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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Revolução?! Agora não me dava jeito nenhum. Talvez lá mais para o Verão...

Kruzes Kanhoto, 31.01.14
É, de certeza, culpa minha e da manifesta incapacidade que evidencio para perceber a postura dos portugueses perante a situação que vivemos. Os apelos a uma revolução, como frequentemente o fazem algumas figuras de relativo relevo na sociedade, são de entre as coisas parvas que todos os dias se dizem as que me deixam mais perplexo. Sim, façamos a tal revolução. Seja lá o que for que isso quer dizer. E a seguir? Os nossos problemas ficam resolvidos? Se calhar não. O dinheiro não brotará das pedras, os empregos não vão aparecer do nada e os corruptos vão continuar a andar por aí.
Este tipo de mentalidade vem, essencialmente, daqueles que viveram o 25 do A. Principalmente tudo o que se seguiu. São, na sua maioria, pessoas com idade para ter juízo e que deviam possuir a clarividência necessária para fazer uma análise critica ao que foram as consequências desse período catastrófico. Rebentaram com o incipiente tecido produtivo, estoiraram as finanças públicas e puseram o país à beira da guerra civil. Mas, pelos vistos, não lhes bastou. Querem fazê-lo de novo. Alguém que os interne, se faz favor!

Ou é cão ou cadela. Não há cá menino ou menina. Certo, suas bestas?!

Kruzes Kanhoto, 30.01.14
Estecanito, a quem desde há muito - por desconhecer a sua graça - chamoObama, estava hoje com este penteado todo janota. O que contribuiupara me suscitar a inquietante questão se ele, afinal, não é ela. Talvez um destes dias tire a coisa a limpo e indague a dona acerca do sexo do bicho. Sim, sexo, porque isso do género é tãoestúpido como aquela malta idiota que, referindo-se a um cachorro, pergunta se é menino ou menina.


Nota:O cão é todo preto. A zona pintada a branco destina-se, obviamente,a proteger a identidade do animal.

A inveja é uma coisa muito feia...

Kruzes Kanhoto, 29.01.14
Adecisão do Município de Tomar no sentido de conceder um dia por mês de tolerância de ponto aos seus funcionários está a motivar,como seria de esperar, um chorrilho de comentários, na sua maioriadisparatados, em tudo quanto é sitio onde se pode expressar opinião.Por algum motivo que me escapa esta medida está a deixar irritadauma imensidão de gente. Gente que, diga-se, em nada é afectada comesta opção do município nabantino. O atendimento ao públicoestará assegurado, os serviços essenciais estarão a funcionar e,daqui, não resultará mais despesa para a autarquia. Assim sendo nãoparece que isto prejudique seja quem for, nomeadamente os muitosofendidos que por aí pululam. A esmagadora maioria dos quais, secalhar, nem nunca pôs as patas naquela cidade.
Curiosamente,ou talvez não, uma outra noticia que refere a contratação – essasim geradora despesa pública - de dezoito psicólogos e doisterapeutas da fala, por uma autarquia do norte do país, merece umainusitada quantidade de elogios. Não que a ideia de ter todos osmiúdos, de todas as escolas primárias do concelho, a seracompanhados por estes técnicos não seja meritória. Ao nível,acredito, a que poucos países desenvolvidos e que não passam porproblemas sequer comparáveis aos nossos se poderão dar ao luxo.
Quero,com esta comparação, sublinhar que por cá continuamos a não nospreocupar com isso da crise, da falta de dinheiro e do esbanjamento.Pouco nos importa que o nosso dinheiro seja esturrado por políticoslunáticos. O que não admitimos é que outros tenham melhorqualidade de vida que nós. Mesmo que isso em nada prejudique anossa. Tal coisa, no meu dicionário, chama-se inveja.

Os javardões que paguem a crise!

Kruzes Kanhoto, 28.01.14

Desconheçose entre os poucos leitores deste blogue se encontra algum autarca.Provavelmente não. Têm todos coisas mais interessantes para fazer.Sejam elas – as coisas – quais forem e por mais difíceis deidentificar que se revelem. Mas isso, para o caso, interessa pouco.Deixo a mensagem na mesma, na expectativa que algum politico de umaqualquer autarquia um dia por aqui passe. Pois que, em lugar de selamuriarem com a falta de verbas e dos cortes nas transferências doEstado, ponham os olhos na imagem que documenta este post e verãoque têm um manancial de recursos quase ilimitado. Isto enquanto,simultaneamente, zelam pela saúde dos seus eleitores e poupamdinheiro com a limpeza urbana. Não precisam de ter medo de perder aseleições. Os cães – ainda – não votam e a maioria doseleitores não gosta de pisar dejectos. É que, não sei se sabem, quando por azar issoacontece não é ao Passos Coelho que chamam nomes... 

O perigo é uma coisa muita fixe. Radical, até.

Kruzes Kanhoto, 27.01.14
Muito se tem dito e escrito a propósito das praxes académicas na sequência das trágicas mortes ocorridas na praia do Meco. Até demais, diria. Trata-se, afinal, de um grupo de pessoas maiores de idade e no pleno uso de todas as suas faculdades mentais, que numa noite em que era esperada a maior agitação marítima dos últimos anos entendeu por bem ir fazer coisas parvas para a beira-mar. Numa zona que, aquela hora, estava sob alerta vermelho da meteorologia, recorde-se.
Este tipo de comportamento de risco e o especial apreço que os portugueses demonstram por actividades estúpidas é um legado que sabiamente é transmitido de geração em geração. Basta estar atento à comunicação social para constatar que, às primeiras noticias de mau tempo, uma legião de papás trata de enfiar os fedelhos no automóvel e, indiferentes ao risco e aos avisos das autoridades, enfrentam um conjunto de perigos para chegar ao topo da serra da Estrela. Tudo para que o Martim, o Tomás, a Carlota ou a Vanessa Marisa vejam uma porção de terreno coberta de neve onde podem dar uns trambolhões. Depois admiram-se que, uns anitos mais tarde, a rapaziada se queira divertir na praia em noites de temporal e com ondas de dez metros.

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