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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Os mercados?! Isso agora não interessa nada...

Kruzes Kanhoto, 30.06.10
Estado veta venda da Vivo - olha que magnifica sucessão de vês – pela PT à Telefónica. Num primeiro momento ainda pensei que se tratasse de uma vingançazinha pela derrota de ontem. Mas, embora isto de ser espanhol não seja coisa muito apreciada pelos portugueses por estes dias, não foi nada disso. Nós é que não gostamos da economia de mercado. Ou melhor.  Gostar até gostamos, mas só quando dá jeito. 
Pode ser apenas impressão – má no caso – minha, mas desconfio que nós, pelo menos os que pagam impostos, que agora ficámos todos contentes por esses malandros desses capitalistas não encherem desenvergonhadamente os bolsos, vamos pagar caro por este capricho de uma classe politica que pensa ainda viver em pleno PREC. O que, diga-se, não admira. Foi por essa altura que quase todos os que hoje andam pelas lides políticas aprenderam a tirar partido das maravilhas da intervenção do Estado na vida das pessoas e das empresas.

Há enganos mesmo lixados...

Kruzes Kanhoto, 30.06.10
A recente noticia – já com alguns dias – que dava conta do equivoco, chamemos-lhe assim, de um hospital relativamente à morte de uma paciente, já velhota sublinhe-se, ali internada é deveras preocupante. Primeiro porque a unidade de saúde – nem sei se, face aos nefastos acontecimentos, lhe chame assim – dá o dito por não dito e a morta como viva. Depois por uma questão de credibilidade. Estas coisas não são assim. Está a família preparada para fazer um funeral todo jeitoso à defunta e depois fazem-lhe isto. Tá mal. Há, de facto, equívocos, imperdoáveis. Já não se pode confiar em ninguém é o que é. 
Resta saber quem se vai responsabilizar pelos prejuízos que todas esta situação poderá ter acarretado ou, no futuro, vir a acarretar. Quais prejuízos? Bom, não sei ao certo, mas recordo apenas que o iva está a poucas horas de aumentar...

Portagens?! Não Pagamos!

Kruzes Kanhoto, 28.06.10
Parece que as scuts estão a custar o aumento de IRS que, já este mês, senti no meu vencimento. Será, portanto, licito concluir que estou a pagar as passeatas do Pinto da Costa pelas auto-estradas à volta do Porto. E de outros pobrezinhos, também. Pior. Ainda há, mesmo por cá onde pagamos cada metro que circulamos nesse tipo de via, quem entenda isso como algo de bom. Argumenta até que deviam ser os banqueiros e outros ricaços a pagar para que tudo continue na mesma. Esquecem-se, esses tótós, que não há almoços grátis. Nem, sequer, sobremesas.

Patrioteiros

Kruzes Kanhoto, 27.06.10
Os patrioteiros de serviço voltaram a exibir as bandeirinhas - bandeirinhas é uma forma de expressão porque como se pode ver pelo exemplo algumas podem ser classificadas, sem grande exagero, como bandeirolas - na janela, na varanda e noutros sítios mais ou menos improváveis. 
Começaram a medo, apenas um ou outro arriscava expor a sua adoração pelo símbolo nacional, mas bastou que a rapaziada da selecção desse uma cabazada das antigas à Coreia comunista para que um número apreciável de tugas recuperasse a moda trazida para cá pelo celebre treinador que conseguiu perder, por duas vezes em dois jogos separados por poucos dias, com a Grécia. Um reconhecido colosso do futebol mundial,como todos sabemos. Isto apesar de jogar em casa e de dispor da equipa base do clube que acabara de se sagrar campeão europeu. 
Suspeito que se o acaso - ou o talento dos jogadores - fizer com que a selecção vença o próximo jogo, o número de bandeiras em exposição cresça ainda mais. Assim como o patriotismo dos portugueses e o amor por esta pátria que é a nossa. Desconfio que vai ser uma corrida às bandeiras, bandeirinhas e bandeirolas. Daquelas feitas na China. Tudo com factura e iva. Só é pena que já tenha passado a época de entregar a declaração anual de rendimentos senão, com tanto patriotismo, ainda era coisa para o défice se transformar em superavit...

Tonecas e Zézito

Kruzes Kanhoto, 26.06.10
Por muito que isso custe ao apaniguados do actual Partido Socialista, António Guterres e José Sócrates, excluindo o inenarrável Santana Lopes, foram os piores chefes de governo que Portugal já conheceu. A incompetência do primeiro é unanimemente reconhecida e a ele se devem a implementação de medidas que hoje nos custam muitos milhões euros. Recordo apenas o escandaloso aumento de ordenado que concedeu aos professores, a duplicação das verbas transferidas para as autarquias e a implementação do rendimento mínimo garantido. A par de outras, igualmente generosas, cuja aplicação acabou por, felizmente, não sair do papel. Lembro, a titulo de exemplo, a hilariante lei que previa a insolvência das famílias e o pagamento das suas dividas pelo Estado.

Já José Sócrates é diferente. Igualmente incompetente, é o típico tuga fura-vidas a quem sobra em arrogância e convencimento tanto quanto sobrava a Guterres em humildade e vontade de dialogar. Com o seu nome – e o de muita outra rapaziada do PS, sejamos justos - permanentemente associado às mais variadas trapalhadas, está a conduzir Portugal para uma situação de total insustentabilidade também ao nível politico. Pior ainda do que económica e financeira, porque a economia ou as finanças recuperam-se muito mais depressa do que a credibilidade. Mesmo que as questiúnculas que envolvem a malta que equipa de rosa não configurem crimes ou qualquer outra espécie de ilícitos, as permanentes “confusões” em que alegadamente andarão metidos constituem um absoluto descrédito para os próprios, para a classe politica e, de uma forma geral, para o país. 
Não admira por isso que o homem se sinta só na tarefa de puxar pelo optimismo dos portugueses. É natural. Ninguém gosta de más companhias. Hoje, o primeiro-ministro, o governo e este Partido Socialista são, claramente, companhias a evitar.

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