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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Uns malvados, esses banqueiros manhosos...

Kruzes Kanhoto, 30.06.14
Tenho dificuldade em aceitar que muitos dos que estão hoje mega- endividados sejam pessoas com fraca literacia financeira. Umas vítimas da voracidade do sistema bancário como, quase sempre que se fala nestes assuntos, nos pretendem fazer acreditar. Mas não são nada disso. Antes pelo contrário, sabem-na toda.
A evidência do seu esclarecimento acerca destes assuntos manifesta-se pelo recurso a financiamento junto de instituições financeiras que a generalidade dos cidadãos nem desconfia que existam. Algumas nem sequer fazem publicidade em Portugal. Eu, que não me considero mal informado de todo quanto a estas matérias, nunca ouvi falar de sociedades de crédito que, com inusitada frequência, aparecem a reclamar as dividas deste pagode. Como a AOF4 sarl, por exemplo.
Convenhamos que, para iletrados financeiros, estão muito bem informados quanto às opções de mercado. Um conhecimento, em muitos casos, inversamente proporcional à vontade de pagar.

Estacionamento tuga

Kruzes Kanhoto, 29.06.14

Comose não bastassem as horríveis barracas de lata, que vá lásaber-se porquê uns quantos totós insistem em considerar típicas,tornou-se moda recente estacionar nesta zona pedonal. Como se numdomingo, na buliçosa cidade de Estremoz, não houvesse lugar paraestacionar o chaço. É por estas e por outras que me apetece dizer:Volta “Sandokan”, estás perdoado! 

De uma ou outra forma será sempre uma espécie de matadouro...

Kruzes Kanhoto, 27.06.14

Não gosto de touradas. Por nada de especial. Simplesmente não gosto. Mas detesto muito mais os anti-taurinos. E em relação a esses tenho muitos motivos para os detestar.
A juntar a todos as outras deram-me, por estes dias, mais uma razão para desprezar a actuação dessa gente. Não se cansaram, na época, de manifestar o seu gáudio pela decisão do parlamento catalão de proibir as touradas. Consideraram, até, estarmos perante um avanço civilizacional. Contudo, estranhamente, ninguém os ouve protestar contra a transformação da praça de touros de Barcelona numa mesquita. A maior da Europa, ao que se diz. Nem, provavelmente, encaram isso como um retrocesso da civilização ocidental. O mais certo é nem se importarem.
Vão ver, algumas activistas da causa anti-touradas, sempre tão preocupadas com o que acontece aos bois, até terão alguma compreensão pela forma como os islâmicos tratam as mulheres. Ou, pelo menos, olham para o tema com indiferença. Trata-se de algo que acontece lá longe e, portanto, acharão que não lhes diz respeito. Por enquanto. O pior é que eles estão aí. À nossa porta.

E depois há crise, pá....

Kruzes Kanhoto, 26.06.14

Por altura dos santospopulares a sardinha – daquela fresca, acabada de pescar- chegou a ser transaccionadaem lota a vinte cinco euros o quilo. Também a congelada atingiuvalores dignos de peixe realmente bom. Presumo que esta súbitacarestia tenha a ver com a inusitada procura ou a eventual escassez.Mas, seja um ou outro o motivo, isso traduziu-se na venda ao público,nos muitosarraiais populares,a valores médios de um euro e meio a unidade. Ainda assim vendeu-setudo. Oque quererá dizer, mas isso sou eu a especular, que se calhar acrise, a austeridade, a perda de poder de compra e, em suma, adesgraça, não são exactamente o que por aí se pinta...

Crime, disserem eles. Uns quantos socialistas, no caso.

Kruzes Kanhoto, 25.06.14
Numa tirada à “Capitão Obvious”, um grupo de notáveis socialistas, conhecidos pelas criticas que teceram ao governo de José Sócrates, divulgou um manifesto onde consideram que o regresso ao poder dos mesmos que conduziram Portugal para o desastre seria um crime contra a nação portuguesa.
Verdade que o criminoso volta sempre ao local do crime. Tão verdade como a tralha socrática e guterrista estar toda a posicionar-se para o assalto ao pote. Mas, se tal ocorrer como eu acredito que aconteça, os “criminosos” não serão apenas os que regressarem ao poder. Serão todos os que contribuírem para os eleger.

Querem "escala"?! Eu digo-lhes onde podem arranjá-la...

Kruzes Kanhoto, 24.06.14
Considero-me um gajo tolerante relativamente ao disparate. Até porque, reconheço, sou um exímio praticante da arte de disparatar. Mas perante opiniões disparatadas de gente que tem a sua própria opinião em grande conta – como se fosse a detentora da verdade e todos os outros uma cambada de parvos – os meus níveis de intolerância disparam para valores que se aproximam perigosamente da vontade de ver o opinador falecer.
Vem isto a propósito de umas quantas criaturas que defendem a extinção dos municípios com reduzido número de habitantes. A quantidade de habitantes, abaixo da qual não se justifica a existência desta unidade administrativa, vai variando de acordo com a forma, mais ou menos radical, que o defensor da ideia olha para o assunto. Dez mil parece ser um número vagamente consensual.
Admito que, num ou noutro caso, até podem ter razão. Haverá, concedo, vários municípios com tão pouca população que podiam perfeitamente ser agregados ao concelho vizinho. Embora a poupança daí resultante fosse meramente residual. Se essa gentinha quisesse poupar à séria tratava era de propor a fusão, por exemplo, do Porto e Gaia, ou Porto e Matosinhos, ou Amadora, Odivelas e Loures, ou Barreiro, Montijo, Seixal e Alcochete ou Cascais, Oeiras e Sintra. Isso é que, sem prejuízo absolutamente nenhum para as respectivas populações, gerava essa coisa da escala ou lá o que é. Lixava era “tachos” como o caraças. O que seria uma chatice. Até para certos opinadores.

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