Os valentões da internet
O que não falta é gente com coragem. Muita. Muita gente e muita coragem. Isto se a apreciação for feita tendo em conta o que se lê nas redes sociais. Coragem e, simultaneamente, má-educação. Gostava, mas a sério que gostava mesmo, que o pagode fosse capaz de dizer cara a cara, uns aos outros, apenas metade - há que ser prudente também no que se deseja - daquilo que escreve nas caixas de comentários dos jornais, blogs e outros sítios que tais. A animação estaria garantida. E a intervenção dos capacetes azuis também.
Pela minha parte não lhes ligo. Ando nisto há anos suficientes para estar vacinado contra a intolerância dos alegados tolerantes e a estupidez dos génios auto-proclamados. Procuro seguir sempre aquele proverbio de que quem não quer ser lobo não lhe veste a pele. Daí que não me consigam aborrecer. Nem tire a roupa. Até porque, quase todos, me tecem um grande elogio. Tratam-me como se fosse um fedelho. Um puto mimado que sabe lá o que é a vida. Coloquei uma foto - recente, garanto - no perfil, numa vã tentativa de os esclarecer quanto aos anos que já levo cá pelo planeta. Mas nem assim. Devo estar muito bem conservado...