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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Então e aquela coisa de não publicar fotos de criancinhas? Agora já não vale?!

Kruzes Kanhoto, 18.09.15

Passaram ainda poucas semanas sobre a polémica acerca da publicação de fotografias de crianças nas redes sociais. Havia, então, uma quase unanimidade quanto à necessidade de preservar a imagem dos petizes e protege-los de uma quantidade quase infinita de coisas más que os podiam apoquentar se a sua foto fosse divulgada. Tudo isso agora parece que não interessa nada. Uns dias depois, hipocritamente, toda a gente desatou a publicar e partilhar imagens explicitas de crianças refugiadas. Há, nisto, qualquer coisinha que se me está a escapar...Mas sou tentado a admitir que quem antes defendeu a teoria da não publicação e agora publica ou partilha essas fotos é um filho da puta de um racista.

Burrice engravatada

Kruzes Kanhoto, 16.09.15

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Ultimamente tenho utilizado o facebook para comentar os assuntos de actualidade que os diversos órgãos da comunicação social vão publicando naquela plataforma. Comentários jocosos, tentativas de piadola - que aquilo só os parvos levam a sério – e muito de vez em quando um ou outra opinião mais fundamentada constituem a matéria que ocasionalmente vou deixando por lá. Sempre, mas sempre, com um link para o Kruzes. Que isto todos os blogueiros, por mais que escrevam o contrário, gostam é de ter visitas.

Sei há muito tempo que vivemos numa ditadura do politicamente correcto e que qualquer opinião que se desvie dos padrões que a moral – ou a falta dela – actualmente vigente é desconsiderada e o seu autor alvo de ofensas, insultos e ameaças diversas. Nestes tempos esquisitos que vivemos a qualquer um é reconhecido o direito a gostar de levar no cú – o que, naturalmente, é lá com ele – mas nunca lhe é reconhecido o direito a ver respeitada uma opinião discordante da tendência pretensamente generalizada.

Por mim não é coisa que me incomode. Ando nisto há anos mais do que suficientes para, sequer, me aborrecer. Pelo contrário. Aprecio com indisfarçável gozo a estupidez de uma imensa chusma de gente que se esforça por parecer culta e tolerante mas que, como dizia a minha avó, não passam de burros com gravata.

A diferença só está no preço...

Kruzes Kanhoto, 15.09.15

Ao contrário do que está a acontecer com o BPN, foi prometido aos portugueses que não teriam de pagar um único cêntimo com a salvação do BES. Mentira, grita a oposição a uma voz. Vai-nos sair muito caro, garantem. Porque – e este é o melhor argumento que ouvi – se os bancos tiverem de arcar com o prejuízo isso traduzir-se-à em menos lucros e consequentemente pagarão menos impostos. O que, dizem e muito bem, implicará uma perda de receita fiscal e, por consequência, uma perda para os contribuintes.

Por mim não posso estar mais de acordo com este argumento. Dizem, de uma maneira muito clara, aquilo que ando a tentar verbalizar há dezenas de anos. Quando um qualquer patrão – recuso-me a chamar-lhes empresários - usa o dinheiro da empresa para ir às putas isso representa uma diminuição dos lucros e, consequentemente, menos impostos pagos. Ou seja, que tal como os gajos da banca nos está a copular a todos.



Mistificações...

Kruzes Kanhoto, 13.09.15

Que o cidadão ainda a desempenhar as funções de primeiro ministro queira, a titulo individual, organizar uma vaquinha para ajudar os alegados lesados do BES a recorrer aos tribunais é coisa que não me incomoda. É lá como ele. Cada um faz as figuras tristes que entende. Por mim, como é óbvio, não dou para esse peditório.

A ideia é, de facto, parva. Daí não faltar uma panóplia de indignados a salientar a idiotice de quem a proferiu. Convém, ainda assim e mais uma vez, não ter memória curta. É que enquanto o Coelho sugeriu ajudar com os seus recursos, o presidente do PS, Carlos César, prometeu resolver a situação dos tais lesados com o dinheiro do Estado. E na solução socialista eu não tenho escolha. Terei mesmo de contribuir.

Há entre as duas ideias parvas dos dois políticos uma pequena diferença. Que, parece-me, toda a gente percebe. Até, desta vez, os mais ofuscados pelo brilhantismo de certos Messias...

Há muita falta de memória...

Kruzes Kanhoto, 12.09.15

Escrevi em inúmeras ocasiões que os portugueses nada aprenderam com a crise. Nada. Nadinha. Népia. A maioria não percebe a ponta de um corno de politica, são iletrados em matéria financeira e, quase todos, uns perfeitos ignorantes da nossa história. Mesmo da mais recente. Além de que padecem de outro problema. São terrivelmente esquecidos e apenas conseguem reter na memória as recordações de curtíssimo prazo.

Tanto assim é que se preparam para colocar outra vez o PS no poder e eleger toda a tralha de incompetentes que nos levou à falência. Outro sinal – tão preocupante como o primeiro - é que, a julgar pela amostra de hoje, se puderem vão às trombas ao Parvus Coelho. Já não se lembram que o último politico que levou nas fuças foi Presidente da República durante dez anos quando, na campanha em que foi escovado, não tinha mais de oito por cento das intenções de voto...



O futuro um dia destes

Kruzes Kanhoto, 10.09.15

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Chocantes as imagens de milhares de alegados refugiados a tentarem chegar aos países ricos do norte da Europa. Quase todos desesperados e sem documentos de identificação que, parece, têm muita tendência a cair ao mar. Ao contrário dos modernos telemóveis que ostentam, que ou são à prova de àgua ou possuem bóia incorporada.

Chocam-me essas imagens porque vejo nelas o futuro. O futuro da próxima geração de europeus a fugir, sabe-se lá para onde, dos filhos daqueles que agora generosamente acolhemos e que, num espaço temporal que dificilmente ultrapassará as escassas dezenas de anos, tratarão de nos expulsar das nossas casas, das nossas terras e dos nossos países. Por sorte Covadonga é já ali...



Uns chatos, esses fogareiros!

Kruzes Kanhoto, 09.09.15

Percebo a indignação dos taxistas nesta questiúncula com a UBER. Provavelmente no lugar deles também ficaria indignado. Como ficaram, de certeza, muitos outros profissionais de outras tantas profissões que a evolução tecnológica, a mudança de hábitos de consumo ou a concorrência de outros negócios fizeram passar à história. Os taxistas podem, até, ganhar uma ou outra batalha mas jamais ganharão a guerra. É a vida.

Surpreende-me que estes cavalheiros ainda não tenham contestado, pelo menos de forma tão veemente, a existência de inúmeros sites de boleias e de partilha de viatura. Do ponto de vista deles será, igualmente, concorrência desleal. Objecto, mais dia menos dia tal como se quer fazer para a UBER, de regulamentação por parte do Estado, desconfio. Curioso, mas mesmo curioso, é que a opinião do principal interessado na matéria – o utilizador – parece não contar para nada...



O Maxi Pereira faz o mesmo todas as semanas

Kruzes Kanhoto, 09.09.15

Os indignados de serviço estão hoje atirados às canelas da repórter de imagem húngara que rasteirou um emigrante clandestino – ilegal, portanto – que atravessava ilegalmente o território do seu país. Não estou a ver motivo para tanto basqueiro. O Maxi Pereira faz muito pior todas as semanas e ninguém se aborrece...

Caça ao refugiado

Kruzes Kanhoto, 08.09.15

Nisto dos refugiados anda por aí tudo a acotovelar-se para mostrar que é mais solidário que o vizinho. Ofertas para alojar o pessoal vindo da Síria – parece que, de repente, toda a gente se esqueceu dos africanos – são mais que muitas. Câmaras, instituições de solidariedade social e outros beneméritos de ocasião já estão todos a chegar-se à frente. E, por enquanto, ainda não foram anunciados financiamentos comunitários destinados a programas de acolhimento. Quando forem, sabendo como nos babamos pelos fundos europeus, é que vai verdadeiramente abrir a caça ao refugiado. Só falta saber é se há algum que queira vir para cá..

Prometer tudo a todos...

Kruzes Kanhoto, 07.09.15

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Depois de prometer o fim das portagens nas antigas scut's António Costa promete agora utilizar parte dessa receita para financiar o pagamento das reformas. Brilhante. Ou talvez não. Depende. Se conseguir enganar utilizadores e pensionistas – futuros e actuais – sou gajo para ficar visivelmente impressionado com o seu brilhantismo. Ou com a burrice de quem se deixar levar na conversa, sei lá.

O financiamento do sistema de pensões é uma coisa séria. Não deve ser objecto de graçolas. Menos ainda quando fraquinhas e feitas por gente que se pretende responsável. A continuar nesta senda ainda o vamos ouvir fazer a promessa – ou compromisso, como se diz agora – de financiar a segurança social com as moedas dos carrinhos de supermercado. Ou, mais original, com as moedas que o pagode tem a mania de deitar para os lagos, fontes e qualquer outro charco dos que abundam pelas nossas cidades.