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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Oferta de emprego

Kruzes Kanhoto, 09.08.15

Agora que, segundo as últimas noticias, o homem se demitiu, estou a ponderar a possibilidade de contratar o director de campanha do Partido Socialista. Para fazer o trabalho que tenho para lhe oferecer não encontrarei, de certeza, ninguém mais competente. Preciso, urgentemente, de um director de segurança para o meu quintal. A passarada come tudo o que por aqui tento produzir. E o pior é que estou a ficar sem ideias para pôr cobro a estes ataques aéreos. Ele será, de certeza, a solução para isto. Diz que é cada tiro, cada melro...

Sugestão para outro cartaz

Kruzes Kanhoto, 08.08.15

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Não sei, nem me interessa grande coisa, quem tem razão nessa polémica que por aí anda acerca do desemprego. Sei apenas que se trata de um drama para quem está nessa situação e que constitui um problema antigo, como se pode constatar nesta capa do “Público” de 18 de Agosto de 2010, para o qual não existem soluções milagrosas.

Porque parece que muitos já esqueceram...

Kruzes Kanhoto, 07.08.15

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Existem marcas do passado que, por mais que o tempo as desgaste ou sucessivas camadas de tinta as tentem disfarçar, jamais se apagam. No caso, a comparação será manifestamente exagerada. Quem a escreveu, contudo, lá saberá porque o fez. Se calhar estaria a pensar num professor com nome de alfaia agrícola, numa directora regional mal apessoada ou em imensos acontecimentos que, durante seis anos, alegadamente terão ocorrido nos mais variados corredores do diversos poderes...

"Bem-aventurados os jovens, pois eles herdarão a divida pública". Se, entretanto, não se forem todos embora.

Kruzes Kanhoto, 06.08.15

Uma autarquia tem, façamos um suponhamos, cem funcionários que trabalham, cada um, trinta e cinco horas semanais. Três mil e quinhentas horas, portanto. Para cumprir promessas feitas em tempo de eleições, ajeitar uns quantos afilhados, recompensar a malta que andou a segurar o pau da bandeira durante a campanha ou resolver problemas de algumas pessoinhas deliberou recrutar mais dez funcionários. Seguindo o raciocínio anterior teríamos mais trezentas e cinquenta horas de serviço em prol da qualidade de vida da população. Número exacto que os autarcas, na sua imensa sabedoria, determinaram como essencial para prestar um serviço público de qualidade.

O pior é que não pode. O governo não autoriza. A dita autarquia - seja ela qual for, mas suspeito que será lá para o norte – apenas está autorizada a proceder ao recrutamento de mais pessoal se cada um dos seus actuais cem trabalhadores assegurar um horário de quarenta horas. Logo, no seu conjunto, a servir a população do concelho durante mais quinhentas horas. Cumprida esta premissa, aí sim, estará garantida a autorização governamental para a contratação dos tais dez novos funcionários. Que irão, logo que contratados, laborar quatrocentas horas por semana para o bem-estar dos contribuintes lá do sitio. Ou seja, o governo só autoriza e a autarquia apenas contrata quando os tais trabalhadores que está autorizada a contratar já não fazem falta nenhuma.

Trata-se, acho eu, de uma questão inquietante. Reveladora, também, do desvario que vai na cabecinha de quem manda alguma coisa neste país. O pior é que isso reflecte-se directamente nas nossas algibeiras. Ou então sou eu que não percebo nada disto. Hipótese que, obviamente, não descarto.



Paranóicos!

Kruzes Kanhoto, 05.08.15

Começa a ser preocupante a paranóia em relação aos animais. As histórias sucedem-se e, em cada uma, a apreciação feita por uma franja significativa da população é mais radical que na anterior. Tudo devidamente amplificado pela comunicação social e pelas novas tecnologias a que qualquer matarruano tem acesso.

A vida de um animal e de uma pessoa são colocados no mesmo patamar. Chega-se a exigir – pasme-se – a pena de morte para o idiota que matou um leão numa caçada em África. Quando cães atacam e mutilam pessoas defende-se o animal e culpa-se o ser humano. Se alguém ousa manifestar o seu desagrado pela presença próxima de bichos de estimação em locais onde o seu acesso não é permitido, é ferozmente atacado como se o prevaricador fosse ele e não as bestas dos donos dos animais. Pior do que isso. Começa a ser problemático emitir opiniões contrárias a este estado de coisas. Ameaças e insultos é o que espera quem se atreve a contrariar o pensamento vigente. A mim foi coisa que nunca me incomodou. Pelo contrário. Ainda que, obviamente, a minha opinião não interesse a ninguém, nem represente outros interesses que não os meus, jamais me calarei.

Nos próximos posts, se me apetecer, voltarei ao tema. Se possível abrilhantados com com exemplos do que escrevi acima. Com nomes e fotos. Só porque sim.

Vá, ide, perguntai ao António Costa o que tem contra os funcionários públicos.

Kruzes Kanhoto, 03.08.15

Bolas, bolas, bolas! Logo a única promessa socialista – entre aquelas mais conhecidas - com que me sentia tentado a concordar não vai, afinal, trazer-me qualquer beneficio. Refiro-me aquela coisa da redução da TSU. Que, pensava eu e pelos vistos quase toda a gente, seria aplicável igualmente aos descontos dos funcionários públicos para a CGA. Pois diz que não. Mas isso, caso o PS ganhe e avance com a ideia, ainda vai ser assunto para o Tribunal Constitucional decidir. É que, assim de repente, não estou a ver a equidade entre dois funcionários públicos que ganhando exactamente o mesmo descontam valores diferentes...

Tendo a concordar com esta proposta socialista não pelo facto de achar que, dali, vai resultar algo de bom para a economia, o crescimento do PIB ou outros chavões quaisquer. A minha concordância – ainda que hesitante – tem mais a ver com a ausência de utilidade da contribuição que faço para o sistema de pensões. No pequeno universo da entidade pública onde laboro, no tempo onde a reforma era igual ao último vencimento, não chegam os dedos dos pés e das mãos para contar os casos de todos os que foram promovidos a escassos meses de se aposentaram para, assim, gozarem de uma pensão substancialmente superior. Prática muito comum, à época. Ora se a contribuição dos actuais trabalhadores serve para manter intocáveis essas reformas e se os futuros reformados apenas auferirão, com sorte, uma pensão equivalente a um terço do seu vencimento, só alguém com um espírito ultra-mega-hiper altruísta concordará em continuar a privar-se de uma parte substancial do rendimento. Que, no caso, nem é para dar aos pobres e necessitados.

Telhado ecológico

Kruzes Kanhoto, 02.08.15

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Depois do aquecimento de água através da energia solar também, desde esta semana, cá por casa já se produz electricidade. Pouca, diga-se. Apenas a suficiente para manter a funcionar, durante as horas em que o sol incide no painel, os equipamentos que estão permanentemente ligados à corrente. Que isto de fornecer energia de borla à rede não é coisa que me assista. Nem a minha veia de ecologista é assim tão forte. Estou, reconheço, muito mais preocupado com a carteira.

Vantagens de um Estado social fraquinho

Kruzes Kanhoto, 01.08.15

Admito que exista uma explicação muito lógica para esta coisa dos migrantes. Eu é que tenho alguma dificuldade em a entender. Não percebo por que raio quer aquela gente entrar a todo o custo na Europa. Nem, menos entendo ainda, a sua fixação pelo Reino Unido. Faz-me espécie que aquele pagode, muçulmanos na sua esmagadora maioria, não prefira antes emigrar para a Arábia Saudita ou para os reinos ali à volta onde o dinheiro jorra das areias,

Parece-me pouco plausível que procurem o Ocidente que tanto criticam, cujo modo de vida abominam e onde insistem em manter os costumes selváticos que trazem dos países de origem. Atendendo às suas crenças, a adaptação seria muito mais fácil, o problema da integração não se colocaria, jamais seriam vitimas de discriminação ou racismo, teriam um nível de vida substancialmente superior e os sacrifícios suportados para chegar ao seu “el dorado” seriam incomensuravelmente menores. Também as criticas aos governos europeus, por não acolher todos os que demandam a Europa, se afiguram manifestamente desajustadas. O alvo deviam ser os países árabes desenvolvidos e ricos que desprezam toda esta gente.

O modelo de Estado social britânico é, provavelmente, a razão deste fluxo migratório. Gerações sucessivas vivem à conta dos contribuintes, sem conhecer o conceito de trabalhar para viver, e isso é motivo mais do que suficiente para atrair multidões de pobres, mandriões e trapaceiros diversos. É por isso que não nos procuram. Mesmo os que a “solidariedade” traz até cá, zarpam assim que podem. E ainda bem. Felizmente o nosso Estado social é pobrezinho.

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