Justiça espanhola
Uma cidadã espanhola foi condenada por um tribunal – igualmente espanhol, obviamente – numa pena de um ano de prisão por ter escrito umas graçolas nas redes sociais acerca do atentado que vitimou, em 1973, o então primeiro ministro – espanhol, também - Carrero Blanco. Ora isto, mesmo não sendo espanhol, seria coisa para me deixar indignado. É, arranjem as justificações manhosas que arranjarem, um atentado à liberdade de expressão. Contudo, neste caso concreto, acho muito bem a condenação da criatura. Tratar-se-á, ao que se escreve na imprensa espanhola, de uma feminaza esquerdista. Gente que anda por aí - seja em Espanha ou no resto do mundo – a defender a condenação de quem escreve piadolas ou, simplesmente, manda uns dichotes acerca dos valores defendidos pelo esquerdume, sob o pretexto do discurso do ódio ou outras idiotices que a esquerdalha gosta de inventar. Presumo, por isso, que a senhora não recorra da setença e, humildemente, assuma o seu erro cumprindo a pena que lhe foi imposta. É que isto a coerência é muito bonita e constitui, a par da inteligência superior de que são dotados, uma qualidade intrínseca de todos os seres que se dizem de esquerda. Pelo menos é o que eles dizem. Por mim duvido. De ambas.