Ainda vou ter de replantar as couves...
Kruzes Kanhoto, 30.10.12
Da discussão do orçamentodo Estado, que hoje começou na Assembleia da República, apenas acompanhei apenasa intervenção da ministra Cristas. Aquela do ministério do mar, da agriculturae de mais outras coisas igualmente relevantes. Talvez por, no entretanto, estarempenhado em devorar o lanche – a fomeca é lixada - não me recordo de nada doque a criatura disse. O que não se afigura preocupante porque a senhora,presumo, nada deve ter dito de importante.
O que me deixoupreocupado foram as intervenções seguintes. Nomeadamente de um deputado que lamentavao facto de Portugal ir perder não sei quantos milhões de euros em financiamentoscomunitários para a agricultura. Mais um que ainda percebeu que fundoscomunitários são despesa e que obrigam a derreter o dinheiro que não há. Que umqualquer borra-botas – como eu, por exemplo – pense assim ainda vá, agora umdeputado, que em princípio será um gajo inteligente, não perceber isso é que jáme parece esquisito…
Pelo contrário, o oradorseguinte – do bloco de esquerda, pareceu-me – mereceu o meu mais veemente e entusiásticoaplauso. Criticava o senhor a falta de dotação orçamental para o combate àspragas que afectam a agricultura. Tem toda a razão. As minhas couves são oexemplo vivo das consequências desastrosas que o desinvestimento nesta área podetrazer à economia. Estão a ser comidas a um ritmo alucinante por mais uma das múltiplaspragas que fazem do meu quintal o seu habitat natural. O que, é bom de ver,prejudica claramente a economia cá de casa. Não pode ser. Cortem onde quiseremmenos na luta contra os devoradores de vegetais. Era o que mais faltava termos em2013 um “monstro” amiguinho das lagartas!