verdades politicamente correctas, não constitui novidade nenhuma. Deve ser por isso que hoje exultam com a revelação de uma obscura militante socialista, circunstacialmente a desempenhar um lugar de nomeação política – o que, como se sabe, não é particularmente abonatório para ninguém - que entendeu por bem partilhar com o mundo a sua condição de lésbica.

Assim de repente não estou a ver o interesse da noticia. E daí? Qual é a relevância da coisa? Nenhuma, evidentemente. É mesmo o que mais importa aos portugueses é saber com que espécies é que o estarfermo se enrola. Deve ser da sealy season, ou lá o que chamam àquela época do ano em que não há noticias. Mas, perante isto, temo o pior. Até já estou a imaginar o que se segue. O João Galamba a deixar-nos estupefactos ao revelar que é perdido por um bom copinho de leite morno com bolachas ao deitar ou o António Costa a surpreender a humanidade revelando que não resiste a um bom cozido. Chocante, de facto.

Coisas que me apetece destacar

Kruzes Kanhoto, 21.08.17

Percebo a utilidade de um blogue dedicado a auxiliar as pessoas a optar pelo melhor rolo de cozinha ou pelo penso higiénico mais confortável. Não fico indiferente ao esforço de todos os que dedicam parte do seu tempo a recolher, divulgar e, principalmente, publicitar os folhetos das promoções dos mais variados espaços comerciais. É, parece, uma espécie de serviço ao público e uma ajuda ao privado. Ou ao contrário, pouco importa. Aprecio igualmente que muitos bloggers ocupem metade do seu tempo a viajar e a outra metade a contar-nos como foi a passeata. Mesmo os blogues que se dedicam a outras problemáticas, por exemplo a merda de cão ou à descrição de iguarias capazes de nos dar vontade de vomitar, não me suscitam qualquer desprezo. Pelo contrário. Acho que todos têm o seu espaço ou, mesmo que não tenham, estão conforme a vontade dos seus autores e é apenas isso que importa.

Nisto dos blogues – como no resto – o que me incomoda é a discriminação. Nomeadamente quando esta funciona apenas num sentido. Sempre o mesmo, por sinal. E sim, sinto-me discriminado. As opiniões que aqui expresso são tão válidas como as de qualquer outro blogger que pense exactamente o contrário. Sejam acerca de preservativos, cozinha afegã ou atentados terroristas. E quem não entender isso percebe tanto de liberdade e de democracia como o meu cão.

O especialista, esse chato.

Kruzes Kanhoto, 20.08.17

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Parafraseando o outro: “Porra, chiça, que é demais!”. Não se aguenta tanto especialista em incêndios. Gente que, na generalidade dos casos, não distingue um pinheiro de um eucalipto e que, quase sempre, considera que tudo aquilo que arde é propriedade de gente cheia de dinheiro, egoísta e que visa o lucro fácil. E, presumo, envolvida naquela coisa dos grandes interesses, ou lá o que é, e que serve de justificação para tudo quando nada se percebe do assunto acerca do qual se disserta com pose de erudito.

A estes especialistas, confortavelmente instalados nos seus apartamentos dos subúrbios que nem sabe a espécie da árvore onde levam o cão a mijar, recomendo que nas próximas férias, em vez de irem para o estrangeiro só porque é “cool” e “bué da cultural”, percorram o interior do país. Falem com as pessoas – têm de procurar bem, dada a sua escassez – e depois, então, opinem acerca de limpeza de terrenos, espécies que não ardem e outras baboseiras do género. E, de caminho, rocem uns pastos. Ou, então, calem-se.

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