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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Isto anda tudo ligado

Kruzes Kanhoto, 28.02.11
Pois anda. A prova são as pesquisas verdadeiramente fantásticas - ruinzinhas, vá - que têm trazido, nos últimos dias, alguns leitores até ao Kruzes. 
Tomemos como o exemplo o termo "galpinante". Seja isso o quer for. Embora parta do principio que se trate daquele que galpina, coisa que obviamente também não sei o que é. Repare-se como a pesquisa dessa palavra apontou para a página onde disserto sobre a feira de velharias. Ou como, por coincidência, pouco antes alguém tenha procurado inteirar-se acerca de ajustes directos e, outro alguém, pesquisado informação relativa ao Quim Barreiros. Tudo factos que poderão servir, eventual e alegadamente, para esclarecer melhor o significado de galpinante. Ou não. Porque eu fiquei na mesma. 
"Gajas nuas" continua a ser a expressão mais pesquisada. No entanto "preservativos" tem sido também um termo a motivar alguma procura. Pela análise de uma das imagens que acompanha este texto depreendo que há quem esteja com vontade de ver gajas nuas no Carnaval de Estremoz e, quiçá, tenha esperança de participar na "festa do preservativo". Se é que vai acontecer algo do género, claro. 
O último exemplo de que isto anda tudo ligado, pode ser doloroso. Principalmente para os meus amigos ou leitores sportinguistas. A mim, confesso, deixa-me sem palavras. "Sporting a levar no cú"?! Francamente. Não havia necessidade...

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Amigos da onça

Kruzes Kanhoto, 27.02.11
Kadhafi tem azar com os amigos. De líder carismático o homem passou, quase num ápice, a louco varrido e a constituir uma séria ameaça à paz, à estabilidade, à democracia e a não sei que mais conceitos deveras interessantes. Pelos menos nas palavras daqueles que, durante décadas, encontraram sempre justificações para as tropelias em que foi envolvendo o país que, possivelmente por pouco tempo, ainda governa. 
Poderá, acredito piamente, ser isso tudo. Mas parvo é que o excêntrico ditador líbio não é de certeza. Não deve ser por acaso que Kadhafi aponta o dedo à Al Qaeda como estando na origem destes movimentos, alegadamente espontâneos e populares, que têm ocorridos por todo o mundo árabe. Até porque em matéria de terrorismo o gajo é um perito. A agitação a que temos assistido é perfeitamente organizada e tem uma estratégia bem definida. Colocar no poder regimes islâmicos. Só um anjinho, daqueles mesmo anjolas, não vê. 
Trata-se de uma estratégia perfeita. Qualquer que seja o resultado destas movimentações, tenham ou não sucesso, cheguem ou não ao poder, o objectivo dos islamistas será sempre atingido. Se os "movimentos populares" falharem ou por alguma estranhíssima razão a islamização demorar mais tempo do que o previsto, haverá sempre - já está em curso - mais uma vaga de emigrantes desses países que se deslocarão para a Europa, fazendo crescer ainda mais a influência da politica islamico-fascista no velho continente.
No fundo o azar de Kadhafi é também o nosso. Os amigos que agora o abandonam e apelidam de maluco estão também a lixar-nos a nós. Contrariamente a outras guerras, agora esses amigos não mencionam o petróleo, o poder, a ingerência e mais uma quantas alarvidades que estiveram em voga na deposição de outros ditadores por paragens não muito distantes. A ironia da coisa é que esses amigos vão também, num futuro não muito distante, ser vitimas das suas novas amizades.

Spam pretensamente mobilizador.

Kruzes Kanhoto, 26.02.11
Corre pela internet uma missiva, que já devo ter recebido pelo menos umas vinte vezes, apelando a uma gigantesca manifestação - um milhão de manifestantes, propõem os supostos organizadores - em que se pretenderá apelar à demissão de toda a classe politica. Do manifesto que, qual vírus, se tem propagado pelas caixas de correio electrónico constam um conjunto de trinta pretensas medidas que, no dizer do seu - ou seus - autores, salvariam a pátria da tragédia que se avizinha. E, também, adivinha. Ou o contrário. 
Convém que quem nos pretende mobilizar saiba do que está a falar e não cometa erros por completo desconhecimento da realidade. Vejamos algumas "propostas" que revelam a ignorância de quem redigiu o conjunto de alarvidades que me anda a encher as caixas de correio. "Acabar com o pagamento de 200 euros por presença de cada pessoa nas reuniões de Câmara." Ora sabendo que os vereadores têm direito a uma senha de presença no valor de 2% do ordenado do respectivo Presidente e que este aufere, conforme a dimensão da autarquia, entre 40 a 55% do vencimento do Presidente da República, é só fazer a conta... 
Outra ideia brilhante é "reduzir drasticamente o número de câmaras e assembleias municipais". Suponho, mas isto sou eu a especular, que o autor terá em mente propor que sejam extintas igual número de cada. Sinceramente não entendo a obsessão desta gente com o número de autarquias a extinguir em vez de optar antes pela necessidade da sua existência ou pelo que representam para as respectivas populações. De certeza que será muito mais doloroso, terá consequências bastante mais funestas e representará muito menos em termos financeiros acabar com Municípios como Barrancos, Alandroal ou Castro Marim, do que fechar a Câmara da Amadora, Odivelas ou qualquer umas das muitas que existem na chamada margem sul. Mas disto e doutras coisas não quer esta gente saber. Afinal fazer contas dá muito trabalho.

Estacionamento tuga

Kruzes Kanhoto, 24.02.11


Mais um estacionamento tuga. Desta vez em cima de uma passadeira, numa das artérias que circundam o Rossio Marquês de Pombal. Uma zona lindíssima, manchada apenas pelo inenarrável conjunto de barracas onde, inexplicavelmente, a ASAE ainda permite que vendam fruta, hortaliças e outros produtos usados na alimentação humana. 
Como sabem todos os que conhecem Estremoz, a escassos trinta ou quarenta metros existe um imenso largo onde cabe sempre mais um carro. Coisa que, para um tuga desenrascado, constituirá uma distância imensa e que exigirá um dispêndio de energia pouco compatível com a sua noção de conforto. Assim é, sem dúvida, muito mais prático. 
Não é que deseje mal à criatura que tão despreocupadamente arruma a viatura. Mas, há que dizê-lo com toda a frontalidade, era muitíssimo bem multado. Até porque se o país precisa de dinheiro, obtê-lo através de quem não cumpre as leis nem respeita os outros parece-me muito mais justo do que roubá-lo ao ordenado de quem trabalha.

Campo ou cidade?

Kruzes Kanhoto, 23.02.11


É em circunstâncias como as que se podem observar nas fotografias que me surgem dúvidas se moro no campo ou na cidade. Afinal não é todos os dias que se pode observar - e fotografar - um rebanho a circular calmamente por uma rua de um qualquer bairro de um aglomerado urbano.

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