Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Dia mundial da poupança

Kruzes Kanhoto, 31.10.13


Quandose assinala o dia mundial da poupança as noticias não são asmelhores para quem procura manter o hábito de poupar. Isto porque ogoverno prepara-se para voltar a mexer nos nossos bolsos. Área que,diga-se, domina na perfeição e onde os membros que o integramrevelam uma imaginação verdadeiramente prodigiosa. Desta vez osalvos são os descontos, as promoções e os cartões de fidelizaçãodas principais cadeias de distribuição. É que isso de ficar commais uns euros na algibeira – ou gastá-los no que mais lheaprouver - choca frontalmente com o esforço do Parvus &Companhia para reduzir a cinzas o poder de compra do pagode.
Oargumento utilizado – algo relacionado com as relações entreprodutores e comerciantes – constitui um disparate. Primeiro porqueo Estado, até pela doutrina vigente, deve limitar ao mínimo a suaintervenção na economia – sempre que o faz as coisas pioram – edepois porque ao alegadamente pretender proteger os produtores emdetrimento dos consumidores acabará, mais cedo do que tarde, porprejudicar quem produz. Mas esperar que a gaiatagem a quem o paísestá entregue perceba isso é ter as expectativas demasiadoelevadas.

Incumpridores

Kruzes Kanhoto, 30.10.13


Alei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso é, seguramente, a leimais odiada pelos autarcas. Só porque – veja-se bem o desplantedestes governantes de direita – não permite que os organismospúblicos, sejam eles quais forem, gastem o dinheiro que não têm.Daí que alguns a ignorem liminarmente e que outros arranjemesquemas, mais ou menos mirabolantes, para a contornar.
Nosite de uma rádio da região está disponível uma informação,veiculada pelo novo executivo municipal lá da terra, dando conta dasituação da autarquia relativamente ao cumprimento daquela lei.Donde, sem grandes surpresa, se pode constatar que aquela Câmara nãoestará – ou estaria - a cumprir as determinações legalmenteestabelecidas quanto à assunção de compromissos. Mas o pior,embora já bastante grave, nem é isso. Espantoso é que o Municípionão surja na lista de incumpridores divulgados pela Direcção-Geraldo Orçamento. Convinha era que os contribuintes soubessem porquê. 

De um estudo que durou sete anos saiu isto?!

Kruzes Kanhoto, 29.10.13
O governo – ou alguém por ele – anunciou que vai produzir legislação no sentido de regulamentar a posse de animais domésticos. Nomeadamente por quem reside em apartamentos. Ou mesmo em vivendas desde que não isoladas. Escusado será dizer que acho muitíssimo bem.
Lamentável é que, provavelmente, vai-se desperdiçar uma oportunidade de legislar a sério sobre a matéria. Permitir dois cães ou quatro gatos por residência, ainda mais quando se trata de condomínios, ainda constitui uma aberração. Isto se, como é expectável, o lobbie dos animaizinhos não conseguir elevar o número para o dobro.
Ter um bicho destes em casa é uma evidente falta de higiene. Por mais que se procure negar esta evidência. E se dentro de quatro paredes isso é lá com eles já para os restantes habitantes de um prédio ou - em maior escala - de uma cidade, não é assim. Há, por isso, que impor regras. Sem medos.
Também muito se escreveu e disse sobre a proibição de fumar em locais fechados e hoje, todos reconhecemos, tratou-se de uma excelente decisão. O mesmo acontecerá com medidas como a que agora se anuncia. É tudo uma questão de hábitos. Bons, espera-se.

Que gente tão boazinha

Kruzes Kanhoto, 27.10.13
O facto de milhares de pessoas partilharem esta imagem é, no mínimo, comovente. Mostra que ao contrário do que acontece comigo são pessoas sensíveis e com bom coração. Fofinhas, vá. Embora pareçam pensar mais com o rato do computador do que com a cabeça.
Pois eu não partilho, não apoio e acho esta ideia absolutamente parva. Já existe acção social escolar que chegue. Os meninos carenciados tem livros, material escolar, alimentação e transporte à borla. Ou a preços reduzidos. Bem vistas as coisas, até aqueles que não terão grandes carências beneficiam do sistema. Basta que um ou outro “item” se enquadre em determinados critérios esquisitos que apenas a malta do social e da educação entende. Ser de etnia cigana ou filho de mãe solteira ou divorciada, por exemplo, dá logo direito a apoio social. Mesmo que chegue à escola num automóvel topo de gama ou a mamã ganhe mil e duzentos euros por mês.
Por isso deixem-se de tretas. Quem puder pagar que pague. Quem não puder que seja ajudado na medida das suas necessidades. A vida custa a todos e gente a mamar já existe em demasia. Mas se quiserem continuar a ser parvos estão à vontade para partilhar tão comovente imagem lá no facekoiso...

Onde estão estes manifestantes sempre que se anuncia mais despesa?!

Kruzes Kanhoto, 26.10.13

Ondeestavam estes canalhas no 25 de Abril de 1974?” perguntava-se numcartaz passeado em Lisboa durante a manifestação de hoje. Oscanalhas serão, adivinha-se, as actuais governantes. Onde estavam,parece-me, não interessará muito. Até porque, nessa data, amaioria deles não passavam de uns pirralhos. Seria, digo eu, muitomais interessante saber onde estava toda esta gente, que agoraprotesta, quando os governos da época decidiram construir osestádios do Euro, as autoestradas onde ninguém passa ou adistribuição generalizada de dinheiro pelos mais variados sectoresda sociedade. A aplaudir o Guterres e o Sócrates, quase de certeza.Ou a babar-se de entusiasmo com tanto desenvolvimento, pelo menos.

Frutos da crise

Kruzes Kanhoto, 24.10.13

Morangos,no quintal cá de casa, e romãs, na propriedade agora a modos queconcessionada, são os únicos comestíveis de produção própria emcondições de serem consumidos. A agricultura da crise está,portanto, mais ou menos num interregno. Pelo menos no que dizrespeito a colheitas. As sementeiras, em virtude da concessão dacourela, vão cingir-se ao logradouro. Logo que as condiçõesclimatéricas, manifestamente adversas nos últimos dias, o permitam.Isto no caso de se verificar, para além do elemento meteorológico,uma conjugação de outros factores. Nomeadamente que a minhaaversão ao acto de cavar seja ultrapassada. De forma temporária,claro.

Pág. 1/5