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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Haja quem corte nas gorduras!

Kruzes Kanhoto, 07.08.12

A acreditar na franquezados argumentos utilizados, a opção do Presidente da Câmara de Sousel deexonerar a sua chefe de gabinete revela-se do mais elementar bom senso. Em temposde crise - embora o dinheiro público devesse ser sempre gerido como se vivêssemosem permanente crise – se há cortes a fazer é precisamente por esse tipo decoisas que se deve começar. Para, se outra razão não houver, dar o exemplo. Oque constitui motivo mais do que suficiente para parabenizar o autarca que assimdecidiu.  
Refira-se, contudo, queno município em causa o gabinete de apoio pessoal custaria aos souselenses antes desta medida – a acreditarnos dados disponíveis no site da entidade - no total dos quatro anos demandato, bastante mais do que o valor do IMI pago num ano pelos proprietáriosde imóveis do concelho. Nada que, certamente, preocupe os pagantes desteimposto. Até porque poucos devem ser os que sabem disso.
Obviamente que ter um gabinete de apoio pessoal não setrata de nenhuma ilegalidade. Nem, sequer, algo de ilegítimo ou condenável a qualquer título. De certeza, também,que a população sairá amplamente beneficiada pelo desempenho das pessoas que o compõeme que em muito auxiliarão os eleitos a decidir melhor nas grandes – e pequenas –questões que diariamente se colocam a quem tem por missão gerir o município.Nada disso está em causa nem, tão-pouco, me interessa ou diz respeito se assimnão for. Acho apenas piada aos números. Que, por mais voltas que se lhes dê,não mentem.

Equidade ou lá o que é...

Kruzes Kanhoto, 05.08.12

Em muitas circunstânciastenho, aqui no Kruzes, escrito acerca dos políticos em geral e dos autarcas em particular,o que Maomé não diria de um prato de couratos. Nomeadamente quando em causaestá a péssima gestão de recursos, financeiros e outros, a que essa malta nostem habituado. Mas, reconheço, nem todos são esbanjadores incorrigíveis. Um ououtro sabe gerir com prudência e dentro dos limites do rigor as finanças daentidade que governa.
Entre este pequeno grupoestará o Presidente da Câmara da Mealhada. O município não deve um cêntimo aninguém, tem uma situação financeira invejável e, por lá, não se embarca em loucurascomo as que se podem apreciar de uma à outra ponta do país. É por isso queagora está em condições de, em contra-ciclo com a esmagadora maioria das outrasautarquias, proceder a uma baixa generalizada dos impostos municipais.
Para o ano, quandorecebermos o aviso para pagar o IMI, a maioria dos portugueses terá umasurpresa capaz de lhes causar um ataque de brotoeja. Só então muitos irãoperceber que são eles que pagam todos os desvarios que nos últimos trinta anosas câmaras municipais têm vindo a cometer. Nessa altura não valerá a pena esganiçarem-se,nem desatar a gritar impropérios contra o respectivo presidente ou bramar pelafalta de equidade. Gostam de muito alcatrão, obras por todo o lado e de andarsempre em festa?!  Então paguem a conta enão refilem.

Já não alega mais nada...

Kruzes Kanhoto, 04.08.12

Um meliante terá sidohoje alegadamente morto. Ao que parece quando, alegadamente, fugia da PSP. Arazão para a fuga teria a ver com alegados roubos que o alegado morto acabara alegadamentede efectuar. O repórter no local informou-nos que o alegado criminoso terá,alegadamente, falecido na sequência de um balázio certeiro alegadamentedisparado por um alegado agente da alegada força policial. Isto porque,alegadamente, não terá parado quando o mandaram ficar quieto. Seria,alegadamente, um jovem muito irrequieto. Hiperactivo, até.
Em jeito de conclusão ojornalista que fazia a cobertura noticiosa do incidente lamentou a formatrágica como o mesmo terminou. Uma dúvida, de imediato, me assaltou o espírito.Ou melhor, uma alegada dúvida. É que isto quando envolve assaltos o melhor seráficarmos sempre no campo das alegações. Seja como for fiquei a cogitar –cogitar é bom, hão-de experimentar - se a tragédia não estaria antes no factode os outros quatro compinchas do alegado defunto ainda andarem por aí…

...

Kruzes Kanhoto, 04.08.12

Com isto dos jogos olímpicose outros afazeres que não vêm ao caso – embora pudessem perfeitamente vir se paraisso fossem chamados, mas como não é o caso não vêm – o Kruzes tem andadonegligenciado. Uma negligência directamente proporcional ao meu nível dedesinformação. Não tenho visto notícias, não sei o que se passa em meu redor eisso desagrada-me profundamente. Presumo que o mundo não tenha mudado por aíalém, que os cães continuem a cagar em todo o lado, os autarcas a esturrardinheiro como se não houvesse amanhã e as eleições fossem hoje e que ageneralidade do pagode persista em não entender que estamos lixados com um F detodo o tamanho. Vou informar-me e depois digo mal de qualquer coisa. Motivos,desconfio, não devem faltar.

Os abrunhos da crise

Kruzes Kanhoto, 02.08.12

É, por esta altura, afruta da época lá pela propriedade. Já que a agricultura da crise se temrevelado ultimamente um verdadeiro fiasco cá pelo quintal, valha-me ao menos agenerosidade das árvores que vão tentando sobreviver na courela da família. Ou,quem sabe, a capacidade de antecipação relativamente aos fregueses do costume.  

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