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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

As cerejas da crise

Kruzes Kanhoto, 21.05.15

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Alguns prognósticos mais pessimistas apontavam para a impossibilidade de me engasgar com os frutos desta árvore. Seria, digo eu, uma maneira de insinuar que poucas ou nenhumas cerejas daqui iria colher. Mas, contrariando esse vaticínio, tudo aponta para que este ano, mais uma vez, as previsões acerca da esterilidade da cerejeira cá do quintal tenham sido manifestamente exageradas.

Uma ameaça alada paira, no entanto, sobre a colheita. Melros. Mais que muitos. Uns quantos, desconfio, com ninho instalado nas cercanias. É o que dá a parónia, actualmente em voga, acerca da alegada protecção de tudo o que esvoace, rasteje ou tenha pernas e não seja humano. A continuar assim, pouco me admira que um dias destes o cenário daquele celebre filme do Alfred Hitchock se concretize.

Fica-lhe bem a franqueza!

Kruzes Kanhoto, 20.05.15

A coerência e a honestidade ficam bem a toda a gente. Nomeadamente ao políticos. Que, como se sabe, são uma espécie a quem estes valores não dizem grande coisa. Por contrariar esta prática e dizer com toda a convicção ao que vem, o líder parlamentar do PS mostrou claramente que a seriedade também pode existir na politica. Garante o senhor que defende para Portugal – e o partido que representa também, parece licito concluir – os mesmos princípios e os mesmos valores que defendia há quatro anos. Ou seja, o que contribuiu para a intervenção da troika, a falência do país e, em suma, tudo o que nos trouxe até este triste estado de coisas. Ainda bem que avisa. Não é que não desconfiássemos mas, assim, apenas os distraídos  – daqueles mesmo muito distraídos – é que vão votar do Partido Socialista.

Há mesmo necessidade de levar o cão para a praia? Ou é só uma estranha forma de exibicionismo?

Kruzes Kanhoto, 19.05.15

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Estou como o outro da estória da batata frita. Cada coisa no seu lugar. E o lugar dos cães não é na praia em ameno convívio com as pessoas como se fossemos todos da mesma espécie. Por alguma razão é proibido, sendo que essa proibição é bem visível nos acessos a todas as praias. Nada que importe a umas quantas bestas. Lá por entre eles e os bichos ser tudo ao molho e fé em Deus, não quer dizer que no espaço público tenha de ser assim. Mas destes não querem as autoridades saber...

A idade do pombo

Kruzes Kanhoto, 18.05.15

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Duas noticias das últimas horas deixaram-me particularmente inquieto. Ambas envolvem idosos e retratam duas situações de penúria.

Uma refere-se às dificuldades de um velhote inglês que, coitado, teve de recorrer ao trafico de bebidas alcoólicas - que alegadamente revendia aos outros utentes do lar de idosos onde estava instalado – para conseguir suportar os encargos com as prostitutas que, amiúde, contratava. Para ele e para os amigos. Generosidade que a direcção do lar não apreciou e que o levou a ser expulso da instituição.

Outra elucida-nos acerca do montante que auferirá de reforma um conhecido maestro português. Duzentos e oitenta e oito euros mensais. Uma vergonha. De tal forma que o senhor terá de sair para “caçar” se quiser sobreviver nesta “badalhoquice” de país. Não se faz, de facto, uma coisa destas a tão grande vulto da cultura nacional.

No primeiro caso é de elogiar o dinamismo revelado pelo velhote. Precisava de algo que não conseguia pagar mas, não desistiu, foi à luta e obteve aquilo que pretendia. Um exemplo que as gerações mais novas deviam seguir. Ainda que, evidentemente, dando melhor uso aos proveitos obtidos.

O segundo é mais um exemplo da lusitana lamechice. As reformas são proporcionais ao que se desconta e para receber uma quantia tão irrisória é porque também não descontou grande coisa. Prática muito comum entre os chicos-espertos. Um bom exemplo, também, daquilo que não se deve fazer. E depois o “badalhoco” é o país...

 

Alegrai-vos despesistas!

Kruzes Kanhoto, 17.05.15

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Depois de uma paragem de cerca de três anos voltaram as obras ao IP2 entre Évora e Castro Verde. Para gáudio dos que acham que o país deve ser um estaleiro permanente, daqueles para quem betão e desenvolvimento são sinónimos e dos despesistas em geral. Não digo que, num ou outro ponto do referido itinerário, a interrupção decretada há quatro anos não tenha criado situações de potencial perigo para os automobilistas e que a sua conclusão se impunha por questões de segurança. O pior é que, na generalidade dos casos, as intervenções iniciadas no tempo do delirante governo socialista pouco ou nada acrescentam à qualidade da estrada. Vamos ter, isso sim, é muito mais quilómetros de vias paralelas e viadutos a desnivelar entradas e saídas de e para lugar nenhum.

Pode ser que a moda pegue...

Kruzes Kanhoto, 15.05.15

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Ter uma ovelha como animal de estimação é, digamos, uma coisa a atirar para o esquisito. Colocar-lhe uma fralda, também. Mas, quanto a esta última parte, a esquisitice é de louvar. Se os donos dos canitos fizessem o mesmo teríamos um país muito mais limpo.

Que merdas é que andam a fumar em Guimarães?

Kruzes Kanhoto, 14.05.15

Não sei se o glorioso vai ou não festejar o titulo de campeão no próximo Domingo. Nem, sequer, imagino se vai chegar a comemorar o quer que seja nos dias, semanas ou meses que se avizinham. Sei apenas que ouvi e li as declarações de uns quantos mentecaptos – alguns com mais responsabilidade que o comum adepto - garantir que não permitiriam festejos benfiquistas em Guimarães. Como se as bestas, aquelas ou outras, fossem donos da vontade dos outros cidadãos. Adeptos do Benfica ou de outro clube qualquer. Havia de ter piada se, por exemplo, os socialistas de Estremoz fossem proibidos de festejar aqui a vitória nas próximas eleições legislativas só porque a Câmara é de outra cor completamente diferente... Mas isto está tudo parvo ou quê?!

Desacordo!

Kruzes Kanhoto, 13.05.15

Não estou de acordo com essa coisa do acordo ortográfico. Nem me sou submeter a regras parvas que quantos iluminados se lembraram de inventar. O corrector do Writer ainda está configurado para o português correcto e qualquer actualização que se proponha instalar um dicionário com a nova forma de escrever será liminarmente rejeitada. Para mim o “trânsito não para para ela passar”. Micto para essa cambada!