As favas da crise
Kruzes Kanhoto, 29.11.11
Éum dado adquirido que vamos ser nós – vocês sabem de quem euestou a falar – a pagar as favas. Nem, aliás, outra coisa seria deesperar. As bestas que passaram pelo poder, tal como as alimáriasque lá estão agora, leram todas a mesma cartilha e, mesmo queesteja demonstrado até à exaustão que este caminho não tem saída,insistem em marrar contra a parede.
Mas,voltando às favas, farei tudo o que puder para não as pagar. Nemque tenha de as semear. O que, pela primeira vez na minha vida,acabei de fazer no meu quintal. Só mesmo para ser do contra. É porisso que aqui vai, pelo menos é o que espero, nascer um pequenofaval. Ínfimo, por assim dizer, mas que, simbolicamente, representao meu protesto. Se o tempo permitir, num outro local, tratarei de“protestar” muito mais. Tanto que – caso a colheita correspondaàs expectativas – favas será coisa que não pagarei. Mas dissodarei conta na ocasião.