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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

O homem do bloco

Kruzes Kanhoto, 28.02.15

Na posse do seu inseparável bloco é visto com regular e preocupante frequência nos locais e horários mais improváveis.

Ao certo ninguém sabe o que aponta nem as notas que toma. E, ainda menos, para que servem. São poucos os que sabem o que faz. Desenvolve iniciativas garantem alguns. Promove sinergias juram outros. Os mais brincalhões asseguram que compra tudo feito.

Sabe-se contudo que, seja lá o que for, o faz correndo riscos. Daqueles que fazem perigar a integridade física. Principalmente a sua. Há quem garanta que o nosso homem teve mesmo de efectuar já uma ou duas retiradas estratégicas. Tudo alegadamente, claro.

Certezas apenas que não é de esquerda. Nem consta que escreva em qualquer jornal.

Estacionamento tuga

Kruzes Kanhoto, 28.02.15

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Apesar do Rossio Marquês de Pombal, em Estremoz, ser uma das maiores praças do país, ainda assim é pequena para alguns artistas do estacionamento, para quem os dez centímetros de altura do lancil não são suficientes para retirar o prazer de estacionar na relva.

Austeridade e falta de memória

Kruzes Kanhoto, 28.02.15
Convém recordar aos mais esquecidos que a austeridade não começou com o Parvus Coelho. Talvez tenha é atingido a esmagadora maioria dos actuais indignados durante o seu governo. Foi no governo do Partido Socialista – de que António Costa era o número dois – que foram tomadas algumas medidas profundamente injustas. Lembro, só a titulo de exemplo, o corte no abono de família a quem ganhava o fantástico ordenado de setecentos euros. Medida que não suscitou nenhum pedido de inconstitucionalidade, ao contrário que sucedeu quando os atingidos pelos cortes foram aqueles que detinham rendimentos bem superiores. Mas percebe-se. Isto há que atender aos que conseguem fazer mais barulho.
Por mim sou e sempre foi contra este tipo de politica. Está escrito nas páginas deste blogue. E também de outros. Onde, por causa desta posição aqueles que agora se indignam com as medidas austeritárias e que antes as defendiam com a mesma arrogância com que agora as criticam, já me chamaram de tudo. Menos pai, acho eu.  

Pilha galinhas

Kruzes Kanhoto, 28.02.15

Ao contrário de outras localidades, Estremoz não apresenta ainda problemas sérios de criminalidade. À excepção de alguns conhecidos "pilha-galinhas", indivíduos cuja propensão para cobiçar os bens alheios parece ser uma partida da genética, não existem por cá meliantes em quantidade, nem qualidade, para fazer desta terra um lugar inseguro. Não obstante este estado de coisas, começam a ser preocupantes alguns comportamentos de um certo grupo de cidadãos. E chamemos-lhe assim para não ferir susceptibilidades, porque ser cidadão pressupõe respeitar as regras da cidadania. Coisa que os seres em causa nem desconfiam o que seja. Vá lá saber-se porquê, o aglomerado de pessoas em espaço fechado parece provocar nessas criaturas o estranho desejo de embirrar com quem lhes está mais próximo e encontrar um pretexto para provocar conflitos. E estes, os conflitos, podem ter resultados muito mais trágicos do que a fuga de umas quantas galinhas da capoeira de uma qualquer vizinha.

A oração, a missa e a sesta.

Kruzes Kanhoto, 28.02.15

Sabe-se que, mesmo quando trabalham nos países ocidentais, os muçulmanos interrompem a laboração várias vezes ao longo do dia para as suas orações. De rabo para o ar e virados para Meca, como também se sabe. A moda parece estar agora a chegar ao cristianismo. De tal forma que parece haver cristãos que tiram algum tempo do seu dia de trabalho para assistir, ou "fazer" como agora se diz a propósito de tudo, uma missinha. Cá por mim acho muito bem. Tal como se pretende institucionalizar um período para a sesta, coisa que segundo dizem revigora o corpo apesar de deixar na boca um sabor a papéis de música, porque não reservar também um tempinho para as coisas do espírito?

Vernissages

Kruzes Kanhoto, 27.02.15

Vá lá saber-se porquê, uma distinta e honorabilissima organização de carácter social e humanitário insistiu durante algum tempo em convidar-me para as suas "vernissages". Logo a mim. Um gajo sem cultura geral, que só lê "A Bola" e, mesmo assim, apenas quando o Benfica ganha. É por isso que, apesar da gentileza do convite, sempre dignifiquei as vernissages com a minha ausência.

Diz que é uma espécie de racismo positivo

Kruzes Kanhoto, 27.02.15

Diz-se, mas provavelmente será mentira, que os membros de uma minoria étnica fortemente implantada entre nós, apesar de conduzirem tão mal como os restantes portugueses, não pagam multas de trânsito. Ou raramente o fazem. Consta que haverá - coisa em que não acredito - alguma relutância em autuar esses cidadãos, que como todos sabemos são pessoas educadas, com boas maneiras e que irradiam simpatia, respeito pelos outros e pelas leis do país. No entanto, se por um infeliz acaso algum deles é detectado, com o seu Mercedes, BMW ou outro veiculo topo de gama, a cometer uma infracção e o agente não pode de todo em todo "fechar os olhos", o autuado é, ao que parece, de imediato informado, pelo próprio autuante, que deve dirigir-se à primeira assistente social que encontrar para que esta ateste a sua condição de pobreza por forma a que a multa seja considerada sem efeito. Diz-se, mas provavelmente será mentira. Até porque a ser verdadeira, esta situação de clara discriminação, há muito que teria merecido a denuncia de organizações como o SOS Racismo, do Bloco de esquerda e de outras associações de defesa das minorias.

Rivalidades

Kruzes Kanhoto, 27.02.15

A rivalidade entre vizinhos, sejam pessoas, localidades ou instituições, sempre existiu e, a menos que surge uma significativa mudança no comportamento humano provocada pelas alterações climáticas ou qualquer outro problema da moda, continuará a existir enquanto o homem povoar o planeta.

Argumentarão alguns que essa rivalidade é salutar e mostra que as pessoas amam aquilo que é seu e valorizam-no aos olhos dos outros. Pode ser. No entanto o passado ensina-nos que esse sentimento nunca trouxe nada de bom.

Não faz por isso qualquer sentido que se fomentem estas rivalidades, principalmente quando os motivos para rivalizar são pouco mais que ridículos e não vão além da mercearia que fia mais que a outra, da tasca da esquina que tem os melhores coiratos dos arredores ou do campo de berlinde que tem os buracos mais fundos.

IRS ao fundo

Kruzes Kanhoto, 27.02.15

Numa iniciativa aparentemente simpática, alguns municípios tem vindo a reduzir a sua participação no IRS, aliviando assim os contribuintes residentes na sua área de jurisdição de algumas dezenas ou, conforme os rendimentos ou o valor da redução, centenas de euros.

Esta medida não se deve ao facto de os cofres municipais estarem sem espaço para acomodarem mais notas nem, ao que se sabe, à situação financeira das autarquias ter evoluído de tal forma que exista um excedente de receita.

O argumento mais frequentemente utilizado é o do combate à desertificação e à necessidade de fixar população ou, até mesmo, chamar novos habitantes seduzidos com uma redução do imposto que pode chegar até ao cinco por cento.

A bondade desta medida não poderá ser constatada a curto prazo. Parece no entanto pouco provável que os jovens, terminados os estudos, se fixem na sua terra se esta em vez de emprego apenas tiver para lhes oferecer uma redução de impostos. Ou que um trabalhador, daqueles que pagam impostos, faça a sua opção profissional em função dessa variante.

Arrisco-me a prever que esta medida pode quando muito contribuir para fazer retornar à sua terra, em termos de morada oficial, um ou outro reformado que em busca de melhores condições de vida, ou simplesmente porque lhe apeteceu, a abandonou enquanto jovem.



Colinho e palmadas no rabiosque

Kruzes Kanhoto, 26.02.15
Na comunicação social escrita, falada e televisionada reina um estranho consenso em redor de dois assuntos. O governo e o Benfica. Relativamente ao primeiro não há comentador – ou são raríssimos – que não desanque em todos os ministros e em cada medida que o governo toma ou deixa de tomar. Isto enquanto, na falta de opositores de jeito cá dentro, vai endeusando o Syriza, o Tsirpas e o Varoufakis. Gente de reconhecida competência, prestes a passar a certidão de óbito ao país que lhes confiou o poder. Mas isso é lá com eles. São gregos, entendam-se.
Também o Benfica, para os jornaleiros e comentadeiros de serviço, constituiu uma espécie de saco de pancada. Principalmente desde que perceberam que o lagartedo, como é hábito, não vai a lado nenhum e o clube do putedo, apesar dos charters de espanhóis e dos contentores de euros despejados no estádio do Ladrão, está a ter dificuldades inesperadas para ganhar alguma coisa.
Quanto ao Benfica tenho a certeza que a canzoada a quem é dado tempo de antena na comunicação social não convence ninguém. Já quanto ao governo não sei. Mas ou muito me engano ou ainda é capaz de provocar efeitos contrários ao pretendido. É que isto às vezes tanto se bate no ceguinho que a malta fica com pena...





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