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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

A sério que ainda não perceberam?!

Kruzes Kanhoto, 29.06.16

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Não sou dos que acham que o Fundo Monetário Internacional, só por nos emprestar o dinheiro que andamos a esturrar para fazer a nossa vidinha de alarves, não se pode imiscuir nos nossos assuntos. Pode e, mais do que isso, deve. Mal comparado é como se eu emprestasse dinheiro a um cavalheiro em dificuldades financeiras e, depois, não o pudesse criticar por fazer uma vida faustosa com o dinheiro que lhe emprestei. O FMI não pode – nem, muito menos, deve – é dizer parvoíces. Coisa que, reconhecidamente, tem feito quase de cada vez que os seus representantes abrem a boca para se referir a Portugal.

O caso do horário de trabalho da função pública, por exemplo. Segundo a análise de um individuo qualquer daquela organização se em trinta e cinco horas é executado o mesmo serviço que em quarenta, então é porque existe gente a mais. Assim, de repente, o homem até parece ter razão. Mas contas dessas até os ciganos que vendem penicos rachados resgatados ao lixo sabem fazer.

Com o que a criatura se deve preocupar é com o significativo aumento das despesas com aquisições de serviços, nos anos em que o FMI nos mandou apertar o cinto. Aquilo que engloba os outsourcings, as empresas de trabalho temporário e aquelas aquisições de serviços a empresas e trabalhadores individuais para fazerem, nomeadamente, coisas. Só na administração local – presumo que no Estado central seja igual – este tipo de despesa aumentou, entre 2010 e 2014, a “insignificância” de 243 milhões de euros. Quase dezoito por cento. Face a números desta natureza, este e outros badamecos de certeza que querem falar do horário de trabalho? Se calhar querem, mas isso é porque “não conhecem o dinheiro”, como em tempos idos se dizia por cá daqueles que eram assim a atirar para o “poucochinho”...

Uiiiiiiiii......que medo!!!!!!

Kruzes Kanhoto, 28.06.16

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Não costumo dar palco aos anónimos que, por motivos que a psiquiatria explicará melhor do que eu, para aqui vêm marrar comigo. Ando há muitos anos nisto e, como é natural, não faltarão os que não apreciam aquilo que escrevo. Têm sempre a opção de não ler ou, lendo, manifestar de forma cordata uma opinião diferente. É o que fazem as pessoas normais.

Há, depois, as outras. Como aquela anónima que hoje, cerca das quinze e quarenta, me telefonou para o meu local de trabalho. “Se voltas a dizer mal dos animais estás fodido”, garantia uma mulher, com voz de bagaço e um timbre notoriamente labrego, enquanto desligava antes que a pudesse inquirir acerca da envolvência de tão estranha promessa. Apesar de, sabendo quem sou e onde trabalho, não necessitar de recorrer a este método para me oferecer os seus préstimos.

Não falta quem garanta que se trata de uma lunática cá da terra. Não creio. Será, apenas, mais uma idiota que por aí vai vegetando. Tão idiota que não sabe que isso do anonimato, seja ao telefone ou num computador, é apenas relativo. Mas, seja quem for, não possui capacidade intelectual para interpretar um texto. Por aqui não se diz mal dos bichos. Coitados, eles nem sabem ler. Diz-se, isso sim, de gentinha como ela. E continuará a dizer. Porque quero, porque me apetece e porque posso.

 

Eles "andem" aí...

Kruzes Kanhoto, 28.06.16

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Ao que consta, embora estas coisas não apareçam nas noticias e apenas se saibam por meios alternativos, têm sido avistados nos últimos dias – e nas ultimas noites, também – diversos objectos voadores não identificados nos céus de Portugal. Por todo o lado. Do norte ao Algarve, em Lisboa e em vários locais do interior do país. Os relatos de avistamentos são mais que muitos, as fotos e os vídeos a documenta-los são igualmente em número apreciável e quem, alegadamente, os avistou jura, pelas alminhas dos que já lá estão e dos que para lá hão-de ir, que aquilo não era coisa deste planeta.

Pois eu, um dia destes, também me deparei com algo a esvoaçar nos céus do Alentejo. Era um domingo. Que até nem é dia muito propicio a estes aparecimentos mais ou menos inopinados. Em plena luz do dia apareceu, vindo do nada, mesmo em frente ao meu nariz este objecto esvoaçante. Pode, ao contrário dos outros, ser perfeitamente identificado mas, também contrariamente aos demais avistamentos, neste caso as provas são irrefutáveis.

A "Vitória" é nossa e há-de ser! O PAN que se vá f****!

Kruzes Kanhoto, 27.06.16

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Não me importo nada que os meus escritos provoquem manifesto desagrado aos defensores dos animais que visitam este espaço. Estou-me nas tintas. Nem, como já escrevi noutras circunstâncias, admito pressões no sentido de escrever ou deixar de escrever seja acerca de que assunto for. Pressões que, diga-se, nunca tive. Até porque, quem as fizer – seja lá quem for - vai ter o nome aqui escarrapachado, vai ler e, sobretudo, ouvir um sonoro “vai para o c******”. Sem asteriscos. Depois, se não ficar satisfeito, pode queixar-se nos locais próprios. Até porque, comigo, estas coisas costumam funcionar ao contrário. Quanto mais se sentirem incomodados, mais vezes o assunto aqui será abordado, a critica mais corrosiva e o humor mais jocoso. Apenas por dois motivos. O primeiro porque quero e o segundo porque posso.

Posto isto – e por me dar um especial gozo malhar nos amiguinhos dos animais – vejamos as últimas ideias do PAN. Trata-se de uma proposta de regulamento municipal do animal, apresentada por aquela agremiação na Assembleia municipal de Lisboa e, felizmente, rejeitada pela maioria dos membros daquele órgão autárquico da capital. A ser aplicado, ficaria proibido o uso de aves de rapina para fins de controlo de segurança no aeroporto ou, por exemplo, a exibição da águia “Vitória” no Estádio da Luz.

Mas há mais. E pior. O controlo dos pombos apenas podia ser feito com recurso a contraceptivos e, mesmo para os afugentar, apenas se poderia recorrer a meios que não fossem susceptíveis de os magoar. Estão a ver aquilo dos picos nos edifícios? Com este regulamento tal seria impossível. Proibido seria também a existência de coches, atrelados e jaulas de transporte de cães e gatos. Trela apenas se não prejudicar os movimentos do bicho e, no caso dos cães perigosos, as pessoas devem adoptar um comportamento que não os irrite. Mesmo o extermínio de pragas de insectos ou ratazanas ficaria condicionado à aplicação de métodos que não causassem sofrimento aos exterminados.

Por fim, tipo piece-de-resistance, os “donos” deixariam de o ser. Passariam a “detentores”. Ainda bem que já não tenho animais de estimação. Acho que o meu cão ia ficar confuso quando me ouvisse chama-lo “BENFICA! Anda cá ao detentor”.

Antes tinham fome...agora apenas sentem um ratinho!

Kruzes Kanhoto, 26.06.16

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Ao contrário de anos lectivos anteriores, o que agora findou não nos trouxe noticias de criancinhas a chegar esfaimadas às salas de aula. Mesmo as informações acerca da necessidade de manter abertas as cantinas escolares durante os períodos de férias foram relativamente escassas, nomeadamente por comparação com os quatro anos precedentes. Deve ter ocorrido algum milagre, neste entretanto. Ou, então, sou eu que ando distraído.

Do que tenho ouvido falar, no âmbito dos alunos esfomeados, é de comida a mais. Parece – é o que decorre de uma proposta, sobre este tema, apresentada por um partido da geringonça - que um número significativo de alunos, maioritariamente carenciados, os que não pagam a refeição que lhes é fornecida na cantina escolar, não aparecem para o almoço nem avisam que não vão almoçar. Originando, assim, um enorme desperdício alimentar que a tal proposta pretende combater. Embora, como não há noticias de mortes por desnutrição, se presuma que continuem a dar ao dente. Coisa que, presumivelmente, não teriam condições para fazer sem ser na escola...


Uma chatice essa mania de pôr o povo a decidir...

Kruzes Kanhoto, 25.06.16

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Não percebo a dificuldade evidenciada por todos aqueles que enchem a boca de democracia, vontade popular e sei lá mais o quê em aceitar os resultados do referendo no Reino Unido. Entre o alegado milhão de subscritores de uma alegada petição, que corre lá para a Grã-Bretanha, visando fazer nova consulta para decidir - de novo e desta vez é que vale -  a saída da União Europeia estarão, seguramente, muitos desses alegados democratas. Repetir votações até que estas dêem o resultado pretendido não constitui novidade, mas, bolas, custa assim tanto respeitar o resultado de uma votação?!

Isto da democracia é uma chatice. Principalmente quando a escolha popular não é a que nós gostamos. Ou, como se começa a pressentir por essa Europa fora, o povo se está nas tintas para o politicamente correcto, para a opinião publicada e para as ideias bacocas de alguns génios auto-proclamados. Habituem-se, que é capaz de vir aí mais...

Abram lá uns "gulags", vá...

Kruzes Kanhoto, 25.06.16

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Pois faz. Nomeadamente a quem precisa dela. Da saúde. Daquela que o Estado não tem condições de prestar mas que, por convicção ideológica, a geringonça pretende recusar aos portugueses. A partir do próximo ano, ao que se lê em alguma imprensa, os hospitais ficarão inibidos de emitir cheques-cirurgia para o sector convencionado. Voltarão as famosas listas de espera. Deve ser, outra vez, aquilo da opção. Quem não quiser morrer, ou não tiver paciência para aguardar a sua vez, que pague do seu bolso. E se não tiver dinheiro que peça um crédito. Ainda bem que temos um governo preocupados com os mais pobres e que não quer cá negociatas com a banca, as seguradoras, os privados e coiso...

 

Abandonar animais humanos não é crime

Kruzes Kanhoto, 24.06.16

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(imagem obtida um dia destes na minha rua) 

A imprensa deu-nos por estes dias a noticia da absolvição de um individuo que foi presente a tribunal por abandono e maus tratos a familiares. Daqueles humanos. O pai e uma tia, no caso. O mesmo sucederá a todos os outros animais humanos levados à justiça acusados de iguais práticas. Tudo mudará de figura se em causa estiver um cão, um gato, um pássaro ou um animal não humano de qualquer outra espécie. Aí o agressor está feito ao bife. Pode, até, ir malhar com os costados xelindró.

Esta altura de férias costuma ser fértil em abandono de animais. Presumo que este ano não vá ser diferente. Há é que escolher o animal certo para abandonar. Por isso, caros leitores, quando rumarem a sul e ao gozo das merecidas, certifiquem-se que é a sogra que fica na beira da estrada e não o Boby. E se a filha – da sogra – for amiguinha dos animais deixem-na lá também. Pode ser que descubra uma nova vocação…

Exactamente igual e simultaneamente completamente diferente

Kruzes Kanhoto, 23.06.16

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De tão entretidos que andamos com a selecção do Ronaldo, nem reparamos que os nossos bolsos continuam a ser atacados. Exactamente como eram antes. No tempo da malvada coligação de direita. Só que agora ninguém se importa. A finalidade, por acaso, até continua a ser a mesma. A tal que, anteriormente, toda a gente criticava. Salvar bancos. E investimentos ruinosos, também. Daqueles em que o lucro foi privado e o prejuízo é assumido pelo Estado. Mas isso foi noutros tempos. Hoje vamos todos, felizes e contentes, salvar a Caixa Geral de Depósitos e os “lesados” do BES. Não faz mal. Não nos importamos. Nós só não gostamos é de apoiar o grande capital. Nem os especuladores oportunistas. Ainda bem que não é o caso.

Não se deve generalizar...excepto quando dá jeito.

Kruzes Kanhoto, 22.06.16

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Uma reputada jornalista portuguesa garantia hoje, a propósito do referendo à permanência da Grã-Bretanha na União Europeia, que os apoiantes da continuação na UE eram jovens, urbanos, cultos e viajados. Os outros, os que defendem a saída, seriam o contrário. Pessoas com mais de cinquenta anos, rurais e com pouca instrução. Gente que nem com a ajuda da Cofidis lá do sitio teria dado uma voltinha pela estranja, talvez tenha acrescentado.

Oxalá a senhora em causa ainda esteja em condições de fazer reportagens quando igual questão for colocada aos portugueses. Se em terras de sua majestade os euro-cépticos são maioritariamente de direita, por cá é exactamente ao contrário. Daí que vou gostar de a ouvir chamar velhos, campónios, analfabetos – uns verdadeiros labregos, em suma – aos gajos do PCP, do Bloco e da ala mais esquerdista do PS. Receio é que não tenha coragem. Não vá algum deputado a sugerir que seja despedida...

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